Há algum tempo, os jogos resumiam-se a encontros entre amigos e muita diversão, em uma época em que os games ainda não eram tão populares como na atualidade. Cartas, dados e peças eram os elementos que compunham a “jogabilidade” da época. Havia, entretanto, uma grande variedade de jogos, incluindo gêneros distintos — de modo semelhante aos games de hoje.
Você provavelmente já deve ter jogado algum game de tabuleiro, como são chamados atualmente, junto a seus amigos. Ou, pelo menos, qualquer tipo de jogo com cartas de baralho. Mas, com o avanço da tecnologia, muitos jogos acabaram sendo substituídos para maior comodidade dos jogadores. O que era tabuleiro, virou tabuleiro virtual.
Muitas brincadeiras e jogos que já faziam sucesso há mais de 50 anos continuam na ativa, mas de modo totalmente diferente. Primeiramente, os elementos físicos foram excluídos e tomados por objetos que só existem no mundo virtual. A internet ainda possibilitou que as pessoas criassem uma espécie de grupos de amigos dentro do meio virtual, permitindo praticamente todas as ações existentes em uma reunião real — mas sem sair de casa, obviamente.
Esta amizade à distância acabou contribuindo para a geração das famosas redes sociais. Nelas, usuários criam seus próprios perfis e podem adicionar amigos, participar de comunidades de discussão e muito mais. Muitos utilizam estes meios para divulgar suas bandas, por exemplo, ou para protestar contra determinados atos. Outros, usam-nas simplesmente para jogar.
É aí que surgiram os famosos jogos de redes sociais. Imagine confraternizações online em que você pode interagir com seus amigos através de jogos que relembram os grandes sucessos dos tabuleiros. Mas, obviamente, estes games não se limitam a simples cópias de jogos nostálgicos. Ao contrário do que se pode imaginar, os jogos de redes sociais contam com um grande potencial e são um segmento relevante dentro do mercado de jogos.
Há quem diga que “está é a maior plataforma de jogos já criada”. E, afinal, não é pra menos, pois o número de usuários que jogam no Facebook — a maior rede social do mundo — ultrapassa a soma de jogadores de World of Warcraft e assinantes do serviço Xbox Live.
Mas o que estes jogos têm para cativar tantos jogadores? Qual é a razão de tanto sucesso? O TecMundo Games resolveu dar uma ajudinha aos usuários que ainda estão por fora de toda esta febre, que tem tudo para se tornar ainda mais quente.
Baratos e lucrativos
Bem, quem está acostumado com video games como PlayStation 3, Xbox 360 e Nintendo Wii, os gigantes da atual geração, sabe que produzir um jogo não é algo muito barato. Mas, felizmente, muitas vezes as desenvolvedoras conseguem um belo retorno financeiro.
No caso dos jogos de redes sociais, os custos de produção são baixíssimos e incomparáveis a grandes jogos para consoles. Mas, por incrível que pareça, estes games muitas vezes conseguem superar os grandes títulos quando o assunto é lucro. Incrível, não?
Sem dúvidas, o grande alvo para estas pequenas desenvolvedoras, muitas vezes independentes, são redes como MySpace e, principalmente, o gigantesco Facebook. Desenvolver um título pode levar de uma semana até quatro meses, algo muito distante da realidade dos games para console, que chegam a 9 anos de desenvolvimento em alguns casos.
Obviamente, as propostas são muito mais simples. Normalmente, os jogos de redes sociais envolvem objetivos como manter sua fazenda, lutar pela máfia e outros. Estas fórmulas, muitas vezes, se aproximam dos conceitos de RPG e simulador estabelecidos pelos jogos de console.
Qual é a proposta?
Estes jogos oferecem uma conexão social que vai muito além do que é oferecido pelos consoles, principalmente pelo fato de utilizar as próprias informações de seu perfil, incluindo fotos e lista de amigos, como complemento para suas fórmulas. Além dos gêneros mencionados, existem também outros tipos de jogos de rede social.
