Em doses homeopáticas, a série de F1 se supera mais uma vez
A Codemasters vem tornando a tarefa de analisar os jogos da série F1 cada vez mais difícil, uma vez que, a cada ano que passa, o jogo fica melhor. Começou com a fundação de tudo lá no F1 2015, a adição do modo carreira no F1 2016, o aprofundamento do modo carreira e a volta dos carros clássicos no F1 2017 e, como se não bastasse, mais uma evolução em F1 2018.
Essa "fórmula mágica" dá a sensação de que a Codie já tinha tudo previsto há anos em seu roadmap, mas optou por, desde 2016, implementar os elementos de forma quase que homeopática: uma gotinha de cada vez, uma melhoria por ano. Tudo na medida certa: na gritante demais, nada pequeno demais. As mudanças são sempre relevantes.
Para quem já está acostumado com os jogos anteriores da série, talvez o impacto das mudanças seja baixo. A estrutura que serve de base há três anos permanece relativamente intacta, salvo alguma melhorias pontuais na parte gráfica e sonora e alguns ajustes na parte da física e dos controles. A questão é que F1 2018 continua muito familiar, é realmente como se apenas tivéssemos avançado uma temporada.
As grandes novidades ficaram pela chegada de novos carros clássicos, a introdução do famigerado halo e a adição de alguns elementos no modo carreira – como é o caso das entrevistas para a jornalista Claire, uma alteração pequena no sistema de rivalidades e a chegada do sistema de gerenciamento do sistema de recuperação de energia.
A Codemasters levou ao pé da letra o ditado de que "em time que está ganhando não se mexe (muito)" e, não surpreendentemente, acertou a mão mais uma vez. Hora de conferir, então, o impacto das novidades de F1 2018 e o que os novatos em relação à série podem esperar.
Eu, piloto de F1 (mais uma vez)
Terminei minha temporada do F1 2017 em sexto lugar no campeonato, correndo pela Renault – o que me rendeu uma proposta da Red Bull Racing. Nada mais justo, portanto, que eu embarcasse nessa nova jornada correndo pela equipe de Milton Keynes, dividindo o grid com Daniel Ricciardo (sim, chutei o Max Verstappen da jogada). Emma continua atuando como a agente que cuida de diversos aspectos da minha carreira e, logo de cara, ela me apresenta à Claire, uma jornalista que tenta queimar a largada e começar a me entrevistar antes da hora.
O maior e melhor argumento para que alguém compre os últimos três jogos da série F1 é, sem dúvida alguma, o modo carreira. É claro que outros modos estão lá: você ainda pode disputar corridas rápidas, correr o campeonato regular da F1 no papel de algum dos pilotos do grid atual, participar de eventos especiais e correr o multiplayer – mas, inegavelmente, é o modo carreira o grande protagonista.
Desde 2016, quando ele foi introduzido, o modo ficou mais denso no ano passado, quando ele recebeu a mecânica de Pesquisa e Desenvolvimento, que força você a gerenciar o desgaste das peças do seu carro.
Tudo isso está presente de novo em F1 2018, de forma mais trabalhada e com novidades. Quem vai começar na série neste ano, a introdução dessas informações pode assustar ou parecer confuso, mas tudo é bem explicado e você sempre pode recorrer aos tutoriais que estão no menu de pause. Apesar de complexo, o jogo nunca vai te deixar completamente no escuro.
Para os mais veteranos, a principal novidade que já é apresentada logo de cara é o sistema de entrevistas: ao fim de algumas sessões ou de algumas corridas, Claire vem indagar você sobre sua performance na pista – seja ela ruim ou boa.
Pode parecer algo simples, mas suas respostas tem impactos bastante distintos. Você pode vender seu peixe e ganhar o status de "estrelinha" ou você pode reconhecer o trabalho do seu time e ganhar uma reputação maior com sua equipe, ou destacar o desenvolvimento de peças e ganhar uma moral com o departamento de P&D e conseguir melhorias a um custo menor de pontos.
Você também pode decidir acabar com sua relação com sua equipe caso seu desempenho não seja dos melhores, caso você realmente não esteja disposto a continuar no time.
