Jogos que venderam muito, mas não divertiram nada

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Você acessa o TecMundo Games para ficar por dentro das novidades e de tudo o que rola no universo dos games, não é mesmo? Além de conferir notícias, prévias, detonados, artigos e muito mais, você também confere nossas análises para conhecer a fundo os jogos do momento.

Baseando-se em nossas notas e argumentos, fica mais fácil saber se realmente vale a pena investir no game ou se é melhor passar longe. Em nossas análises, esse é o nosso trabalho: informar aos usuários, com auxílio de nossa bagagem cultural “gamística”, qual é a melhor opção de entretenimento. Mesmo assim, ainda acontecem alguns problemas.

Mas, que problemas são esses? Bem, como todos sabem, os jogos elogiados e consagrados pela crítica normalmente alcançam vendas estelares — afinal de contas, nada mais justo, não é mesmo? Entretanto, existem algumas ocasiões em que jogos péssimos e detonados — no sentido literal — também acabam na lista de “mais vendidos”. Por que isso acontece? Eis um mistério que a humanidade provavelmente jamais terá a resposta.

Pensando nisso, resolvemos fazer um especial que reúne os grandes infortúnios do mundo do entretenimento eletrônico. Muitos títulos chegaram a vender muito mais que outros jogos de qualidade real, como Psychonauts e dezenas de outros. É triste, mas acontece. Vamos aos sortudos.

Atitudes precipitadas E que levam sua grana para o lixo

Spider-Man 3

Vendas: mais de 300.000 em um mês (somente nos Estados Unidos)

O Homem-Aranha é um herói extremamente popular e uma das grandes fontes de grana da Marvel. Sendo assim, é comum encontrá-lo em vários meios diferentes, como filmes, desenhos animados e, é claro, video games. Mas nem sempre o “sensor aranha” dos jogadores funciona bem. E o que acontece? Acabam comprando jogos ruins.

O game baseado no terceiro filme do Aranha simplesmente não conseguiu captar toda a essência do filme. Mesmo assim, o jogo foi embalado pelo sucesso da película, o que acabou instigando os jogadores a comprá-lo. Infelizmente, a felicidade se acabava logo nos primeiros instantes.

Problemas com as animações e, principalmente, com os gráficos foram apenas alguns dos motivos que fizeram de Spider-Man 3 um jogo não tão amigo da crítica e de muitos jogadores. Além disso, boa parte do que estava presente no game também já havia dado as caras em Spider-Man 2.

Mesmo assim, o jogo vendeu. E vendeu muito bem. O motivo é simples: o mundo está infestado por fãs do Aranha e a Activision, publicadora do título, sabe muito bem disso. Então, por que se esforçar em criar um jogo bom se os fãs compram praticamente tudo relacionado ao herói? Esse é o pensamento da responsável por Spider-Man 3.

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X-Men: The Official Game

Vendas: aproximadamente 500.000 (nos Estados Unidos)

Esse jogo tinha como objetivo preencher a lacuna entre o primeiro e o segundo filme dos X-Men. Aqui, o jogador encarna os personagens Homem de Gelo, Noturno e Wolverine para derrotar vários inimigos em dezenas de fases distintas. Os problemas começam a surgir depois dos primeiros minutos de game, quando tudo começa a ficar extremamente repetitivo.

Novamente, fica claro que a publicadora sabe bem da quantidade de fãs dos heróis, deixando o capricho de lado e aproveitando-se de uma licença tão grandiosa. E a presença de Wolverine no jogo, que estava prestes a estrelar seu próprio filme, também atiçou bastante os jogadores que o idolatram.

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State of Emergency

Vendas: aproximadamente 800.000 (nos Estados Unidos)

Esse jogo é meio maluco. Imagine uma mistura de Grand Theft Auto com Dynasty Warriors. O resultado é um mundo aberto infestado por ondas e ondas de soldados chineses. O game foi constantemente comparado ao lendário GTA III, mas, infelizmente, seus diversos problemas o impediram de se tornar um clássico.

Primeiramente, a experiência é bem repetitiva. Além disso, as coisas aconteciam muito rápido, deixando os jogadores sem muito o que fazer após o término do jogo. State of Emergency pode até ser um jogo legal, mas, certamente, sua alegria não vai durar por muito tempo.

Todos compraram o game achando que seria algo tão divertido quanto Grand Theft Auto III. E não era errado achar isso, já que a Rockstar também era a responsável pelo título. Infelizmente, por ser o primeiro jogo do gênero, State of Emergency não conseguiu dominar os elementos com destreza. Nem mesmo o modo multiplayer, adicionado na versão para Xbox, conseguiu salvar o título. Mesmo assim, a onda de destruição e a sede por violência e liberdade fizeram de SoE um sucesso de vendas.


