Sim, jogos de dezenas de horas valem a pena

3 min de leitura
Imagem de: Sim, jogos de dezenas de horas valem a pena

É comum termos a sensação de que, ao jogar um game muito longo, estamos perdendo a chance de experimentar outros dois ou três títulos que estão empoeirando em nossas estantes e que podem trazer experiências mais significativas.

Falar desse assunto é algo um tanto complicado. Afinal de contas, quando um game deixa de oferecer uma experiência relevante e passa a ser apenas uma repetição cansativa? Para alguns (fãs de MMORPGs, digamos), isso pode nunca acontecer; já os gamers com um foco mais “Cult” certamente vão preferir uma jogatina curta a algo que possa passar qualquer repetitividade.

Img_normal
Tamanho = Diversão?

E é aí que entra o maior problema: muitas pessoas tendem a tentar estabelecer uma relação direta entre a duração de um game e a diversão que ele pode oferecer, quando, na verdade, deviam estar analisando isso caso a caso.

A duração de um jogo raramente deve ser considerada um fator para definir a qualidade do game. No lugar disso, o que precisamos analisar é, na verdade, a densidade da experiência que ele nos oferece naquela extensão de tempo.

Logo, alongar um game que tem pouco a oferecer pode ser tão danoso para a qualidade do título quanto tornar um jogo recheado de mecânicas complexas em uma aventura muito compacta – o que resultaria em pouco tempo para aproveitar tudo que ele tem. Em resumo, o segredo é ter um título que esteja “na medida”.

Img_normal
Como prova, basta pensar em um game como Shadow of the Colossus. É certo que muitos (incluindo este que vos escreve) gostariam que houvesse mais dezenas de colossi para serem enfrentados na aventura. Porém, será que assim não acabaríamos tomados pela repetitividade no lugar da sensação de não saber o que esperar do próximo adversário?

Por outro lado temos GTA, uma das séries mais famosas e mais adoradas no mundo: as cidades criadas pela Rockstar em cada título da franquia são cheias de detalhes, gerando um mundo tão denso que é difícil pensar que seria possível compactar o game sem que algo se perdesse.

Img_normal
Fazendo hora extra

Você acha Skyrim um jogo curto? Antes de responder essa pergunta com uma negativa, é bom parar para pensar que, embora o título possa muito bem passar da casa das centenas de horas, boa parte do conteúdo pode ser ignorado por completo por quem deseja seguir apenas a trama principal. Só que, na maioria das vezes, nós apenas não queremos fazer isso.

Então, podemos afirmar que somos responsáveis por determinar quão longa vai ser nossa experiência em um game. Tudo depende de nossa abordagem ao experimentar um título: você quer apenas chegar ao fim dele, resolver todas as missões extras ou adquirir cada uma das conquistas que ele possui?

Img_normal
Dependendo de sua resposta, um game pode “evoluir” de uma aventura de uma única tarde para semanas (ou meses) de jogatina. Mas o melhor é que, nessas situações, você pode encurtar sua experiência antes que ela acabe ficando longa demais.

É o caso, por exemplo, de Zelda: Majora’s Mask. Sua aventura principal pode ser completada em menos de dez horas; entretanto, fazer suas dezenas de side-quests e mini-games para obter 100% do game pode facilmente estender a experiência para 50 horas ou mais.

Jogando com os amigos

Outro fator que devemos levar em conta, uma vez que é uma das principais fontes de horas e horas na frente de um mesmo game, é o modo online. Diferente dos single players, que dependem da IA do título para inovar, jogar com outras pessoas reais permite que cada experiência se torne única, estendendo o fator replay para níveis indetermináveis.

Img_normal
Isso atualmente é um fator tão importante que muitos jogos, como Modern Warfare 3 e Battlefield 3, estão apresentando pouquíssimo foco em suas campanhas principais e apostando quase que totalmente na área multiplayer – algo que, como podemos ver, não poderia estar trazendo melhores resultados para as empresas.

Diversão em primeiro lugar

Ser recompensado por seu esforço é importante nos games, mas o ponto que as pessoas mais esquecem é que os games não precisam oferecer isso dentro da aventura – embora essa seja uma ótima maneira de melhorar a experiência.

Img_normal
Estar na frente da tela, controlando seu avatar, enquanto enfrenta monstros, disputa corridas ou partidas de futebol, atira em soldados inimigos ou explora mundos virtuais feitos de blocos é que deve ser o verdadeiro prêmio. Todo o resto, das cenas de corte aos itens especiais, são apenas um extra; a cereja no topo do bolo.

Perdendo ou ganhando, passando uma única tarde na curta aventura de Child of Eden ou gastando centenas (se não milhares) de horas nas repetitivas explorações de World of Warcraft ou Diablo 3, o que importa, no fim das contas, é que você se divirta. Mas se o jogo conseguir fazer isso por mais tempo que os outros, melhor para nós, gamers.

Fontes: Kotaku, EDGE, Slate

Cupons de desconto TecMundo:
* Esta seleção de cupons é feita em parceria com a Savings United
Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.