Depois, quando você é introduzido ao seu engenheiro (que não é mais o Charlie), a mudança que se nota é na disposição de informações em seu computador, de onde você comanda seus próximos passos, recebe seus objetivos para cada sessão e corridas e também tem acesso à todas as informações necessárias para a pesquisa e desenvolvimento, desgaste dos componentes do carro, sua relação com o time e com seus rivais e estatísticas da sua carreira.
Vale apontar que tudo está mais completo e, um detalhe interessante, agora as mensagens que você recebem tornaram o F1 2018 bem mais reativo em relação ao que o jogador escolhe fazer. Não participe de nenhuma sessão de treinos práticos e não faça todas as atividades de P&D e seu chefe certamente terá algo para falar. Além disso, um e-mail do seu engenheiro com a previsão do tempo é uma informação preciosa para você preparar o acerto do seu carro com antecedência e não ser surpreendido.
Emma continua fornecendo seus objetivos e passando orientações de como sua carreira está indo e os e-mails do seu chefe de equipe ajudam você a sentir como está a relação com os seus colegas. São coisas pontuais, mas que ajudam muito a tornar a experiência ainda mais imersiva do que ela já era no F1 2017.
As sessões de treino prático continuam lá e continuam trazendo as atividades que, em boa parte, continua tendo uma aplicação muito consistente. Eu já comentei bastante sobre elas nos outros reviews, mas, para recapitular: a aclimatação vai ajudar você a entender qual é o melhor traçado e como você pode ser mais veloz na pista; a gestão de pneus ajuda você a melhorar seus os inputs de aceleração, freio e direção no controle, ajudando você a ganhar mais sensibilidade e mais precisão; a gestão de combustível, por pior que pareça, ajuda você a pensar na parte mais estratégica da corrida; a gestão de ERS vai ser comentada mais pra frente; e, finalmente, os testes de acerto de classificação e de estratégia de corrida te ajudam a aplicar tudo o que você aprendeu previamente.
F1 2018 continua o excelente trabalho de não apenas trazer uma experiência excelente, mas ajudar você de forma prática a ser tornar um melhor piloto. O mais bacana é que, para quem está começando, muita coisa (como é o caso da gestão do ERS, do desgaste dos pneus e do consumo de combustível) nem é tão impactante assim e só se apresenta como um nível maior de desafio quando você se sente seguro para se desafiar em corridas um pouco mais extensas.
O jogo continua, na maior parte do tempo, respeitando suas limitações dentro da pista – mas fora dela, a história é outra...
Jeff, você é o engenheiro!
Jeff me mandou um e-mail dizendo que eu preciso ficar atento ao desgaste do componente de energia cinética do motor e também me perguntou se já não é hora de trocar o câmbio. Caramba, Jeff, você é o engenheiro, não eu! Meu papel é pilotar e sorrir para as câmeras!
Uma das coisas que me incomodam um pouco quando eu olhei F1 2017 pelo olhar de um jogador mais casual é que, em alguns aspectos, ele é desnecessariamente complexo e isso é agravado por um senso de obrigatoriedade. A parte de gerenciamento de desgaste de componentes, por exemplo, é algo que é deicidido na vida real pelos engenheiros da equipe e não somente pelo piloto. No jogo, essa decisão é sua e somente sua.
Seu engenheiro até te dá um toque por e-mail de que você precisa ficar de olho em alguma peça específica e, sim, existem pessoas que gostam muito de ter esse nível de densidade no modo carreira, mas é algo que pode incomodar um pouco quem está tendo o primeiro contato com o game.
Apesar de o novo sistema de ERS também adicionar mais um nível de complexidade durante a corrida (falarei sobre ele em breve), ele ainda pode ser colocado na gestão automática para que o jogador não tenha que se preocupar com isso – mas essa não é uma opção para o caso de gerenciamento de desgaste ou até mesmo da árvore de Pesquisa e Desenvolvimento.
Lógico que, com o tempo, você acaba pegando a manha do que deve ser priorizado e evoluído, mas esse "tempo" pode significar uma temporada inteira. F1 2018 não conseguiu se tornar mais amigável nesse aspecto e, embora isso não seja necessariamente um problema para os mais hardcore (mesmo que eu, particularmente, não goste), para os novatos pode acabar sendo um problema.
