Produtores de Duna A Profecia comentam a relação entre humanidade e tecnologia

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A nova produção da HBO, Duna: A Profecia, é uma viagem pelo universo rico e complexo criado por Frank Herbert. Sob a direção criativa de Alison Schapker e Jordan Goldberg, a série não apenas expande o mundo de Duna, mas também explora questões contemporâneas sobre tecnologia, inteligência artificial e o que define a humanidade.

A convite da Max, o Minha Série entrevistou os produtores executivos do show, que compartilharam sua visão sobre a produção e os desafios de traduzir a obra agora para as telas da tv e streaming.

Produtores enfrentaram desafios ao criar um futuro analógico

Um dos maiores desafios da equipe de produção foi representar uma sociedade tecnologicamente avançada que, ao mesmo tempo, rejeitou o controle das máquinas pensantes após uma grande guerra. "Como retratar um futuro sem dependência de inteligência artificial, mas que ainda pareça futurista? Esse foi um dos nossos principais objetivos", disse Goldberg. A solução envolveu criar uma estética analógica, usando cores e design como ferramentas narrativas.

"Você vai notar que a tecnologia no universo de Duna tende a ser representada em tons âmbar, enquanto as máquinas pensantes são associadas ao azul", explicou. "Esses detalhes sutis ajudam a distinguir o que pertence ao mundo humano do que pertence ao mundo das máquinas." A intenção era criar um ambiente que parecesse coeso e ao mesmo tempo intrigante, refletindo a rejeição das máquinas de inteligência artificial sem comprometer a sensação de avanço tecnológico.

Real versus digital na produção

Quando questionados a respeito do uso de tecnologia na construção dos cenários da série, eles responderam que a produção utilizou um equilíbrio entre sets reais e efeitos digitais para conceber aquele universo. "Filmamos em locações reais, como uma pedreira em Budapeste, que se tornou a base visual para a Irmandade", revelou Schapker. "Esse ambiente desolado influenciou tanto nosso design quanto a sensação de isolamento da Irmandade na história."

Embora muitos cenários tenham sido criados fisicamente, extensões digitais foram usadas para ampliar o cenário sem comprometer a imersão. "Os efeitos visuais evoluíram incrivelmente nos últimos anos. Nossa equipe foi capaz de construir mundos que pareciam tão reais quanto os sets físicos", disse Goldberg. Ele destacou a importância de criar espaços tangíveis para os atores, permitindo que eles se envolvessem emocionalmente com os cenários.

Reflexos da série no mundo real

A série da HBO mostra a relação conturbada entre seres humanos e tecnologia. Na história, o expectador vê o que acontece quando a dependência em inteligência artificial leva a um colapso e, posteriormente, a uma reestruturação da sociedade. "Estamos 100 anos distantes do controle das máquinas pensantes, mas outras forças podem ocupar esse espaço. Isso é algo que exploramos profundamente", disse Goldberg.

Schapker destacou como a narrativa levanta questões importantes para os dias atuais: "O que significa ser humano em um mundo onde integramos tecnologia de formas tão profundas? E até onde podemos controlar essas ferramentas? Duna é um alerta sobre os perigos de terceirizar nosso pensamento e nossa autonomia."

Uma subtrama intrigante da série envolve a Irmandade Bene Gesserit utilizando uma máquina inteligente para seus objetivos, levantando o questionamento: é possível controlar essa tecnologia sem se tornar mais uma vez submisso a ela como foi no passado? "Esperamos que essas perguntas ressoem com os espectadores e os levem a refletir sobre suas próprias relações com a tecnologia", acrescentou Schapker.

Os desafios de construir um universo complexo

Trazer o mundo de Duna para a televisão foi um projeto ambicioso, comentaram os produtores. "Foi como fazer seis filmes", brincou Goldberg. "Nosso desafio era equilibrar a grandiosidade do universo com os limites de produção de uma série. Cada decisão foi tomada com extremo cuidado para criar um mundo que fosse crível e imersivo."

Schapker destacou que o formato de série permitiu explorar detalhes que não seriam possíveis em um filme. "O storytelling em formato longo nos deu a oportunidade de mergulhar nos nuances da história, mostrando aspectos da cultura, tecnologia e política que enriquecem o universo."

Para os produtores, Duna: A Profecia é apenas o começo de uma jornada maior. "Queremos que os espectadores reflitam sobre o que significa ser humano em um mundo cada vez mais conectado à tecnologia", concluiu Schapker.

Com uma narrativa que mistura emoção, ação e reflexões filosóficas, os episódios são lançados semanalmente no canal da HBO e disponibilizados em seguida no streaming Max. Ao todo, a primeira temporada do show terá 6 capítulos.

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