#AstroMiniBR: uma super-Terra sem atmosfera

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1. Uma super-Terra que pode ter perdido sua atmosfera!

Cientistas descobriram um exoplaneta fascinante chamado TOI-512b, localizado a aproximadamente 218 anos-luz da Terra. Esse mundo alienígena foi inicialmente identificado pelo satélite TESS da NASA em 2020, e novos estudos revelaram detalhes surpreendentes sobre sua composição e evolução.

TOI-512b tem um raio cerca de 1,54 vezes maior que o da Terra e uma massa aproximadamente 3,57 vezes superior. Essas características o classificam como uma "Super-Terra", ou seja, um planeta rochoso maior que o nosso, mas menor que Netuno. No entanto, apesar de seu tamanho, sua densidade média é de 5,62 gramas por centímetro cúbico, valor que sugere uma composição predominantemente rochosa e possivelmente sem uma atmosfera significativa.

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(Representação artística de um exoplaneta tipo super-Terra. Link 1)

Uma das hipóteses levantadas pelos pesquisadores é que TOI-512b pode ter perdido sua atmosfera devido à intensa radiação emitida por sua estrela hospedeira. O exoplaneta orbita muito próximo de sua estrela, completando uma volta em apenas 7,1 dias terrestres, o que significa que está sujeito a altos níveis de radiação e ventos estelares extremos.

Esse ambiente inóspito pode ter levado à erosão de sua atmosfera ao longo do tempo, deixando para trás um núcleo denso e rochoso. Essa descoberta ajuda os astrônomos a entender melhor os processos que afetam a evolução de exoplanetas próximos de suas estrelas e o impacto que esses fatores têm na habitabilidade.

2. O ciclo de atividade solar!

https://x.com/astroposses/status/1681342485669330944?s=19

O Sol não é um astro estático; sua atividade varia em ciclos regulares de aproximadamente 11 anos, conhecidos como ciclos solares. Durante esse período, a quantidade de manchas solares – regiões mais escuras e frias na superfície do Sol, associadas a intensas concentrações de campo magnético – aumenta e diminui. Esse ciclo é impulsionado pela complexa dinâmica do campo magnético solar, que se reorganiza continuamente. No auge do ciclo, chamado de máximo solar, ocorrem erupções solares mais frequentes e ejeções de massa coronal, liberando partículas carregadas no espaço. Em contraste, no mínimo solar, as manchas solares quase desaparecem e a atividade da estrela diminui.

O impacto desse ciclo não se limita ao Sol. A atividade solar influencia diretamente o ambiente espacial ao redor da Terra. Durante períodos de máxima atividade, o aumento da radiação e do vento solar pode afetar satélites, causar tempestades geomagnéticas e até interferir nas redes de comunicação e na distribuição de energia elétrica. O fenômeno das auroras – as famosas luzes dançantes nos céus polares – também está ligado ao ciclo solar, pois as partículas carregadas do Sol interagem com o campo magnético da Terra e excitam átomos na atmosfera, emitindo luz em diferentes cores.

Estudar o ciclo solar é fundamental para prever seus impactos na Terra e no espaço. Cientistas utilizam telescópios solares e sondas espaciais, como o Observatório de Dinâmica Solar (SDO) e a sonda Parker Solar Probe, para monitorar as mudanças na superfície e na corona solar. Atualmente, estamos no Ciclo Solar 25, iniciado em dezembro de 2019, e o pico de atividade está ocorrendo desde 2024.

3. Supernovas provocaram extinções na Terra?

Pesquisas recentes feitas por uma equipe internacional de astrônomos sugerem que explosões de supernovas próximas à Terra podem ter desempenhado um papel significativo em eventos de extinção em massa no passado. Estudos indicam que supernovas ocorridas a cerca de 20 parsecs (aproximadamente 65 anos-luz) poderiam ter afetado a camada de ozônio terrestre, expondo a superfície a níveis elevados de radiação ultravioleta.

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(Remanescente de uma supernova, Cassiopeia A. Link 2)

Essa exposição aumentada poderia ter contribuído para crises bióticas, como as extinções no final do período Devoniano, há cerca de 359 milhões de anos. A detecção de isótopos radioativos específicos em registros geológicos poderia fornecer evidências adicionais dessa ligação entre supernovas e extinções em massa. Essas descobertas ressaltam a complexa interação entre eventos cósmicos e a evolução da vida na Terra.

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