Aqui fica um dos únicos pontos negativos do F1 2018 que, na realidade, é uma herança do F1 2017: embora essa mecânica deixe tudo mais intenso e, de certa forma, realista, a Codemasters ainda não encontrou uma forma de manter isso de uma forma realmente bacana e amigável. Fica a dica para o F1 2019.
Preciso de mais dedos nas mãos
No segundo setor de Interlagos é fundamental que eu deixe a mistura de combustível mais rica e o ERS no modo mais agressivo, mas e se o consumo for demais? Será que eu gero energia o suficiente na frenagem do laranjinha? E a retomada do bico de pato? Melhor reduzir o ERS ou empobrecer a mistura? Onde estou? Quem sou eu?
Se F1 2017 trouxe o gerenciamento de combustível como novidade nas atividades de P&D, é claro que F1 2018 daria mais um passo e traria uma novidade. No caso, ela veio na forma do Energy Recovery System, ou Sistema de Recuperação de Energia, um módulo que armazena a energia recuperada nas frenagens e nos momentos de inércia (ou coasting, quando você deixa o carro rolar sem acelerar, a famosa "banguela").
Operar um carro de Fórmula 1 na atualidade é tão complexo quanto operar um computador. Se você é mais veterano na série, já deve saber há bastante tempo que acelerar, frear e virar não bastam: é preciso ficar constantemente alterando o regime de queima de combustível e, às vezes, balanço de freio. Pois bem, agora tem mais um botãozinho pra mexer.
O ERS basicamente dá um boost de energia em partes específicas da pista e de forma automática. A gestão desse processo era feita pelo próprio jogo nos títulos anteriores, mas agora, no F1 2018, é você que define quão agressivo essa entrega extra de potência vai ser feita. Para ajudar você a lidar com isso, é claro que existe uma atividade nas sessões de treino prático focada nisso. Nada muito complexo, na verdade, mas é mais uma etapa que deve ser cumprida antes da ação de verdade acontecer.
Clássicos sempre serão clássicos e correr neles nunca é uma má ideia
A Williams que Juan Pablo Montoya pilotou em 2003, a Ferrari de Niki Lauda e a McLaren de James Hunt do mítico campeonato de 1976, A Lotus que Fittipaldi usou para ser campeão em 1972, A Ferrari que o mágico Gilles Villeneuve usou para encantar o mundo em 82, a McLaren MP4-13 do campeonato de Mika Hakkinen em 1998, a icônica Brawn de Barrichello e Button em 2009... Que tempo maravilhoso pra se viver.
Não adianta: se existe algo que a Codemaster acertou a mão em F1 2013 e depois novamente em F1 2017 foi ter trazido os carros clássicos de volta. É a realização de um sonho de criança poder, mesmo que virtualmente, colocar as mãos no volante de carros que foram tão importantes para a categoria máxima do automobilismo é mais do que algo legal de se ter: é obrigatório para os fãs.
A histórinha que foi utilizada para encaixar esses veículos no modo carreira do jogo anterior saiu de cena e agora a coisa está mais objetiva, mas ainda está lá: você tem a oportunidade de participar de "eventos de exibição" que envolvem alguns desafios com os carros históricos, que envolvem ultrapassar um determinado número de carros ou percorrer a maior distância possível dentro de um limite de tempo que pode ser extendido com checkpoints espalhados ao longo da pista.
Fora do modo carreira, você pode usar os carros em corridas livres ou no modo de time attack e, sou suspeito para falar, mas, pra mim, essa é uma das melhores partes do jogo. Isso porque a Codemasters conseguiu fazer um trabalho excelente ao trazer cada um dos veículos com um comportamento bem particular e com características peculiares ao seu tempo: nos carros mais antigos, a infinidade de botões e aspectos alheios à direção dão espaço a uma pilotagem pura e simples, à relação mais pura entre você e as máquinas que deixaram suas marcas na história.
Além de fazer sentido no modo carreira, vale apontar que os carros históricos fazem mais do que isso: é realmente gostoso você pegar e experimentar cada um deles e tentar replicar voltas nas pistas da categoria, sentir a diferença de aceleração e o comportamento dinâmico de cada um dos carros que, mesmo com uma diferença de um ano entre eles, como é o caso da Williams FW25 e da Ferrari F2004, chegam a ter mais de meio-segundo de diferença entre eles.