Alguns deles exploram o fator multiplayer, algo facilmente concebido graças ao grande número de amigos que um usuário de rede social possui — no Facebook, uma pessoa, em média, possui 120 conhecidos em sua lista. Com a ajuda do gráfico social, jogadores podem criar conexões dentro do jogo, desafiando seus parceiros para jogos em tempo real ou tentando quebrar recordes de demais jogadores de sua lista.
Existem ainda jogos com uma proposta muito mais direta, em que é necessário conversar, trocar itens ou até flertar. Um belo exemplo é Pet Society, game da desenvolvedora Playfish que já conta com mais de 1 milhão de fãs dentro do Facebook. Neste jogo, você pode criar seu animal de estimação da maneira que desejar, e pode realizar diversas atividades diferentes, individualmente ou com a ajuda de outros companheiros. Jogadores podem até mesmo visitar os lares de outros animais criados por amigos, por exemplo.
Os jogos baseados em turnos também atingem um grande público nas redes sociais. Games como Poker e Palavras Cruzadas (Scrabble) contam com um enorme número de jogadores, graças à jogabilidade simples e de fácil aprendizado. O ritmo é relativamente tranquilo, atingindo, praticamente, qualquer público.
Há ainda os jogos competitivos, que, nem por isto, deixam de ser casuais. Entre eles, está Who Has the Biggest Brain?, um dos primeiros jogos para Facebook que coloca os jogadores em desafios para provar quem é o mais esperto.
Atingindo também os hardcores
Sem dúvidas, a casualidade impera neste segmento. Alguns jogos são simplesmente variações de games casuais já existentes, facilitando o acesso aos jogadores que, de outra maneira, já conheciam os títulos em outros formatos. Para se ter ideia do poder dos jogos de redes sociais, o público que mais joga estes games são as mulheres com mais de 55 anos.
Mas, ao contrário do que muitos imaginam, não é só de jogos casuais que as redes sociais são feitas. Existem diversos títulos que podem ser considerados “hardcore”. Exemplos como Warbook e, principalmente, Mafia Wars ilustram esta afirmação. O último já conta com um público gigantesco, com mais de 5 milhões de jogadores, e não é nada casual.
Em Mafia Wars, o jogador encarna um verdadeiro mafioso que tem como objetivo criar um império do crime, com a ajuda de outros mafiosos, que acabam se tornando sua “família” e muitos outros recursos. Há muita estratégia neste game, pois os jogadores devem calcular cada ação e administrar as consequências. O estilo de jogo, entretanto, chama a atenção: não se trata de um game com jogabilidade ilustrada, mas sim um título com o que chamam de “jogabilidade esporádica”.
Basicamente, você não vê a ação de seu personagem quando está realizando um “trabalho”, por exemplo. Tudo que o jogador tem de fazer é pressionar um botão e aguardar até o aplicativo programar os dados. Você pode vencer ou perder, dependendo de seus atributos. Mas qual é a graça? Bem, como todos os RPGs, você sobe de nível e, com o passar do tempo, adquire novos itens e acaba se tornando mais poderoso, podendo até desbloquear elementos exclusivos.
Estas atividades preenchem alguns dos desejos básicos dos seres humanos, como o desejo de aprovação, expressão e reconhecimento. Emoções como competitividade, afeto, amor, ódio e orgulho são conhecidos como “emoções sociais”.
Os diferenciais
Além disso, há uma grande diferença dos RPGs tradicionais para Mafia Wars, como exemplo. Em games como World of Warcraft, assim como diversos outros jogos do gênero, você, normalmente, joga e encontra novos amigos. Em Mafia Wars, um aplicativo para Facebook, os jogadores já possuem uma vasta lista de amigos, graças à integração a rede social.
Com isto, há um estimulo a mais para jogar. Muitos jogadores preferem jogar com conhecidos em vez de estranhos, algo completamente normal. Isto aumenta ainda mais a imersão aos títulos, pois permite que os gamers comparem seus personagens com os de seus amigos ou até joguem de maneira cooperativa.
E, como já mencionamos, muitos jogos de redes sociais utilizam os próprios dados do jogador, obtidos através do Facebook, por exemplo. Com isto, a personalização é imensa, e você realmente se sente como parte do jogo. Como se não bastasse, seus amigos também estão lá, “dentro” do game.
