Nesta sexta-feira (12), o vice-presidente e herdeiro da Samsung, Lee Jae-yong, recebeu um indulto do governo sul-coreano para ajudar na recuperação econômica do país. O bilionário de 54 anos foi condenado pelos crimes de suborno e peculato, chegando a cumprir 18 meses de prisão, tendo conseguido sua liberdade condicional em agosto do ano passado.
A decisão não é novidade para o governo sul-coreano, que possui certo histórico de "perdões em prol do desenvolvimento nacional". No caso em questão, a medida permitirá o retorno integral de Lee Jae-yong ao trabalho, atividade anteriormente restrita por cinco anos após o cumprimento de sua pena — estabelecida em dois anos e meio, no acordo original.
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Ademais, outros três empresários, condenados por crimes similares, receberam indultos ao lado do herdeiro da Samsung. Nas palavras do Ministro da Justiça sul-coreano, Han Dong-yong, os recém-perdoados serão "reintegrados" e receberão a oportunidade de "contribuir para superar a crise econômica da Coreia do Sul", através do investimento na tecnologia e na criação de empregos para o país.
Decisão de grande impacto
Ao que parece, a Samsung e o governo sul-coreano estão na mesma página. A empresa afirmou em nota que investirá continuamente no país e criará "empregos para os jovens". Conforme denota o G1, a decisão é tão diplomática quanto estratégica, já que a fabricante de celulares representa sozinha cerca de 1/5 de todo o Produto Interno Bruto da Coreia do Sul.
Por outro lado, também é importante ressaltar que a gigante sul-coreana não sofreu baques com os problemas legais de Lee Jae-yong, declarando aumentos de até 70% nas margens de lucro no segundo trimestre deste ano. Sem surpresas, o segredo para o sucesso teria sido o crescente mercado de semicondutores, fortemente afetado pela popularização do trabalho remoto e pela pandemia da covid-19.
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