Parece, mas não é: por que alguns detalhes nunca aparecem nos jogos?

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Cápsulas e mais cápsulas que se perdem no ar!Que os jogos de video game estão cada vez mais realistas você já deve estar cansado de ler. Com gráficos aprimorados, melhor capacidade de processamento e tramas complexas e elaboradas, dignas das principais produções do cinema, os games alcançaram o patamar de linguagem artística e hoje são considerados um dos elementos mais importantes da cultura pop.

Entretanto, apesar de todo esse realismo, alguns detalhes ainda são deixados propositalmente de lado e, embora passem despercebidos em muitos jogos, não deixam de aguçar a curiosidade: se isso é tão simples, por que não é incluído nos games? A lista de pequenas falhas é imensa e, possivelmente, não exista nenhum jogo sujeito a tanta perfeição. Você já parou para pensar em algumas das seguintes situações?

Cara, cadê minhas cápsulas?

Você está lá em meio ao seu FPS preferido. Os gráficos são de um realismo impressionante e o ambiente onde a ação se passa reconstitui fielmente um vilarejo que existe na vida real. O som dos passos é percebido com nitidez em uma saída de áudio 5.1 e as armas têm o mesmo impacto que teriam na vida real.

A cada tiro que você dá, é possível ver com detalhes as cápsulas saindo da arma e... Onde diabos foram parar as cápsulas? Ao cair no chão, elas simplesmente desaparecem, como se nunca tivessem existido. Em alguns casos, os efeitos sonoros se encarregam de dar um pouco mais de realismo, simulando o contato com o solo. Mas basta apontar a câmera para o chão para perceber que já não há mais nem sombra delas por ali.

Não me sigam, eu também estou perdido!

A física do jogo é um dos elementos analisados sempre pela equipe do TecMundo Games. A maneira como água se movimenta, por exemplo, é um ótimo indicativo para perceber como foi feita a composição das imagens e o quão avançado é o nível gráfico de um título.

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Porém, repare que, quando o personagem caminha sobre a neve ou mesmo na areia, suas pegadas permanecem por ali apenas durante alguns instantes. Basta mudar a câmera de lado que, ao voltar para a posição inicial, a terra estará limpa, como se ninguém tivesse passado por ali até então. Obviamente, esse detalhe é irrelevante no desempenho do jogo, mas não era realismo que estávamos esperando?

Haja coração, torcedor brasileiro!

Dribles cada vez mais parecidos com os aplicados pelos jogadores na vida real, detalhes nos uniformes e estádios baseados fielmente nas versões originais. Os jogos de esporte evoluíram muito em termos gráficos de forma que hoje, numa primeira impressão, fica difícil diferenciar qual imagem é real e qual imagem é o jogo.

Contudo, alguns detalhes secundários ainda não receberam a merecida atenção. Os auxiliares, por exemplo, somente há pouco tempo foram incluídos nas laterais do gramado durante as partidas. Mas os que mais sofrem com a falta de atenção dos desenvolvedores são os torcedores, ou melhor, os personagens que compõem a torcida.

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Repare que, mesmo nos jogos mais atuais, a torcida é composta por, no máximo, vinte personagens. Eles variam apenas as cores da camiseta, o lado do movimento ou o alinhamento na arquibancada. Porém, no restante, o torcedor é deixado de lado e, se você reparar, está por ali sempre feliz, comemorando até cobrança de lateral.

Estou aqui, não estou, estou aqui, não estou mais!

Uma das características dos jogos da nova geração é o fato de que os personagens raramente morrem no primeiro tiro. Enquanto ele está perdendo energia, a forma mais comum utilizada para indicar a sua vulnerabilidade é fazer com que ele pisque na tela ou se mostre de forma transparente.

Sim, é possível abstrair e entender que isso é um recurso do jogo, mas qual é o grau de realismo em ver alguém piscando na tela? Os inimigos mortos também sofrem do mesmo mal, piscando e, posteriormente, desaparecendo em questão de segundos. Cá para nós, talvez essa forma convencionada de mostrar o sofrimento dos personagens nos games não seja a mais adequada para os jogos da atualidade.
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Além deles, os elementos do cenário também parecem enfrentar os mesmos problemas. Atravessar árvores e caminhar por dentro de pedras também são cenas frequentes, mesmo nos títulos mais elogiados pela crítica. Será que você conseguirá olhar outra vez para a folhagem de um cenário sem ficar pensando nisso? Apostamos que não.

Quem se importa?

Os exemplos citados acima são apenas algumas entre as muitas situações em que a ausência de realismo não é levada em consideração pelo jogador. Aliás, em se tratando desse assunto, vale a pena utilizar uma comparação com o cinema. Muitos críticos afirmam que se você está prestando atenção na roupa que aparece de um jeito em uma cena e de outro na tomada seguinte, é porque o filme em si não está conseguindo prender a sua atenção.

Img_normalO mesmo acontece nos games. De nada adianta um chão cheio de cápsulas de bala se os gráficos durante o tiroteio ou as condições que você tem para controlar a mira deixam a desejar. Contudo, isso não significa que esses elementos possam ser deixados de lado ou não mereçam atenção por parte dos desenvolvedores.

Quanto maior for a imersão proporcionada por um game para o jogador, certamente melhor será a experiência que ele é capaz de proporcionar. Uma vez que os títulos apresentam níveis cada vez mais altos de realismo, vale a pena demandar um pouco mais do potencial de processamento para exibir ao jogador elementos que não influenciam diretamente no game?

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