Mercado de smartwatches encolheu pela primeira vez em 2024; entenda os motivos

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O setor de relógios inteligentes apresentou a primeira queda da história desse mercado em 2024. Os dados são da Counterpoint Research, que avaliou o mercado global e traz também os motivos para esse encolhimento.

De acordo com o relatório, a comercialização de smartwatches caiu 7% em 2024 na comparação com o ano anterior. Nem mesmo o período de final de ano, que costuma ser mais aquecido em vendas por datas como Natal e Black Friday, foi o suficiente para evitar os números reduzidos.

Um gráfico que mostra a divisão atual do mercado global de relógios inteligentes.
A divisão do setor de smartwatches nos dois últimos anos. (Imagem: Reprodução/Counterpoint Research)

A Apple segue como a líder isolada do segmento, com 22% das vendas. Ela é seguida por Huawei (13%), Samsung (9%), Xiaomi (8%) e Imoo (6%) — uma marca mais recente que é parte do conglomerado BBK Electronics, mesma dona das fabricantes Realme, Oppo e OnePlus. Todas as outras companhias que não foram nomeadas no ranking somam os 42% restantes.

O que explica a queda no setor de smartwatches?

De acordo com a Counterpoint, parte do motivo do encolhimento do setor de relógios inteligentes tem a ver com a própria queda nas vendas do Apple Watch, que foi de 19% na comparação de 2024 com o ano anterior.

Sozinha, a família é responsável por grande parte do mercado, mas os modelos lançados em 2024 não atraíram o público em especial por causa de atualizações pouco relevantes ao consumidor. Atualmente, a linha é composta pelo Apple Watch Series 10, além das variantes Ultra 2 e do modelo mais acessível SE.

Além disso, a redução confirma que o público agora está em ciclos mais longos com o mesmo produto, o que significa que o cosumidor vai demorar mais do que um ano para trocar de modelo. Esse comportamento também tem sido observado no setor de smartphones, o que resultou também na maior venda de modelos premium.

A Huawei manteve a vice-liderança mesmo com as muitas barreiras comerciais dos Estados Unidos, enquanto a Xiaomi foi a que mais cresceu na área (135% no ano). Isso foi possível com o ótimo desempenho do Watch S1 e do Redmi Watch, depois que ela passou a apostar mais no segmento e expandir para além das pulseiras inteligentes. A sul-coreana Samsung cresceu apenas 3%, mas segue na terceira colocação com os modelos Galaxy Watch 7, Galaxy Watch Ultra e Galaxy Watch FE.

O que está em alta no mercado de smartwatches?

Entre as boas notícias da indústria, as marcas chinesas mais acessíveis estão em alta — tanto que o país foi o que mais registrou a venda de novos modelos, algo inédito nesse mercado antes dominado por Índia e América do Norte. Na América Latina, foi detectado um aumento de 2% na comercialização desses dispositivos.

Apesar da queda inédita, agora a expectativa é de recuperação ao longo de 2025. Aparelhos com novos sensores, melhorias nos recursos já existentes e a adição de funções de inteligência artificial (IA) devem ser as apostas da fabricantes para voltar a apresentar números positivos.

O relatório da Counterpoint detectou ainda uma alta na venda de relógios inteligentes voltados especialmente para crianças. Esses modelos, normalmente menos equipados com funções e sensores, ajudam pais a monitorar dados como sinais vitais e localização remotamente.

Para que serve um relógio inteligente?

Um smartwatch, ou relógio inteligente, é um dispositivo vestível acoplado ao pulso que combina a função básica de um relógio — mostrar as horas e outras informações pontuais, como data e previsão do tempo — com um conjunto de sensores e aplicativos adicionais.

Esse tipo de aparelho é capaz de registrar o desempenho em atividades físicas, como distância percorrida, velocidade e calorias gastas, por exemplo. Além disso, sensores ajudam a manter o controle de sinais como frequência cardíaca, nível de oxigênio no sangue, estresse e qualidade do sono, entre outras possibilidades. Por ter um sistema operacional mais simplificado, os aplicativos normalmente não envolvem ferramentas tão complexas como a de um celular. Porém, uma parte considerável dos modelos modernos já oferecem funcionamento independente, sem precisar do pareamento obrigatório com outro dispositivo.

Três relógios inteligentes da Apple lado a lado, com telas exibindo recursos de saúde e bem-estar.
Alguns dos recursos de saúde do Apple Watch Series 10. (Imagem: Divulgação/Apple)

Um relógio inteligente também pode servir para fazer pagamento por aproximação. Ficou curioso? Então aprenda no TecMundo como funciona o NFC em um smartwatch.

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