Um vídeo mostrando o movimento turbulento do plasma na superfície do Sol, gravado pelo Telescópio Daniel K. Inouye, no Havaí, demonstrou que o ano de 2020 será aquele em que perguntas sobre nossa estrela há muito sem respostas serão, afinal, solucionadas.
O telescópio solar, instalado no observatório dirigido pela National Science Foundation (NSF), é o maior do mundo, fornecendo detalhes da superfície da estrela como jamais foi feito antes.
“Ele poderá mapear os campos magnéticos dentro da coroa solar, onde ocorrem erupções de plasma que podem impactar a vida na Terra. Poderemos melhorar nossa compreensão do que impulsiona o clima espacial, o que ajudará os meteorologistas a prever melhor as tempestades solares”, explicou a astrofísica e diretora da NSF, France Córdova.
No vídeo, é possível ver o plasma solar que sobe do núcleo da estrela. Ao chegar à superfície, ele se resfria e afunda novamente, em um movimento provocado pela conversão em energia de cinco milhões de toneladas de hidrogênio a cada segundo.
Quatrocentos anos em cinco
Além das imagens captadas da Terra, duas sondas vão ajudar a aumentar as informações que temos sobre o Sol. A Parker Solar Probe, lançada em agosto de 2018, atualmente orbita ao redor do astro. Graças a ela, temos informações sobre a origem dos ventos solares e a presença de pequenas explosões na superfície da estrela, entre outras.
A Solar Orbiter, lançada no último dia 10, vai fotografar os polos solares e investigar como a radiação afeta a Terra a partir de 2022. “Reuniremos mais informações em cinco anos do que a raça humana aprendeu desde as primeiras observações do Sol em 1612”, resumiu o diretor do Divisão de Ciências Astronômicas da NSF, o astrônomo e físico David Boboltz.
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