O capricho na parte sonora, vale apontar, é de arrepiar, mas vamos falar melhor sobre isso mais pra frente.
Havaianas Simulator 2018 e uma experiência visual espetacular
Que desgraça de tira de chinelo é essa no meu carro? Eu não consigo ver nada! Cadê o ponto de frenag... Perdi! ALGUÉM TIRE ESSA COISA DO MEU CARRO!
Quem me conhece sabe que eu tenho uma aversão tremenda ao halo, implementado de forma obrigatória pela FIA nos carros de 2018. Já que vamos falar de gráficos, é bom já tirar isso do caminho porque ele é um dos elementos visuais mais presentes em F1 2018.
Por sorte, alguma mente iluminada da Codemasters teve a ideia de deixar uma opção para remover a coluna central da peça porque, honestamente, pilotar com ela na visão do cockpit é quase impossível. Não conseguir enxergar com clareza o que está na sua frente não só é angustiante como tem reflexo na percepção de espaço na pista: fica difícil antecipar pontos de frenagem, tangenciar as curvas direito, se posicionar em relação aos demais carros, enfim... É uma tragédia anunciada.
Era importante tocar nesse ponto porque, em relação ao F1 2017, essa é uma das maiores alterações visuais do F1 2018. Os gráficos continuam ótimos, com carros muito bem detalhados e pistas que seguem o mesmo nível excelente de atenção, perceptível tanto de dentro do cockpit como de fora, nas cenas de transmissão – inclusive com o retorno recente do Circuit Paul Ricard, do Grande Prêmio da França.
Até mesmo as cenas entre corridas, que podem envolver seu engenheiro e sua agente, receberam um tapa no visual e agora parecem menos plásticos. O interessante é que alguns novos elementos, como os jatos que sobrevoam o Circuito de Albert Park, na Austrália, fazem com que o circo da F1 esteja mais vivo e imersivo do que nunca no game. É um deleite deixar as cenas rolarem e poder continuar acompanhando a rotina de preparação dos pilotos, em takes televisivos.
Estar dentro do centro de comando da equipe, com toda a movimentação de engenheiros, do seu companheiro e equipe de todas as pessoas passa uma sensação crível de que você realmente está na pele de um piloto de Fórmula 1. Nada realmente surprendente aqui, uma vez que esse trabalho já vinha sendo tocado com maestria nos dois jogos anteriores, mas que está em sua melhor forma em F1 2018.
A performance continua sólida, com o jogo não tendo qualquer problema para rodar a 1080p e 60 fps nos consoles normais e chega a 4K com a mesma taxa de frames nas versões turbinadas. No PC, não é difícil obter um desempenho gráfico bastante satisfatório também.
Visualmente, você não joga F1 2018: você vive F1 2018, e a imersão do modo carreira do game pode ser considera única no gênero – um dos ápices do título, sem qualquer dúvida.
A sensação de se pilotar um Fórmula 1
Tirando a tira de havaiana, pilotar esse carro continua sendo bom pra caramba!
Outro aspecto técnico que se manteve muito bom foi a jogabilidade e os controles de F1 2018. A engine de física, por mais que não seja totalmente focada na simulação (transitando ali na área dos simcades/semi-sims), continua oferecendo uma experiência extremamente satisfatória – seja no volante ou no controle, que contam com a costumeira gama ampla de customizações para se ajustar de forma precisa ao seu estilo de pilotagem.
Para quem vai ter seu primeiro contato com a série F1 (ou passou muito tempo longe e vai retornar agora desde F1 2015), as assistências sempre estão lá para dar uma ajuda e facilitar bastante as coisas.
Uma novidade na parte da física de F1 2018 é que o impacto da temperatura dos pneus está maior. Para quem está disposto a entrar nas partes mais complexas do game e passar a mexer no acerto dos veículos, é importante ficar de olho em como isso afeta a distribuição do calor nas diferentes faixas do pneu (interna, central e externa). Isso porque um pneu frio demais ou quente demais não dá a aderência ideal e pode se desgastar rápido demais.
