O futuro dos consoles tem duas telas?

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Nintendo, Sony e Microsoft vêm bolando estratégias ousadas ao longo dos anos. Depois de controles wireless, joysticks com sensores de movimento e o Kinect, agora, as companhias parecem focar em outra funcionalidade: uma segunda tela para interação com os games.

Fonte: Divulgação/Nintendo
A Big N foi a primeira a apostar. O DS e o seu sucessor, o 3DS, ficaram famosos com o esquema de duas telas. Agora, a Nintendo aposta, com um controle-tablet, no recurso para um console de mesa. Recentemente, Microsoft e Sony adotaram a ideia com o SmartGlass e a parceria Vita/PS3. Cada ecossistema tem suas peculiaridades, mas será que essa moda pega?

Uma revolução no modo de jogar e interagir...

Você talvez não seja tão viciado em celular e tablet, porém uma pesquisa do Yahoo! revelou que mais de 80% do público utiliza um desses gadgets enquanto assiste a televisão. Seja para postar opiniões na rede social, executar apps ou enviar emails, muitas pessoas não deixam de usar o smartphone apenas porque estão vendo algo na telona.

Fonte: Divulgação/Nintendo
Parece que, ao reparar nesses números, a Nintendo teve a brilhante ideia de apostar em um tablet como controle para o Wii U. Pensando na história do console antecessor, podemos dizer que a novidade tem grande chance de prosperar, afinal, o Wii nem sequer contava com uma rede online de qualidade, tampouco com opções de interação para Facebook e Twitter.

A esperteza aqui foi criar algo que serve tanto para aproveitar esse recurso inexplorado quanto para ampliar a jogatina. Isso vai garantir acesso a diversos recursos simultaneamente, sejam elementos de jogo (como a visualização do mapa e a exploração do inventário) ou funcionalidades para expandir a experiência na web — seja um comentário no Facebook ou a busca de dicas no TecMundo Games.

A Sony correu atrás com o lançamento da funcionalidade Cross Play. A novidade garante jogatina incessante (ou seja, você começa um game no PS3 e continua no Vita), expansão de recursos e desafios cruzado — com um jogador usando o Vita e outro aproveitando a TV e o console de mesa. Scott Rohde, vice-presidente dos estúdios de desenvolvimento da Sony, garante que o portátil será melhor que os concorrentes.

Fonte: Divulgação/Sony
A Microsoft tem uma ideia diferente com o SmartGlass, oferecendo uma segunda tela em qualquer smartphone ou tablet compatível. Basicamente, o SmartGlass será um aplicativo que você instalará no seu dispositivo e, por meio dele, poderá expandir a jogatina da mesma forma. O diferencial aqui é que você talvez não precise adquirir um novo hardware, contudo, pode ser que as funções sejam limitadas.

Ou uma tecnologia fadada ao fracasso?

Assim como existe a possibilidade de dar muito certo, pode ocorrer que nenhuma novidade seja muito bem aceita. A ideia de fundir os portáteis (sejam tablets ou smartphones) com os consoles é genial, porém alguns consumidores podem não se adaptar ao esquema de duas telas, ou melhor, de atenção dividida.

Existe também um problema quanto à divisão de mercado. Com a chegada de celulares com processador quad-core e GPUs de alto desempenho, muitos pessoas podem se satisfazer apenas com um smartphone e simplesmente desistir dos consoles de mesa, afinal, a qualidade dos títulos mobiles está muito acima do esperado. Isso sem contar que alguns aparelhos já têm saída HDMI e aceitam a conexão de controles por Bluetooth — aliás, Ouya manda lembranças.

Fonte: Divulgação/Sony
Outro aspecto que deve mudar radicalmente é a jogabilidade. Com uma segunda tela sensível ao toque, os gamers terão de aprender a abandonar botões e realizar movimentos específicos para cada jogo. Quando falamos de jogos para celulares, isso não é um problema, mas se você levar em consideração que os futuros consoles terão games hardcore, pode ser que o esquema de comandos atrapalhe um bocado.

Alguns inconvenientes surgem devido às limitações dos aparelhos. O poder de um periférico é bem inferior ao de um console e, ainda que o processamento seja realizado na CPU do video game, pode ser que apenas alguns jogos sejam compatíveis com os portáteis. Isso sem falar na bateria que perdura por pouquíssimas horas.

Fonte: Divulgação/Microsoft
Não conhecemos nada além do PlayStation Vita, então não há como ter certeza se a experiência com o controle-tablet do Wii U será perfeita. Quanto ao SmartGlass, o problema é ainda mais embaixo, pois a usabilidade vai variar conforme o dispositivo conectado.

O futuro inevitável

Ninguém duvidava que as fabricantes conseguissem dar um jeito de inovar com os novos consoles, mas poucos esperavam que as ideias fossem partir para a extensão com tablets e celulares. Respondendo à pergunta principal, o futuro dos video games tem duas telas!

A duração da nova moda vai depender do quanto os dispositivos agregarão à experiência, mas, muito mais do que isso, ela está sujeita à aprovação dos jogadores. Qual sua opinião sobre essa novidade? Vale a pena integrar gadgets e consoles?

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