A grande guerra dos video games [enquete]

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Um dos princípios básicos da economia é a noção de concorrência. É por conta da disputa pela liderança no mercado que as empresas investem em melhorias e adicionam recursos novos para se diferenciar de seus rivais e conquistar novos clientes.

É claro que a coisa não poderia ser diferente com os video games. Não é preciso ir muito longe para constatar isso: basta olhar os comentários das notícias no próprio TecMundo Games para perceber que a relação entre fãs do PlayStation 3 e Xbox 360 beira o ódio (uma reação um tanto quanto exagerado, diga-se de passagem). É um sentimento que deixa de ser apenas a admiração por uma marca e vira uma paixão, semelhante à sentida por times de futebol.

Diante dessa situação, era de se esperar que as companhias aproveitassem essa rivalidade para vender exclusivos e trazer recursos que somente quem acompanha determinada série ou console irá usufruir.

Porém, essa competição pela liderança no mercado não é algo tão recente quanto muita gente pensa.

No início havia a pazMas um ouriço e um encanador vieram para espalhar o caos
Se você perguntar para qualquer pessoa com mais de 20 anos quando foi que a guerra entre os consoles começou, a maioria das respostas certamente irá ressuscitar a rivalidade entre Super Nintendo e Mega Drive. Embora a competição entre empresas já existisse muito antes disso, foi com os consoles de 16 bits que a noção de “o meu é melhor que o seu” teve início.

Isso porque a época do Atari contra Odyssey e NES contra Master System ainda era muito inocente. Os jogos eram vistos como um entretenimento comum, como a TV e o rádio, e não havia uma tradição de marcas e nomes. Como as principais exclusividades ainda estavam dando seus primeiros passos, os consumidores não vestiam a camisa da Nintendo ou da SEGA para defender.

Porém, isso mudou na geração seguinte. O lançamento do Mega Drive, em 1988, mostrou às pessoas que o ouriço azul visto no Master tinha muito mais potencial e Sonic logo virou um ícone. Em compensação, dois anos depois, o Super Nintendo chegou ao mercado e trouxe novas aventuras do já idolatrado Mario, além de outras franquias de peso, como The Legend of Zelda e Metroid.


Como poucas pessoas tinham condições de possuir os dois aparelhos, era comum ver as crianças defendendo o aparelho que possuíam. Quem nunca falou durante o recreio que o Sonic era melhor que o Mario por ser mais rápido? É claro que, nessa época, as discussões eram menos sérias e não envolviam números de vendas ou quantidade de títulos disponibilizados: tudo girava em torno da diversão que cada sistema oferecia ao seu proprietário.

A geração PlayStation e a briga desleal

A geração seguinte foi menos acirrada, pois a chegada do PlayStation foi um tremendo sucesso, superando a marca de 100 milhões de aparelhos vendidos ao longo de seus 12 anos de história. A “Big N” tentou repetir o sucesso do SNES com o Nintendo 64 e a possibilidade de quaro pessoas jogarem simultaneamente. Porém, a iniciativa não conquistou o público como se esperava e o console vendeu “apenas” 33 milhões de unidades. A SEGA já demonstrava sinais de cansaço, vendendo somente 11 milhões de Saturns no mundo inteiro.


Como as empresas não conseguiam barrar o indiscutível sucesso do PlayStation, elas usaram o poder de seus exclusivos para dificultar a ascensão do aparelho. Títulos como GoldenEye 007, The Legend of Zelda: Ocarina of Time e Super Smash Bros. eram as principais armas de quem tinha o N64 e queria se gabar para o amigo que optou pelo rival. A série Pokémon era outro game disponível somente no sistema da Nintendo, obrigando o pessoal do PlayStation a se contentar com Digimon.

Ao contrário do que se pensa, a hegemonia da Sony na venda de hardwares trouxe vários benefícios à indústria. Além de obrigar as demais companhias a desenvolverem novos aparelhos capazes de bater de frente com o PSOne, a noção de que games existentes em uma única plataforma ajudavam a vender mais começou a ser percebida pelas empresas, que correram atrás de parcerias com estúdios para fazer com que seu console fosse o único a receber determinado lançamento.

Contudo, apesar dos esforços, o panorama da geração seguinte não sofreu grandes alterações, principalmente com a popularização do PlayStation 2, considerado um dos video games mais populares da história. Lançado em 2000, ele ultrapassou a marca de 150 milhões de unidades vendidas e é um sucesso até hoje.

Após seis anos na liderança do mercado, a Sony já havia aprendido a fórmula do sucesso e a aposta em títulos exclusivos ficou ainda mais intensa. As séries Grand Theft Auto, Final Fantasy e Metal Gear Solid foram lançados somente para o PS2, assim como os sucessos desenvolvidos pela própria empresa, como Shadow of the Colossus e God of War.

A Nintendo voltou a tentar com o Gamecube, mas os resultados não foram tão bons e o cubo vendeu apenas 21 milhões de unidades. Na mesma época, a SEGA deu seu último suspiro como fabricante após o amargo dissabor de ver somente 10 milhões de Dreamcasts serem comercializados no mundo inteiro.


Porém, foi nesse mesmo período que a Microsoft decidiu entrar no mundo dos video games. Apesar de o Xbox original não ter conseguido superar o PlayStation 2, a chegada da fabricante ao mercado preparou o terreno para a grande batalha que estava por vir.

