Coluna: Você compraria um jogo antes de ter o video game ou um console antes do lançamento?

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Se você já tem uma vivência um pouco mais longa no mundo dos games, certamente lembra-se de um tempo em que os consoles chegavam ao Brasil quase exclusivamente de maneiras obtusas. Ou você teria que encomendar a maravilha da tecnologia para um importador — que colocaria uma taxa considerável no preço final do produto — ou você possivelmente apelava para algum parente que morasse em algum país ao norte do Equador (exceto Austrália).

Atualmente, com as facilidades de quebra de fronteiras propiciadas pela internet, o mercado de games ficou muito mais acessível para praticamente qualquer um em todas as partes do mundo. Então, um anúncio que alguma empresa faça sobre o lançamento de um jogo ou de um console inteiramente novo se torna muito relevante em termos de pré-compra.

Fonte: Reprodução/YouTube
E é exatamente sobre isso que a discussão começa a aparecer. Quando uma tecnologia nova nasce, é claro que os jogadores ficam empolgados para colocar as mãos nas novidades o quanto antes. Mas, será que a compra antecipada de alguma coisa que ainda nem foi lançada vale a pena? Você compraria uma plataforma a um preço mais salgado do que posteriormente ao lançamento, só para ter acesso exclusivo ao aparato tecnológico?

Ainda mais profundo do que isso, você compraria um jogo antes de ter o console a que ele se destina? Estatísticas à parte, vamos tentar formular um raciocínio que justifique ou refute essa ideia, levando em consideração conceitos financeiros, emocionais e, principalmente, lógicos sobre o ato de comprar ou não “às cegas”.

Antes de todo mundo a todo custo

Já que estamos em um momento em que não se fala em outra coisa que não seja a futura chegada dos consoles da oitava geração, vamos usá-los como exemplo prático. A Sony anunciou a existência do PlayStation 4 em fevereiro deste ano, enquanto a Microsoft esperou um pouco mais e revelou o Xbox One (com nome novo e tudo mais) no último dia 21 de maio.

Fonte: Divulgação/Microsoft (com um toque especial meu)
Desde então, os gamers vêm travando conflitos teóricos sobre a relevância que cada uma das duas plataformas em termos de potência de hardware, recursos disponíveis, necessidade de conexão com a internet, e também a qualidade e a quantidade de jogos. O primeiro ponto a se pensar seriamente além de tudo isso é o custo que o “brinquedo” terá em relação ao preço que será cobrado alguns meses depois do lançamento oficial.

Atualmente, quem quer ser “pré-dono” tanto de um Play 4 quanto de um Xbox One, tem que desembolsar largas quantias em dinheiro. Isso sem contar que não há garantias de uma data certa para o recebimento da compra. Fora isso, talvez a característica mais importante seja a existência de jogos para o seu novo video game.

Para que comprar uma plataforma inteiramente nova, se você não terá o que jogar? Então, podemos pensar em procurar as datas de cada uma das produções que estão sendo preparadas para os novos consoles a fim de saber se teremos o que fazer com a novidade assim que ela chegar.

Fonte: Reprodução/Google
Vale lembrar que quem adquiriu um Wii U desde seu mais tenro lançamento teve essa mesma dificuldade em quantidade de jogos. Quem tem um PlayStation Vita, para ser bem sincero, ainda tem o problema da falta de opções até hoje...

Experiências pessoais

Eu, como um bom viciado em video games e adepto de conseguir os jogos das minhas franquias preferidas o mais rápido possível, também caí em tentação e acabei ultrapassando a linha da sensatez. Por exemplo, em meados da metade para o fim de 2004, eu comprei o game Silent Hill 4. O problema é que eu só comprei o meu PlayStation 2 algumas semanas depois...

Para não ficar sozinho nessa berlinda, vale citar algum amigo, para ajudar a dividir a culpa. Assim, afirmo que o nosso querido redator Cássio Barbosa também não agüentou a ansiedade, e comprou Dino Crisis 1 antes de ter um Playstation...

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No meu caso, comprei o game para jogar junto com um amigo que já tinha a plataforma em casa. Depois disso, o rapaz ficou feliz da vida, pois foi praticamente presenteado com Silent Hill 4. Não posso dizer que me arrependo do que fiz, porque SH4 é um dos jogos que eu mais gosto até hoje. Mesmo assim, o fato de relatar essa experiência me faz ficar com um pouco de vergonha. Como diria minha mãe: “onde já se viu comprar o joguinho, se você não tem onde jogar?”.

Vamos ver se eu entendi

A única conclusão possível depois de refletir sobre a compra antecipada de um jogo ou de um console é pensar no quanto você realmente quer adquirir o objeto e no quanto você está disposto a gastar para conseguir isso. A ansiedade é o maior inimigo da lógica dos gamers e o melhor negócio nem sempre é o que é feito com mais rapidez.

Fonte: Divulgação/AllGamesBeta
Agora é claro que é sua vez. Você compraria um console antes do lançamento? E quanto a um jogo? Deixe sua versão dos fatos nos comentários abaixo e não se esqueça de dar alguma justificativa para dizer se valeu a pena ou não o que você adquiriu. Pessoalmente, eu não compro mais jogos antes da data. Só quero ver se isso ainda continuará assim quando abrir a pré-compra de Dark Souls 2...

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