O segundo episódio de Before the Storm traz uma narrativa mais focada
Eu não gostei muito do primeiro episódio de Life is Strange: Before the Storm — conforme você pode conferir neste link —, mas o segundo episódio mostra que a prequel tem o potencial de ser tão memorável quanto o jogo original. Livre da necessidade de apresentar novos personagens (e reintroduzir antigos), a Deck Nine criou um game com ritmo muito melhor e que traz uma narrativa que finalmente parece ir a algum lugar.
Começando pouco após os acontecimentos do capítulo inicial, o game mostra as consequências imediatas de várias decisões que tomamos no primeiro capítulo. Sem entrar em spoilers, finalmente o jogo começa a encaixar algumas peças que explicam a situação de Chloe no começo do Life is Strange original de forma que parece natural e que não vai incomodar quem não aproveitou o jogo da DontNod. Além disso, a personagem finalmente ganha contornos que vão além de sua caracterização de “jovem revoltada” da parte anterior.
Relacionamentos aprofundados
O principal acerto dessa segunda parte é focar no relacionamento entre Chloe e Rachel, que se desenvolve de maneira muito mais natural e profunda. A cena que decorre em uma peça de teatro é especialmente inspirada nesse sentido, apresentando uma narrativa de alta qualidade que também ajuda a trazer mais profundidade a personagens secundários.
O episódio ainda peca um pouco por apostar em cenas com ritmo “lento” demais, que é usado mais para prolongar a duração da aventura do que para oferecer momentos realmente contemplativos. Em compensação, há aqui um balanço maior com cenas agitadas e em que diversas coisas acontecem para prender a atenção do jogador.
Terminando com um belo cliffhanger, o segundo episódio de Before the Storm aumenta bastante as expectativas para a parte derradeira da prequel. Resta esperar que a Deck Nine consiga usar o bom trabalho feito na parte intermediária e entregue uma conclusão que feche bem as pontas soltas deixadas até o momento.
- Roteiro mais focado em Rachel e Chloe
- Um ótimo final
- Sabe desenvolver bem os personagens que apresenta
- Algumas animações ainda são bem estranhas e limitadas
- Certos momentos da narrativa têm ritmo lento demais
- Alguns crashes na versão PC (usada para a análise)
Nota do Voxel