O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou o que ele chamou de "complexo tecnológico e industrial" no país e a ascensão de "oligarcas" que podem ser um risco para a democracia. A fala foi a sua última no cargo, já que Donald Trump assume a gestão a partir da próxima segunda-feira (20).
"Hoje em dia, uma oligarquia está se formando na América com extrema riqueza, poder e influência, que literalmente ameaça toda a nossa democracia, os nossos direitos básicos e liberdades, além de uma oportunidade justa para que todos tenham progresso", disse o presidente.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Em outras palavras, o político afirma que há "uma concentração perigosa de poder nas mãos de poucas pessoas ultra ricas", com "consequências perigosas se esse abuso de poder se mantiver desregulado".
Biden ainda reclamou do possível retrocesso em políticas climáticas que deve acontecer sob a nova presidência. Ainda assim, ele desejou sucesso na administração de Trump e pediu ao povo dos EUA que "fique em posição de guarda" pelo país.
Musk, Zuckerberg e Bezos ao lado de Trump
Biden não chegou a citar nomes, mas possivelmente está se referindo a Elon Musk. O bilionário, dono de empreendimentos como Tesla, SpaceX e X (o antigo Twitter), fez campanha para Trump inclusive manipulando o algoritmo da sua rede social e será um membro do governo na administração do Republicano.
Além disso, ele também criticou o cenário atual em que "americanos estão sendo enterrados sob uma avalanche de desinformação e mentiras, permitindo o abuso de poder".
Biden lamentou que "a imprensa livre está desabando", as "redes sociais estão desistindo de checagem de fatos" e "a verdade é sufocada por mentiras contadas por poder e lucro". Neste caso, ele provavelmente também se refere às novas políticas impostas pelo também bilionário Mark Zuckerberg, CEO da Meta.
O dono de redes como Facebook e Instagram acabou com a checagem de fatos em suas plataformas e encerrou iniciativas de diversidade entre funcionários, além de prometer trabalhar lado a lado com Trump contra influências estrangeiras.
Outro bilionário que está alinhado com o futuro presidente é Jeff Bezos, cofundador da Amazon e dono do jornal The Washington Post. A própria gigante do varejo acabou com políticas de diversidade e inclusão pouco tempo depois da eleição do político.
Categorias