O presidente do conselho da Samsung, Lee Sang-hoon, renunciou ao cargo que ocupava há quase dois anos após ser condenado por violar leis trabalhistas e tentar sabotar atividades sindicais. A retirada do executivo foi anunciada nesta sexta-feira (14).
Ele assumiu a função no momento em que a companhia se esforçava para aumentar a transparência dos seus negócios, após o escândalo de corrupção envolvendo o herdeiro do grupo Lee Jae-yong, acusado de pagar dezenas de milhões de dólares em suborno a membros do governo.
Mas Lee também acabou se envolvendo em problemas e está preso desde dezembro do ano passado, quando recebeu uma sentença de detenção por 18 meses na Coreia do Sul, sendo acusado de crimes como tentar interromper atividades de sindicatos e burlar leis trabalhistas, que teriam sido cometidos enquanto ele atuava como diretor financeiro da Samsung.

Na sentença, são citados diversos documentos detalhando as táticas do executivo para desencorajar as atividades sindicais, como descobrir informações confidenciais dos membros destas associações e chantageá-los, para adiar negociações entre os sindicatos e a gerência da empresa. Outras 25 pessoas ligadas à gigante sul-coreana também estavam envolvidas no caso e receberam penas semelhantes.
Substituto ainda não foi definido
A Samsung já confirmou a saída de Lee Sang-hoon, mas ainda não deu maiores informações sobre o assunto, limitando-se a dizer que o substituto será indicado num futuro próximo, sem detalhar prazos.
O sucessor dele pode ser um dos membros remanescentes do conselho, que era composto por Lee e outros três executivos internos, além de seis diretores externos. No meio deste grupo estão alguns dos principais CEOs da companhia, responsáveis pelas divisões de celulares, eletrônicos de consumo e componentes.