Lugares-comuns, aspectos genéricos e decisões congruentes entre os desenvolvedores de games.

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Se você não compreendeu a chamada acima, saiba que o novo Especial do TecMundo Games apresenta as características estruturais mais comuns entre os video games da atualidade. São muitos os aspectos parecidos entre games semelhantes de um mesmo gênero ou categoria.

Não se preocupe, esta não é mais uma matéria sobre elementos clichês nos video games. O último Especial sobre o assunto — clique aqui e confira — revelou situações e objetos muito comuns nos jogos, mas o tema, aqui, é o conjunto de propostas genéricas que muitos desenvolvedores adotam para a criação de games de última geração.

Há quem diga que as tendências clichês estão tomando conta do desenvolvimento dos novos produtos da indústria de video games. Mas é realmente difícil de encontrar jogos que apresentem ideias inéditas e mais difícil ainda é encontrar jogos que mostrem essas ideias através de maneiras únicas.
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Afinal de contas, quais as propostas que mais aparecem nos títulos mais recentes? Fiz questão de mostrar certos conceitos que aparecem comumente nos games na tentativa de mostrar aos usuários do TecMundo Games os caminhos que a maior parte dos desenvolvedores resolve tomar durante a concepção de um produto.


Mundo aberto
Explorar tudo e mais um pouco


Uma das ideias mais exploradas pelos desenvolvedores é a apresentação do que muitos chamam de "mundo aberto". Liberdade de exploração era algo que muitos gamers queriam, mas nem todos sabiam como que isso poderia ser ilustrado em um video game.

Pouco a pouco, começaram a aparecer jogos que contam com amplos cenários e muitas construções com "portas abertas" para os gamers. Na área de RPGs, isso ficou cada vez mais comum. The Elder Scrolls é um bom exemplo de franquia que se destaca pelo forte potencial de exploração de ambientes diversos.
Os portais estão abertos...

MMORPGs focam ainda mais esse aspecto. World of Warcraft conta com um mapa enorme, sendo que há territórios nos quais é possível explorar praticamente todas as cavernas, casas e demais localidades. A pergunta é: isso realmente é uma necessidade ou é uma ideia que acabou se transformando em lugar-comum?


Realismo
Uma obsessão para muitos


Quem nunca sonhou em contemplar um jogo virtual que pode ser confundido com a vida real? As expectativas em torno de certos títulos (principalmente os simuladores) são tão intensas que muitos jogadores e críticos acabam se frustrando de tal forma que os games em questão entram em decadência e acabam no esquecimento.

Ainda assim, propaganda intensiva referente ao suposto "realismo" presente em alguns jogos é o que gera muita discussão entre as pessoas. ArmA 2, Crysis, MotorStorm... A lista de games que foram estupendamente aguardados pelos jogadores não é nem um pouco curta.
Um simulador de... Tudo

Na realidade, conciliar processamento gráfico e sonoro com um desempenho fluido sempre foi um dos maiores desafios para os desenvolvedores que procuram prezar pela reprodução fiel de objetos em relação ao que ocorre na vida real. Problemas, é claro, sempre aparecem. Ainda bem que as tecnologias não param de evoluir e os visuais dos games mais recentes estão cada vez mais impressionantes.


Tramas insossas
Muitos detalhes... Mas qual a mensagem?


O próprio Joker afirmou no filme do Cavaleiro das Trevas:

"Não é sobre dinheiro. É sobre mandar uma mensagem."Foragida

Do que adianta criar uma longa história — capaz de render um bom lucro para os desenvolvedores e distribuidores do game em questão — se não há nenhuma mensagem marcante a ser transmitida? É uma pena que criatividade não nasça em árvores.

Na realidade, tanto os longas-metragens quanto os últimos video games (e até mesmo livros badalados) sofrem do mesmo mal. É apenas de vez em quando que surge um enredo chamativo, capaz de fazer com que pessoas do mundo inteiro — não importando a idade — parem para refletir sobre a mensagem recebida.

Um título que conta com uma jogabilidade sensacional e, infelizmente, apresenta uma trama nada cativante é Mirror's Edge. A elástica Faith é uma personagem levemente intrigante, porém os fatos que a envolvem não chamam a atenção de muitos gamers.


Multiplayer genérico
Atirar, explodir, matar... O de sempre


Os primeiros jogos que inovaram em quesitos multiplayer geraram excelentes frutos para as gerações futuras de games. A parte ruim dessa história é que muitos títulos (especialmente os que contam com uma fórmula à base de tiroteios) apenas empregam esses quesitos apresentando somente mudanças estéticas.Go go go!

Trata-se, portanto, da reutilização de modos tradicionais como Capture the Flag, King of the Hill, Conquest, Domination, Free-for-All, Deathmatch, Team Deathmatch... É difícil encontrar algum jogo que mostre uma forma inédita de interagir com outros gamers.

Enfim, chegamos ao ponto em que games grandiosos devem conter muitos modos multiplayer para satisfazer os jogadores. Call of Duty: Modern Warfare 2 possui mais de 30 tipos de diversão para quem quer combater com outras pessoas. Mas será que algum desses modos é realmente inovador?


Conteúdos extras
Ué, o jogo original não é o suficiente?


A última seção deste Especial ilustra um aspecto moderno nos video games: conteúdos adicionais, muitas vezes distribuídos apenas via download. Certos indivíduos arriscam dizer que esta é uma maneira de perpetuar os lucros com base de um produto já lançado.

Pensando friamente, os extras de um determinado jogo poderiam aparecer na forma de um pacote de expansão ou de um novo game se realmente fizessem a diferença. Cobrar por fragmentos adicionais de um jogo é uma atitude que não faz muito sentido para alguns jogadores.
Pagando por mais músicas

Há pessoas que se sentem estranhas depois da compra de um título que recebe dezenas de extras logo após o lançamento do tão aguardado game. A dúvida é relativamente simples: por que os extras não foram embutidos durante o desenvolvimento e prejudicam ainda mais o bolso do jogador quando não são disponibilizados de graça? Os fãs de Guitar Hero que se cuidem.
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