Tudo isto é oferecido gratuitamente. Boa parte dos jogos não exige qualquer quantia do jogador. Mas, sendo assim, como estas empresas lucram tanto? Bem, existem várias maneiras. Vamos analisá-las.
Ganhando grana de modo fácil
A grande sacada
A mais comum talvez seja a publicidade. Como você pôde notar, estes jogos atraem um público simplesmente gigantesco. Isto acaba se transformando em um excelente veículo para anúncios publicitários de anunciantes que desejam atingir o vasto público do segmento. Com isto, as desenvolvedoras recebem uma grana por cada anúncio — que é visualizado e muitas vezes aproveitado por milhões de usuários. Um bom negócio para os dois lados.
Além disto, existem as famosas microtransações. Este conceito já pode ser familiar. Basicamente, o jogador paga, com dinheiro real, para obter itens e outros elementos exclusivos, que só podem ser obtidos através de uma quantia real de dinheiro. Esta é uma das formas mais lucrativas para as desenvolvedoras. Normalmente, o valor varia de US$1 até US$50 e envolve a compra de objetos que podem ou não ser adquiridos de maneira gratuita — obviamente, ao pagar, o acesso é muito mais rápido.
Estas microtransações são uma questão delicada para as desenvolvedoras. É muito importante que as companhias criem jogos que podem ser aproveitados de maneira igual, tanto para usuários pagantes como para quem decide jogar sem gastar nenhum centavo.
Fora isto, há também as assinaturas e modos Premium — os menos utilizados pelas desenvolvedoras. Como o nome sugere, o jogador paga uma determinada quantia, normalmente mensal, para obter algumas vantagens.
Certamente, o lucro acaba saindo, independentemente de qual maneira utilizada. O bacana é que existem alguns jogos que doam o valor arrecadado para instituições de caridade ou organizações não governamentais, demonstrando outro lado da indústria dos games.
E no Brasil?
A febre também pegará?
Não há como negar a grandeza deste segmento lá fora, principalmente dentro do já mencionado Facebook. Mas, e aqui no Brasil? Como muitos devem saber, a rede social que predomina em nosso país é o Orkut. Infelizmente, estes aplicativos ainda não tiveram um papel notório dentro do website, mas tudo indica que, em breve, os jogos também irão ser sucesso por aqui.
O famoso FarmVille, que conta com mais de 50 milhões de usuários no Facebook, já conta com uma versão semelhante no Orkut. Trata-se do Colheita Feliz, game que conta com uma proposta praticamente idêntica a FarmVille. O jogador tem como objetivo interagir com vizinhos e arrecadar grana com seu próprio negócio, a produção agrícola.
No momento, mais de 200 mil pessoas acessam o aplicativo, e Colheita Feliz já é assunto de muitas mensagens no fórum de Ajuda do Orkut, o que indica um constante crescimento do aplicativo. Resta esperar e ver se esta febre realmente vai colar.
Sem dúvidas, os jogos de redes sociais estão em alta. O futuro ainda é incerto. Entretanto, tudo indica que, daqui a algum tempo, teremos títulos ainda mais elaborados e com propostas semelhantes às dos jogos para consoles. No início desta febre, os títulos eram realmente simples. Contudo, após um breve período de tempo, notamos um avanço gigantesco. E, com a nova tecnologia 3D do Flash 10, ferramenta base para desenvolvimento dos jogos do estilo, é bem provável que em pouco tempo tenhamos jogos inteiramente em três dimensões espalhados pelas redes sociais.
Quem sabe, um dia, estaremos jogando games de MMORPG, ação, corrida e muito mais enquanto trocamos recados com nossos amigos. As empresas de grande porte da indústria tradicional de games, como a Electronic Arts, por exemplo, já estão migrando para este setor. Um dos primeiros jogos para Facebook de grandes empresas é Spore e a EA já garantiu seu pedaço de mercado ao comprar a Playfish, uma das maiores empresas do ramo.
