Por Marcelo Araújo.
A gestão documental nunca foi tão estratégica quanto agora, sobretudo em um mundo cada vez mais orientado a dados. Afinal, otimizar o armazenamento, a organização e o acesso a documentos se tornou um diferencial competitivo. Para 2025, tudo indica que as melhores práticas nesta área estão diretamente ligadas à segurança da informação, à conformidade regulatória e à digitalização inteligente.
Como já acompanhamos há alguns anos, a transformação digital segue sendo a espinha dorsal da gestão documental. Empresas que ainda dependem de documentos físicos correm o risco de perder eficiência e segurança, logo, para este ano, fica claro que a digitalização não é mais uma opção, mas uma necessidade.
Neste cenário, as ferramentas de captura automática, como OCR (Optical Character Recognition) e IA, que permitem a conversão de documentos físicos em arquivos pesquisáveis e organizados de forma inteligente, são tendências que devem se consolidar com ainda mais força em 2025.
Falando especificamente de IA, ela deve ser aplicada para indexação, classificação e análise de documentos, revolucionando a gestão documental. Os sistemas inteligentes são capazes de categorizar arquivos automaticamente, identificar padrões de uso e sugerir fluxos de trabalho otimizados, por isso sua adoção deve garantir mais agilidade ao processo de organização de documentos. Além disso, chatbots e assistentes virtuais estão sendo utilizados para localizar documentos rapidamente, reduzindo o tempo gasto com buscas manuais.
Já a segurança da informação é uma preocupação crescente. Este ano, as empresas devem apostar em soluções de armazenamento em nuvem que ofereçam criptografia de ponta a ponta, autenticação multifator e políticas de acesso segmentado, sobretudo porque os servidores locais estão se tornando obsoletos.
Outro ponto considerado fundamental entre as melhores práticas é a conformidade e a governança de dados. Com regulações cada vez mais rigorosas, como a LGPD e o GDPR, a governança documental precisa ser levada a sério, o que inclui a definição de políticas claras de retenção e descarte de documentos, auditorias periódicas e monitoramento de acessos. Acredito que a gestão documental do futuro estará alinhada à conformidade regulatória para evitar riscos legais e garantir transparência nos processos.
Já os softwares de ECM (Enterprise Content Management) estão integrando workflows automatizados para aprovação de documentos, redução de burocracia e melhora na produtividade. Sem dúvidas uma tendência importante, já que estas soluções reduzem erros humanos, aumentam a eficiência operacional e melhoram a colaboração entre departamentos.
Por fim, a agenda ESG (Environmental, Social, and Governance) está pressionando as empresas a adotarem práticas sustentáveis, e a redução do uso de papel é um dos principais focos. Neste caminho, a digitalização não apenas melhora a eficiência, mas também reduz o impacto ambiental, tornando a gestão documental um fator estratégico dentro da política de sustentabilidade empresarial.
Observo que a gestão documental para 2025 exige modelos modernos, digitais e cada vez mais seguros. Adoção de IA, armazenamento em nuvem, automação de workflows e conformidade são elementos-chave para garantir eficiência, segurança e competitividade. As empresas que investirem nessas práticas estarão mais preparadas para enfrentar desafios do futuro e, ao mesmo tempo, aproveitar oportunidades.
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*Marcelo Araújo é diretor comercial da eBox Digital, empresa especializada em gestão e proteção de documentos físicos e digitais.