A geração atual

Falar sobre a atual geração é desnecessário, afinal estamos vivendo a guerra entre PlayStation 3 e Xbox 360 neste exato momento. A rivalidade entre os dois consoles é tão intensa que não há uma área em que um sistema vença o outro: títulos exclusivos, sensores de movimento e capacidade gráfica são muito semelhantes e, até o momento, é impossível dizer quem é o vencedor da disputa. A inconstância do número total de vendas de cada aparelho é o maior exemplo disso, pois oscila entre Sony e Microsoft constantemente.

O Wii corre por fora. Apesar de não conseguir competir com os rivais em quesitos técnicos, ele causa muita dor de cabeça por conta de seu caráter casual, que o ajudou a se tornar extremamente popular, chegando à marca de 84 milhões de aparelhos vendidos. Além disso, a tecnologia do Wii Remote serviu de inspiração para a concorrência criar o PlayStation Move e o Kinect.

Briga de bolsoPequenos, mas igualmente competitivosSe a luta pela liderança de mercado nos consoles de mesa sempre foi intensa, nos portáteis a situação era mais tranquila. O Game Boy, lançado pela Nintendo em 1989, sempre foi um sucesso entre os aparelhos de bolso e reinou absoluto por mais de 15 anos — mesmo com alguns concorrentes surgindo e morrendo pelo caminho, como o N-Gage.

Foi somente em 2005, com a chegada da Sony ao ramo, que a briga realmente ficou acirrada. Por mais que o PSP não tenha conseguido o mesmo êxito do Nintendo DS (foram 68 milhões de unidades contra 145 milhões, respectivamente), o surgimento de um rival mostrou à Big N que era preciso inovar e trazer gráficos melhores, além de um hardware mais potente.


Isso aconteceu com o 3DS, que inovou ao adicionar uma tela com suporte à tecnologia 3D sem necessitar de óculos especiais. Como o PlayStation Vita ainda não foi lançado, é impossível prever com exatidão o que vai acontecer. No entanto, sabemos que a briga vai ser grande. Você pode conferir uma prévia do embate no artigo “Nintendo 3DS versus NGP

Guerra entre softwaresFranquias também se digladiam pela preferência do públicoSe os consoles lutam de um lado; do outro, temos as desenvolvedoras usando todo seu potencial para trazer games cada vez mais impressionantes. Isso fez com que o espírito de rivalidade surgisse em várias franquias — se até FarmVille e Colheita Feliz brigam, o que dizer de jogos mais pesados? Como estamos falando de séries e é muito difícil encontrar uma resposta sobre qual a mais popular, pedimos a ajuda de vocês, leitores, para saber a real preferência nos casos abaixo.

Sonic e Mario

A dupla da geração 16 bits foi a precursora da rivalidade entre jogos, principalmente com as série Super Mario Bros. e Sonic The Hedgehog. Apesar de o ouriço ter tropeçado nas próprias pernas em seus últimos lançamentos, sua imagem continua intocada no coração dos fãs, enquanto o encanador deu uma pausa nos títulos de plataforma para se aventurar em outros gêneros.

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Street Fighter e Mortal Kombat

A Capcom foi, por muito tempo, sinônimo de jogos de luta graças ao seu ótimo trabalho com a série Street Fighter. Com comandos acessíveis e estratégias complexas, o game agradou a novatos e viciados. Isso até a chegada de Mortal Kombat, um game com visuais realistas, que abusava da violência para empolgar os jogadores e que retornou ainda mais brutal na nova geração.

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Pro Evolution Soccer e FIFA

As duas franquias de futebol ainda dividem opiniões. PES foi, por muito tempo, a preferência nacional em relação ao esporte, mas a série da Electronic Arts evoluiu tanto nos últimos anos que conseguiu superar o rival, que tenta retomar o posto de líder no segmento. As edições 2012 de cada um prometem tornar a briga ainda mais acirrada.

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Gran Turismo, Forza Motorsport e Need for Speed

Gran Turismo sempre foi referência em simulação de direção, até que o Xbox 360 ganhou seu próprio título e colocou a hegemonia de GT em xeque. Os dois títulos têm vários carros licenciados, além de gráficos espetaculares, diferenciando-se apenas nos detalhes. A EA entrou na competição recentemente com um novo capítulo de Need for Speed.

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Guitar Hero e Rock Band

Um dos precursores dos jogos rítmicos foi, por um bom tempo, líder no segmento, principalmente por conta da ótima seleção de músicas. Rock Band veio em seguida, mas conquistou uma legião de fãs por introduzir novos instrumentos à jogabilidade, além do constante suporte a novas músicas.

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Call of Duty e Battlefield

As duas franquias reinventaram o gênero FPS, adicionando muito mais realismo e intensidade aos confrontos. O lançamento dos novos capítulos de cada série acontece no fim deste ano e já promete ser um dos embates mais épicos desta geração.

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World of Warcraft e outros MMORPGs fantásticos

A Blizzard conseguiu dar vida a um dos universos mais fantásticos e lucrativos da história dos video games, com direito a uma mitologia própria e bem definida. Na cola disso, vários outros MMORPGs, como Lineage e Warhammer Online, surgiram com uma temática semelhante e também encontraram seu lugar ao sol (e no HD dos apaixonados por aventuras online).

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God of War e Gears of War

Embora as sagas não pertençam ao mesmo gênero, os dois “GoWs” são os representantes da grande batalha de consoles da atual geração. Embora os proprietários do PlayStation 3 se gabem do poder de Kratos, Marcus Fenix mostra que a falta de deuses não o torna menos durão.

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