E como fica a indústria tradicional? Será que os jogos casuais são uma ameaça aos games para consoles? Afinal, o custo é muito menor e o lucro muitas vezes ultrapassa as grandes produções. Resta esperar para ver.
Você provavelmente já deve ter jogado algum game de tabuleiro, como são chamados atualmente, junto a seus amigos. Ou, pelo menos, qualquer tipo de jogo com cartas de baralho. Mas, com o avanço da tecnologia, muitos jogos acabaram sendo substituídos para maior comodidade dos jogadores. O que era tabuleiro, virou tabuleiro virtual.
Muitas brincadeiras e jogos que já faziam sucesso há mais de 50 anos continuam na ativa, mas de modo totalmente diferente. Primeiramente, os elementos físicos foram excluídos e tomados por objetos que só existem no mundo virtual. A internet ainda possibilitou que as pessoas criassem uma espécie de grupos de amigos dentro do meio virtual, permitindo praticamente todas as ações existentes em uma reunião real — mas sem sair de casa, obviamente.
Esta amizade à distância acabou contribuindo para a geração das famosas redes sociais. Nelas, usuários criam seus próprios perfis e podem adicionar amigos, participar de comunidades de discussão e muito mais. Muitos utilizam estes meios para divulgar suas bandas, por exemplo, ou para protestar contra determinados atos. Outros, usam-nas simplesmente para jogar.
É aí que surgiram os famosos jogos de redes sociais. Imagine confraternizações online em que você pode interagir com seus amigos através de jogos que relembram os grandes sucessos dos tabuleiros. Mas, obviamente, estes games não se limitam a simples cópias de jogos nostálgicos. Ao contrário do que se pode imaginar, os jogos de redes sociais contam com um grande potencial e são um segmento relevante dentro do mercado de jogos.
Há quem diga que “está é a maior plataforma de jogos já criada”. E, afinal, não é pra menos, pois o número de usuários que jogam no Facebook — a maior rede social do mundo — ultrapassa a soma de jogadores de World of Warcraft e assinantes do serviço Xbox Live.
Mas o que estes jogos têm para cativar tantos jogadores? Qual é a razão de tanto sucesso? O TecMundo Games resolveu dar uma ajudinha aos usuários que ainda estão por fora de toda esta febre, que tem tudo para se tornar ainda mais quente.
Baratos e lucrativos
Os jogos para redes sociais
Bem, quem está acostumado com video games como PlayStation 3, Xbox 360 e Nintendo Wii, os gigantes da atual geração, sabe que produzir um jogo não é algo muito barato. Mas, felizmente, muitas vezes as desenvolvedoras conseguem um belo retorno financeiro.
No caso dos jogos de redes sociais, os custos de produção são baixíssimos e incomparáveis a grandes jogos para consoles. Mas, por incrível que pareça, estes games muitas vezes conseguem superar os grandes títulos quando o assunto é lucro. Incrível, não?
Sem dúvidas, o grande alvo para estas pequenas desenvolvedoras, muitas vezes independentes, são redes como MySpace e, principalmente, o gigantesco Facebook. Desenvolver um título pode levar de uma semana até quatro meses, algo muito distante da realidade dos games para console, que chegam a 9 anos de desenvolvimento em alguns casos.
Obviamente, as propostas são muito mais simples. Normalmente, os jogos de redes sociais envolvem objetivos como manter sua fazenda, lutar pela máfia e outros. Estas fórmulas, muitas vezes, se aproximam dos conceitos de RPG e simulador estabelecidos pelos jogos de console.
Qual é a proposta?
Os diferentes estilos dos aplicativos
Estes jogos oferecem uma conexão social que vai muito além do que é oferecido pelos consoles, principalmente pelo fato de utilizar as próprias informações de seu perfil, incluindo fotos e lista de amigos, como complemento para suas fórmulas. Além dos gêneros mencionados, existem também outros tipos de jogos de rede social.
Alguns deles exploram o fator multiplayer, algo facilmente concebido graças ao grande número de amigos que um usuário de rede social possui — no Facebook, uma pessoa, em média, possui 120 conhecidos em sua lista. Com a ajuda do gráfico social, jogadores podem criar conexões dentro do jogo, desafiando seus parceiros para jogos em tempo real ou tentando quebrar recordes de demais jogadores de sua lista.
