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Vacinas contra câncer avançam com tecnologia da Covid
A mesma tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) que revolucionou as vacinas contra a Covid-19 agora está sendo usada para criar vacinas personalizadas contra o câncer. A pandemia foi responsável por acelerar essa inovação ao provar que era possível desenvolver vacinas de forma rápida e eficaz.
O processo é altamente personalizado: os cientistas sequenciam o tumor do paciente e criam uma vacina exclusiva para ensinar o sistema imunológico a reconhecer e atacar as células cancerígenas. O Reino Unido, que já firmou parcerias bilionárias com BioNTech e Moderna, quer oferecer esses tratamentos a 10 mil pacientes até 2030.
A velocidade dos testes também impressiona: com infraestrutura e digitalização, o país reduziu o tempo de recrutamento de pacientes de anos para apenas três meses. Se os primeiros testes forem bem-sucedidos, a previsão é que a primeira vacina de mRNA contra o câncer seja aprovada entre final de 2025 e início de 2026.
Meta tenta barrar livro de ex-executiva
A Meta conseguiu uma decisão emergencial para impedir a promoção do livro “Careless People”, escrito por sua ex-diretora de políticas públicas, Sarah Wynn-Williams. A obra expõe bastidores da empresa, incluindo acusações de censura na China, assédio sexual e comportamento abusivo de executivos como Mark Zuckerberg, Sheryl Sandberg e Joel Kaplan.
A Justiça determinou que Wynn-Williams suspenda a divulgação e, dentro do possível, a própria publicação do livro, mas não afetou a editora Macmillan, que segue apoiando a autora. O livro, descrito pelo New York Times como “um retrato feio e chocante” da Meta, se tornou um problema público para a empresa. A companhia acusa a autora de violar um acordo de confidencialidade, enquanto Sarah defende a publicação como um relato legítimo de sua experiência na empresa.
O caso reflete um padrão de acusações contra a Meta, que já enfrentou denúncias de priorizar lucros em detrimento da segurança dos usuários e permitir uma cultura de discriminação e silenciamento. A briga judicial está longe de acabar, mas uma coisa é certa: tentar esconder uma história só faz mais gente querer lê-la.
Nova regra obriga empresas a agir na crise de saúde mental
A partir de 26/05, empresas no Brasil serão obrigadas a avaliar e mitigar riscos psicossociais no ambiente de trabalho. A mudança na NR-1 vem em meio a um aumento de 67% nos afastamentos por transtornos mentais em 2024, totalizando 472 mil licenças, segundo o Ministério da Previdência Social.
Agora, assédio, sobrecarga e estresse não serão apenas temas de bem-estar, mas questões de compliance e gestão de riscos. Especialistas alertam para o risco de "wellbeing washing", quando empresas anunciam iniciativas de saúde mental apenas para melhorar a imagem, sem mudanças reais.
A fiscalização será rigorosa, e quem não seguir as novas regras poderá enfrentar multas, ações judiciais e até interdições. Embora os impactos positivos devam levar anos para se consolidar, a NR-1 pressiona empresas a sair do discurso e agir de fato. Afinal, ignorar a saúde mental do time já não é mais uma opção.
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