10 games que jamais viram a luz do dia

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Como qualquer outro nicho industrial, o entretenimento eletrônico compõe um cenário dinâmico, competitivo... E, às vezes, até bastante cruel. Tanto novas propostas quanto ícones consagrados podem facilmente dar com o nariz na parede — basta que tenham falhado em mostrar algo novo, em manter o interesse do público ou simplesmente em convencer a publicadora a abrir o cofre para mais recursos.

Alguns deles, ainda, acabam abandonados pela estrada. Tal e qual carros abandonados sem gasolina em um universo apocalíptico (?!), esses projetos normalmente ganham sinal verde para o desenvolvimento, levam um aporte considerável para campanhas de marketing e, pelos mais variados motivos, acabam inconclusos — o que, cá entre nós, quase sempre é feito à surdina, como sujeira varrida para baixo do tapete.

E então, lembrou de algum título dentro dessa proposta? Bem, nós sim. Há clássicos, de fato. Sonic X-treme, por exemplo, deveria ter marcado a chegada do ouriço aos ambientes tridimensionais — não tivesse perdido o timing e deixado designers doentes, vale dizer. Ultima X: Odyssey é outro caso notório, abandonado após algumas belas imagens por conta de “gêmeo escolhido”, Ultima Online.

Mas há também algumas bizarras. Por exemplo, pouca gente deve saber que faltou muito pouco para que o DS ganhasse sua versão de Halo — o que, para alguns, provavelmente representaria um sacrilégio semelhante à chegada de Sonic a um console da Nintendo. Isso para não falar em certa sequência obscura para o colosso Super Mario World, a qual quase chegou ao Philips CD-I (“Ao o quê?!”).

Enfim, sem mais, confira abaixo alguns esqueletos que se pode encontrar no armário da indústria de jogos — normalmente escondidos atrás dos anos e por baixo de várias camadas de comentários reticentes.

Metroid Dread (DS)

Metroid Dread ocasionou uma daquelas novelas de “vai não vai”, tão típicas da indústria de games. O jogo foi originalmente revelado pela GameInformer em 2005, tendo como proposta um side-scroller 2D para o Nintendo DS — com uma trama diretamente ligada à de Metroid Fusion.

O jogo chegou a ser listado para um lançamento “oficial” em outubro de 2006, sendo posteriormente remanejado para “algum momento de 2006”. Entre rumores de cancelamento e especulações sobre possíveis datas futuras, havia de sólida apenas a espera pela edição da feira E3 (Electronic Entertainment Expo) daquele ano. Bem, o jogo não aparece, nada foi dito, e tem sido assim desde então.

Dead Phoenix (Game Cube)

Embora se pareça muito (muito mesmo) com um irmão mais velho de Kid Icarus, Dead Phoenix foi um dos jogos deixados pela Capcom pela estrada. A proposta: você poderia “voar como um pássaro” sobre um cenário incrivelmente amplo — devendo apenas se preocupar em despachar hordas de monstros, cuja aparência lembrava muito a de dinossauros.

Esperava-se que Dead Phoenix mostrasse novos detalhes na E3 de 2003, o que não aconteceu. De fato, quando o palco foi ocupado por vários jogos menores e nenhuma palavra foi dita sobre o título, ficou claro que ele já recheava uma das gavetas da desenvolvedora.

Halo DS (DS)

É quase inacreditável, mas, sim, faltou muito pouco para que o Nintendo DS ganhasse sua versão de Halo. Na verdade, todos os ponteiros chegaram a ser acertados entre Microsoft e Nintendo, e uma demonstração bastante razoável foi levada a público. Não obstante, problemas de licença acabaram enterrando a proposta, ao que parece, definitivamente.

Vale lembrar que algo muito semelhante havia ocorrido alguns anos antes, em uma tentativa de levar a série para o Game Boy Advance — embora este, até onde se sabe, nem mesmo tenha ganhado uma demonstração.

Project H.A.M.E.R. (Wii)

Project H.A.M.E.R. deveria ter sido um beat ‘em up exclusivo para o Wii. O game foi apresentado durante a E3 de 2006, com exibição de uma demo. Entretanto, após o anúncio, um silêncio fúnebre tomou a desenvolvedora e, lá por meados de 2007, todos já haviam entendido: o projeto havia sido engavetado — mesmo com a promessa de que Project H.A.M.E.R. “pode voltar futuramente”.

Socks the Cat: Rocks the Hill (Super Nes e Mega Drive)

Na verdade, Socks the Cat: Rocks foi um jogo apenas “meio” cancelado. Ocorre que o game para Super Nes e Mega Drive/Genesis acabou sendo bloqueado pela Nintendo nos EUA, sendo lançado apenas na Europa.

O motivo salta à vista: embora de aparência ingênua, Socks representada o gato do presidente Bill Clinton e sua família, cuja ação em plataforma servia como uma espécie de “alegoria” para os confrontos entre liberais e republicanos, tendo como pano de fundo as guerras no Oriente Médio. Isso foi demais para a censura da Big N à época — que fazia questão de se manter o mais distante possível dos embates políticos.

Super Mario's Wacky Worlds

Super Mario’s Wacky Worlds deveria ter sido a sequência bastante natural do excelente Super Mario World. Mas eis a parte mais curiosa: o jogo foi originalmente planejado para o hoje obscuro Philips CD-I.

Embora o desenvolvimento tenha chegado aos seus 30%, parece que a derrocada do console da Philips acabou fazendo a Nintendo torcer o nariz e vetar o projeto.

Ultima X: Odyssey (PC)

Ultima X: Odyssey chegou a ganhar várias imagens antes de “dar com os burros n’água”. O game deveria ser mais um dos integrantes da prolífica família de Ultima. Não obstante, uma carta aberta aos fãs acabou por frustrar as expectativas: a Origin Systems precisava direcionar tempo e pessoal para Ultima Online... E, então, Odyssey foi engavetado.

Smoke & Mirrors starring Penn & Teller (SEGA CD)

Somoke & Mirrors starring Pen & Teller foi planejado como um conjunto de minigames de qualidade duvidosa (embora bem humorados) ancorados na famosa dupla de comediantes e ilusionistas. Há quem reclame até hoje por não ter tido a oportunidade de viajar por oito ou mais horas seguidas em um “excitante” simulador de ônibus — mas devem ser bem poucos, seguramente.

Dirty Harry (Xbox 360 e PS3)

Eis um projeto que bem poderia ser retomado, hein? Baseado no clássico de 1971 estrelado pelo icônico Clint Eastwood, Dirty Harry deveria levar a perseguição ensandecida ao serial killer Harry Callahan para dentro do Xbox 360 e do PlayStation 3. Basicamente: um GTA com Clint EastWood — dificilmente poderia ser melhor.

Sonic X-treme

Sonic X-treme foi a resposta apressada e temerosa da SEGA diante do lançamento de Super Mario 64. Afinal, se o encanador bigodudo chegaria aos cenários tridimensionais, Sonic The Hedgehog não poderia ficar para trás. Entretanto, apesar da correria para tentar pegar carona nas vendas de fim de ano em 1996, o game, ao que parece, acabou não agradando. Conta-se, inclusive, que o desenvolvimento acelerado acabou deixando diversos designers doentes.

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