Mesmo em uma nova plataforma, Hershel Layton mantém seu charme e sua astúcia
Afinal, qual o segredo por trás do sucesso dos portáteis da Nintendo? A empresa já se tornou referência no assunto e, por mais que a concorrência lance produtos tecnicamente mais potentes, a “Big N” continua à frente em termos de popularidade e números de venda. Qual a mágica por trás disso?
As possibilidades são variadas, indo desde o apelo ao público casual até a força das franquias exclusivas, como Pokémon e as investidas de Mario no mundo de bolso. No entanto, não podemos descartar a posibilidade de o sucesso desses consoles estar exatamente na coragem que a Nintendo e as demais produtoras têm em experimentar e em apostar em novos formatos.
Mais do que simplesmente tentar recriar experiências que os consoles de mesa já oferecem, estúdios como a Level-5 investem em propostas fora do padrão que exploram exatamente as características únicas de cada aparelho e fazem com que o resultado seja totalmente diferente daquilo que você já viu. E a série Professor Layton é um dos maiores exemplos disso.
Se formos olhar friamente, o game é apenas um amontoado de puzzles e quebra-cabeças que vão testar a percepção e o raciocínio lógico dos jogadores. Mas a forma com que tudo isso é construído é tão única que a franquia logo se consolidou como um dos títulos mais encantadores do DS. E depois de muita espera, o icônico professor faz sua estreia no 3DS para mostrar que um bom jogo é aquele que faz com que você precise pensar — e não apertar um gatilho.
Por mais excelente que Professor Layton and the Miracle Mask seja, ele não é um jogo para todos os públicos. Como ele é focado inteiramente nos diversos puzzles, a ação é bem simples, se resumindo a perseguições a cavalo e outros eventos menores. Todo o restante do jogo é baseado em diálogos e quebra-cabeças.
Para quem já acompanha a série, isso não é um problema, já que ele mantém a estrutura dos títulos anteriores, apenas com melhorias na apresentação por conta do potencial do 3DS. Porém, quem está tendo seu primeiro contato com a série e espera encontrar algo mais agitado, as chances de frustração são enormes.
No entanto, isso não significa que Miracle Mask é um jogo ruim. Muito pelo contrário: mesmo com alguns deslizes menores em termos de mecânica, ele continua com a excelente essência da série e consegue oferecer uma experiência ainda mais desafiadora e viciante. Dando continuidade à fórmula de sucesso da Level 5, a nova aventura de Hershel Layton é a prova de que tiros, explosão e sangue não são exigência para se fazer um bom jogo.
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Nota do Voxel