Existem ainda jogos com uma proposta muito mais direta, em que é necessário conversar, trocar itens ou até flertar. Um belo exemplo é Pet Society, game da desenvolvedora Playfish que já conta com mais de 1 milhão de fãs dentro do Facebook. Neste jogo, você pode criar seu animal de estimação da maneira que desejar, e pode realizar diversas atividades diferentes, individualmente ou com a ajuda de outros companheiros. Jogadores podem até mesmo visitar os lares de outros animais criados por amigos, por exemplo.
Os jogos baseados em turnos também atingem um grande público nas redes sociais. Games como Poker e Palavras Cruzadas (Scrabble) contam com um enorme número de jogadores, graças à jogabilidade simples e de fácil aprendizado. O ritmo é relativamente tranquilo, atingindo, praticamente, qualquer público.
Há ainda os jogos competitivos, que, nem por isto, deixam de ser casuais. Entre eles, está Who Has the Biggest Brain?, um dos primeiros jogos para Facebook que coloca os jogadores em desafios para provar quem é o mais esperto.
Atingindo também os hardcores
Games para qualquer jogador
Sem dúvidas, a casualidade impera neste segmento. Alguns jogos são simplesmente variações de games casuais já existentes, facilitando o acesso aos jogadores que, de outra maneira, já conheciam os títulos em outros formatos. Para se ter ideia do poder dos jogos de redes sociais, o público que mais joga estes games são as mulheres com mais de 55 anos.
Mas, ao contrário do que muitos imaginam, não é só de jogos casuais que as redes sociais são feitas. Existem diversos títulos que podem ser considerados “hardcore”. Exemplos como Warbook e, principalmente, Mafia Wars ilustram esta afirmação. O último já conta com um público gigantesco, com mais de 5 milhões de jogadores, e não é nada casual.
Em Mafia Wars, o jogador encarna um verdadeiro mafioso que tem como objetivo criar um império do crime, com a ajuda de outros mafiosos, que acabam se tornando sua “família” e muitos outros recursos. Há muita estratégia neste game, pois os jogadores devem calcular cada ação e administrar as consequências. O estilo de jogo, entretanto, chama a atenção: não se trata de um game com jogabilidade ilustrada, mas sim um título com o que chamam de “jogabilidade esporádica”.
Basicamente, você não vê a ação de seu personagem quando está realizando um “trabalho”, por exemplo. Tudo que o jogador tem de fazer é pressionar um botão e aguardar até o aplicativo programar os dados. Você pode vencer ou perder, dependendo de seus atributos. Mas qual é a graça? Bem, como todos os RPGs, você sobe de nível e, com o passar do tempo, adquire novos itens e acaba se tornando mais poderoso, podendo até desbloquear elementos exclusivos.
Estas atividades preenchem alguns dos desejos básicos dos seres humanos, como o desejo de aprovação, expressão e reconhecimento. Emoções como competitividade, afeto, amor, ódio e orgulho são conhecidos como “emoções sociais”.
Os diferenciais
Personalizando e compartilhando
Além disso, há uma grande diferença dos RPGs tradicionais para Mafia Wars, como exemplo. Em games como World of Warcraft, assim como diversos outros jogos do gênero, você, normalmente, joga e encontra novos amigos. Em Mafia Wars, um aplicativo para Facebook, os jogadores já possuem uma vasta lista de amigos, graças à integração a rede social.
Com isto, há um estimulo a mais para jogar. Muitos jogadores preferem jogar com conhecidos em vez de estranhos, algo completamente normal. Isto aumenta ainda mais a imersão aos títulos, pois permite que os gamers comparem seus personagens com os de seus amigos ou até joguem de maneira cooperativa.
E, como já mencionamos, muitos jogos de redes sociais utilizam os próprios dados do jogador, obtidos através do Facebook, por exemplo. Com isto, a personalização é imensa, e você realmente se sente como parte do jogo. Como se não bastasse, seus amigos também estão lá, “dentro” do game.
