Não é mais segredo para ninguém que, a cada dia, diferentes táticas são utilizadas por cibercriminosos para quebrar sistemas de defesa em busca de criptografar dados. Entre elas, o uso do ramsomware remoto tem crescido consideravelmente e, por conta disso, golpistas têm conseguido realizar suas operações de qualquer lugar do mundo e alcançar alvos de diferentes tamanhos e regiões. Em resumo, os atacantes se aproveitam de um endpoint desprotegido para sequestrar dados de outros dispositivos conectados à mesma rede, tornando o cenário da cibersegurança cada vez mais desafiador.
A flexibilidade que o uso de táticas remotas oferece aos criminosos, permitindo que ataquem instituições em qualquer lugar, aumentou a gravidade das ameaças enfrentadas por equipes de defesa. Em muitos casos, as empresas que se tornam alvos não têm conhecimento de que suas redes foram invadidas até que os dados já estejam criptografados ou que o pedido de resgate seja feito.
Estima-se que ataques de ransomware remoto causem milhões de dólares em danos anualmente, não só com os pagamentos exigidos pelos criminosos, mas também com os custos de recuperação de dados, interrupção de operações e danos à reputação. Quando se trata de empresas que operam em setores críticos, como saúde por exemplo, o impacto pode ser ainda pior, afetando diretamente serviços essenciais à sociedade.
O crescimento das campanhas de ransomware remoto tem gerado um impacto profundo em empresas e organizações de todos os tamanhos. Segundo dados de uma pesquisa recentemente divulgada pela Sophos, empresa que lidero no Brasil, houve um crescimento de 141% dessa ameaça desde 2022 e de 50% desde 2023. Esses números demonstram como, apesar de não ser novidade, a estratégia tem se tornado cada vez mais popular entre os criminosos.
Outro ponto importante que destaco é como o uso da criptografia remota representa um aumento da complexidade dos ataques. Pequenas e médias empresas que não possuem grandes investimentos em cibersegurança também passaram a se tornar vítimas deste tipo de ameaça, uma vez que não estão preparadas para lidar com ela.
O combate ao ransomware remoto
A luta contra o crescimento do uso de ransomware remoto exige respostas em diferentes frentes. Em primeiro lugar, as empresas devem investir ininterruptamente em estruturas de cibersegurança robustas, garantindo que seus sistemas operacionais e softwares de TI estejam sempre atualizados. Além disso, é essencial que as organizações implementem políticas rigorosas de backup e recuperação de dados, para que possam retomar suas operações com o mínimo de prejuízo possível mesmo em caso de ataques.
O uso crescente de ransomware remoto por cibercriminosos não é apenas uma preocupação para as grandes corporações, mas uma ameaça que pode afetar qualquer tipo de organização. A velocidade e a sofisticação com que os ataques estão acontecendo exigem respostas rápidas e contundentes. Se não houver um fortalecimento das defesas cibernéticas, os danos provocados pelos ransomwares poderão continuar a crescer, comprometendo a segurança digital de forma irreversível.
O futuro da cibersegurança depende de nossa capacidade de nos adaptarmos a essas e outras novas ameaças e de proteger nossas redes e dados com o mesmo nível de sofisticação com que os cibercriminosos operam.
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