Coluna: classificação indicativa, seguir ou ignorar?

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Censura de qualquer forma ou tipo é ignorante por natureza, pois impede a busca por conhecimento — por mais fútil ou bizarra que seja. Mas a classificação indicativa não é necessariamente ruim e é bem diferente de censura, apesar dos limites serem um pouco nebulosos para a maioria.

No Brasil a classificação é um processo democrático, no qual estado e sociedade dialogam para chegar a um consenso, apontando uma RECOMENDAÇÃO cujo objetivo é INFORMAR às famílias qual conteúdo é mais apropriado para as diferentes faixas etárias.  Cabe ao Ministério da Justiça trazer as ferramentas necessárias para que a população possa exercer seu direito de escolha.

Na verdade, a Constituição Federal e o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como as Portarias do Ministério da Justiça, não permitem que o governo proíba a veiculação de qualquer tipo de conteúdo de entretenimento; ficando o mesmo responsável apenas por informar sobre as faixas etárias e horárias para as quais os programas não se recomendam.

Pessoalmente acho a existência da classificação interessante, porém desnecessária. O sistema, de princípio democrático, prima pelo bom senso dos pais e da sociedade como um todo para a tomada de decisões. Se você acha que determinado conteúdo é apropriado para o seu filho nada impede que você simplesmente ignore a classificação sugerida, ou caso ache a indicação muito abrangente também pode restringir o acesso a outros materiais.

Sem adentrar nos tortuosos caminhos da formação psicossocial, posso falar por experiência própria que meus anos púberes foram regados com muito sangue, palavrões e violência simulada. Mesmo assim nunca sai em rompantes homicidas e sequer ergui a voz para meus pais, ou qualquer outra pessoa.

Convenhamos, o problema não está no conteúdo exibido, mas em quem está assistindo. Como esperar que crianças tenham discernimento suficiente para saber que a violência simulada do cinema e vídeo game é diferente da que ele encontra nas ruas todos os dias? É a tarefa dos pais educarem seus filhos, conversando e mostrando interesse por seus gostos e hobbies.

Se você conhece seu filho certamente nem precisará olhar a classificação indicativa para saber se determinado jogo é apropriado para ele ou não. Mas e quanto aos que não sabem nada sobre filme, jogos e afins? A resposta é curta e grossa, se você não sabe é porque não se importa o suficiente com o que os seus filhos estão fazendo.

Quer saber mais sobra o sistema de classificação indicativa no Brasil? Confira a página oficial do programa no site do Ministério da Justiça, ou baixe gratuitamente o Guia Prático de Classificação Indicativa.

Além disso, o TecMundo Games já fez um artigo especial sobre a classificação etária de jogos e do funcionamento de diferentes órgãos, como o ESRB dos Estados Unidos.

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