Tudo isto é oferecido gratuitamente. Boa parte dos jogos não exige qualquer quantia do jogador. Mas, sendo assim, como estas empresas lucram tanto? Bem, existem várias maneiras. Vamos analisá-las.
Ganhando grana de modo fácil
A grande sacada
A mais comum talvez seja a publicidade. Como você pôde notar, estes jogos atraem um público simplesmente gigantesco. Isto acaba se transformando em um excelente veículo para anúncios publicitários de anunciantes que desejam atingir o vasto público do segmento. Com isto, as desenvolvedoras recebem uma grana por cada anúncio — que é visualizado e muitas vezes aproveitado por milhões de usuários. Um bom negócio para os dois lados.
Além disto, existem as famosas microtransações. Este conceito já pode ser familiar. Basicamente, o jogador paga, com dinheiro real, para obter itens e outros elementos exclusivos, que só podem ser obtidos através de uma quantia real de dinheiro. Esta é uma das formas mais lucrativas para as desenvolvedoras. Normalmente, o valor varia de US$1 até US$50 e envolve a compra de objetos que podem ou não ser adquiridos de maneira gratuita — obviamente, ao pagar, o acesso é muito mais rápido.
Estas microtransações são uma questão delicada para as desenvolvedoras. É muito importante que as companhias criem jogos que podem ser aproveitados de maneira igual, tanto para usuários pagantes como para quem decide jogar sem gastar nenhum centavo.
Fora isto, há também as assinaturas e modos Premium — os menos utilizados pelas desenvolvedoras. Como o nome sugere, o jogador paga uma determinada quantia, normalmente mensal, para obter algumas vantagens.
Certamente, o lucro acaba saindo, independentemente de qual maneira utilizada. O bacana é que existem alguns jogos que doam o valor arrecadado para instituições de caridade ou organizações não governamentais, demonstrando outro lado da indústria dos games.
E no Brasil?
A febre também pegará?
Não há como negar a grandeza deste segmento lá fora, principalmente dentro do já mencionado Facebook. Mas, e aqui no Brasil? Como muitos devem saber, a rede social que predomina em nosso país é o Orkut. Infelizmente, estes aplicativos ainda não tiveram um papel notório dentro do website, mas tudo indica que, em breve, os jogos também irão ser sucesso por aqui.
O famoso FarmVille, que conta com mais de 50 milhões de usuários no Facebook, já conta com uma versão semelhante no Orkut. Trata-se do Colheita Feliz, game que conta com uma proposta praticamente idêntica a FarmVille. O jogador tem como objetivo interagir com vizinhos e arrecadar grana com seu próprio negócio, a produção agrícola.
No momento, mais de 200 mil pessoas acessam o aplicativo, e Colheita Feliz já é assunto de muitas mensagens no fórum de Ajuda do Orkut, o que indica um constante crescimento do aplicativo. Resta esperar e ver se esta febre realmente vai colar.
Sem dúvidas, os jogos de redes sociais estão em alta. O futuro ainda é incerto. Entretanto, tudo indica que, daqui a algum tempo, teremos títulos ainda mais elaborados e com propostas semelhantes às dos jogos para consoles. No início desta febre, os títulos eram realmente simples. Contudo, após um breve período de tempo, notamos um avanço gigantesco. E, com a nova tecnologia 3D do Flash 10, ferramenta base para desenvolvimento dos jogos do estilo, é bem provável que em pouco tempo tenhamos jogos inteiramente em três dimensões espalhados pelas redes sociais.
Quem sabe, um dia, estaremos jogando games de MMORPG, ação, corrida e muito mais enquanto trocamos recados com nossos amigos. As empresas de grande porte da indústria tradicional de games, como a Electronic Arts, por exemplo, já estão migrando para este setor. Um dos primeiros jogos para Facebook de grandes empresas é Spore e a EA já garantiu seu pedaço de mercado ao comprar a Playfish, uma das maiores empresas do ramo.
E como fica a indústria tradicional? Será que os jogos casuais são uma ameaça aos games para consoles? Afinal, o custo é muito menor e o lucro muitas vezes ultrapassa as grandes produções. Resta esperar para ver.
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