É um aspecto que afeta o gameplay, sim, e é muito bem-vindo para quem busca ainda mais realismo na experiência de pilotagem, mas que pode ser compensada pelas assistências no caso da galera que não manja muito e que também não quer investir tempo nessa parte. Não se trata de impor nada, mas de dar a opção de intensificar a jogatina caso seja de gosto do freguês.
Música para os ouvidos
Se o som dos V6 turbo da atualidade não te agradam, a cura está presente em letra e números: V10.
Se em time que está ganhando não se mexe (muito), a Codemasters soube colher o que plantou nos títulos anteriores: pouco mudou em relação ao F1 2017 no que diz respeito ao som dos motores do carros atuais, que, claro, continuam cada um com um som característico dependendo do motor que usam.
A McLaren de Alonso, agora movida por um motor Renault, soa bastante diferente das Sauber, que usam motor Ferrari, e também das Toro Rosso, que agora usam as unidades de potência da Honda. Trabalho excelente, nada de novo sob o sol.
Por outro lado, isso deu aos desenvolvedores o espaço necessário para trabalhar ainda mais nos sons dos carros clássicos, visto que alguns deles, como é o caso da Ferrari 312 T4, não estavam presentes antes e trazem configurações que não haviam sido vistas até agora, como é o caso do motor de 12 cilindros dispostos horizontalmente, o chamado "boxer".
Outro aspecto que chama a atenção é como os motores V10 estão assustadoramente bons: enquanto eu tentava fazer a volta do Montoya em Monza, puxei um vídeo onboard de sua volta e a similaridade do tom do berro do motor girando a mais de 18 mil RPM era simplesmente impressionante.
No entanto, vale ressaltar dois pontos: a dublagem de Claire, a repórter, apesar de não ser ruim, ainda soa meio estranha e mal-articulada, parecendo deslocada do restante do jogo. A trilha sonora, apesar de fazer seu papel, também poderia ser um pouco melhor (#sdds do Formula One de 1995, que tinha como tema de abertura "Back to Shalla-bal" do Satriani).
Vocês conseguiram mais uma vez, Codemasters
Grazie, ragazzie! WEEEEE ARE THE CHAAAAAMPIONS, MY FRIEEENDS! WOOHOO!
Uma das melhores coisas que poderia ter acontecido com a série de jogos oficias da Fórmula 1 foi ter sido acolhida pelo caprichoso time da Codemasters. Embora existam outros estúdios extremamente esforçados e com paixão pelo gênero de corrida, é difícil de pensar em qualquer empresa diferente que pudesse entregar uma experiência tão coesa, densa e imersiva como a Codie conseguiu fazer e manter pelos últimos 3 anos com seu F1.
É claro que um padrão de comportamento está sendo visto aqui: as melhorias que vem a conta-gotas podem não ser suficientes no futuro – mas, até agora, elas foram. F1 2018 supera seu antecessor e se torna a experiência definitiva quando se fala de um jogo de Fórmula 1, especialmente para quem pretende se dedicar inteiramente ao modo singleplayer.
Se você ainda não tinha tido contato, ou passou muito tempo longe da série, e estava em dúvida se pegava o F1 2017 mais barato ou o F1 2018, a recomendação é: pegue o título mais recente. Apesar do halo horrível, sua experiência vai ser mais completa.
Para os mais aficionados, que vinham colecionando o game desde 2015 (ou até antes), é claro que talvez as novidades não justifiquem pegar o jogo agora. No entanto, se você é um fã ferrenho da Fórmula 1, não há nenhum argumento forte o suficiente para contrariar que, sim, F1 2018 é uma compra obrigatória.
- O modo carreira está mais imersivo, denso, didático e completo do que nunca
- A parte visual continua excelente, tanto nas pistas quanto nos carros
- Jogabilidade permanece democrática: amigável para os novatos, desafiadora para veteranos
- Efeitos sonoros continuam excelentes, especialmente em carros clássicos
- Mais carros clássicos!
- Alguns aspectos obrigatórios do modo carreira continuam sendo excessivamente onerosos
- Algumas partes do trabalho de dublagem soam meio deslocados do restante do game
Nota do Voxel