DRIV3R

Vendas: aproximadamente 800.000 (nos Estados Unidos)

Sem dúvidas, Driver já foi uma grande franquia. No saudoso PlayStation, o primeiro e o segundo jogo conquistaram milhares de fãs. Sendo assim, era praticamente impossível não esperar pelo terceiro título da série. Entretanto, quando DRIV3R chegou às lojas, a decepção foi grande.

O jogo era uma espécie de clone malfeito de Grand Theft Auto, com vários problemas e poucos elementos concretos — além dos gráficos, que surpreendiam. Alguns críticos chegaram a dar uma nota perfeita para o game, provavelmente influenciada pela especulação. Entretanto, a grande maioria concordou que DRIV3R era apenas medíocre.

Mesmo assim, as vendas foram assombrosas. O motivo é claro: Driver é uma série de tradição e poucos acreditavam que um game que carregasse esse nome poderia ser algo ruim. Além disso, naquela época, o mercado não estava saturado de cópias de GTA, como acontece nos dias atuais, o que também ajudou o jogo a subir na lista dos mais vendidos.


Wii Play

Vendas: aproximadamente 900.000

Jogadores do mundo todo sabem que o Wii possui vários jogos que se resumem a coletâneas de mini games. E, não vemos problema nisso, pois muitos desses títulos são divertidos e conseguem fazer um bom uso dos recursos do console de mesa da Nintendo. Entretanto, às vezes a Big N pisa na bola e nós somos obrigados a engolir o sapo.

Para quem não se lembra, Wii Play estreou em 2007, e a Nintendo dizia que esta era a sequência de Wii Sports, um grande sucesso do console. Entretanto, o conteúdo aqui é bem raso. São apenas nove mini games que se tornam mais enjoativos que doce de batata-doce em pouquíssimo tempo.

Como o game vendeu tanto? Essa é uma resposta simples. Wii Play era vendido em um pacote com o Wii Remote. Sendo assim, os jogadores interessados em adquirir um segundo controle — ou seja, 99% dos donos do Wii — decidiam pagar um pouco mais para levar um jogo de brinde. A Nintendo é muito esperta.


50 Cent Bulletproof

Vendas: aproximadamente 1 milhão

É óbvio que um jogo estrelado por uma das maiores estrelas da música estadunidense venderia milhões de cópias. Quando Curtis “50 Cent” Jackson chegou ao PlayStation 2 e Xbox, os jogadores se depararam com um game que tinha tudo a ver com o astro do rap. Aqui, o objetivo é simplesmente mandar bala nos oponentes, tudo sob a música e toda a atmosfera concebida pela  personalidade do artista.

Fãs do mundo todo não estavam nem aí para as críticas ou para o que qualquer um dizia. “É um jogo do 50 Cent, P&#*$!!”; esse era o principal argumento de compra dos milhões de jogadores que adquiriram o jogo. O sucesso foi tanto que gerou até uma sequência — essa até que se saiu um pouco melhor. Em suma, 50 Cent Bulletproof não é um jogo excelente, mas é um jogo do 50 Cent.

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Deca Sports

Vendas: aproximadamente 2 milhões

Deca Sports é um dos piores jogos da história do Nintendo Wii. Se você acompanha o TecMundo Games todos os dias, então provavelmente deve se lembrar da análise feita aqui no site. A cópia de Wii Sports trouxe esportes um pouco “diferentes” demais e uma jogabilidade que truncada. Um jogo chato, principalmente quando temos tantos outros games do estilo à disposição.

Mesmo assim, Deca Sports vendeu. E vendeu muito bem. A Hudson Soft, responsável pelo título, chegou a lançar uma sequência para o game e até mesmo uma versão para DS — ambas terríveis. Eis um mistério que jamais será desvendado.

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Enter the Matrix

Vendas: aproximadamente 2,3 milhões

Matrix é uma das maiores obras da história do cinema. Os “irmãos” Wachowski criaram um universo espetacular, que rendeu materiais em vários tipos de mídia, incluindo os games. Enter the Matrix chegou às lojas já sendo consagrado como um grande game, mesmo antes de ser jogado. Até mesmo alguns críticos elogiaram o título devido à especulação inevitável. Mas, quando as cabeças esfriaram, ficou claro que entrar nos jogos com Matrix não era algo muito divertido.

O que fez de Matrix um sucesso nas vendas? Seu nome. Não há como não querer um jogo que tinha tudo para dar certo. Os filmes ainda estavam frescos na mente de milhões de jogadores e poder, finalmente, interagir com o universo era algo excelente para boa parte do mundo. Assim, mais de 4 milhões de pré-compras foram realizadas ao redor de todo o globo.

Enter the Matrix talvez seja um dos melhores exemplos de jogos ruins que venderam absurdos e um dos bons motivos para relembrar os jogadores de que é sempre bom conhecer um jogo antes de comprá-lo. É como diziam por aí: “Dont believe the hype”.

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