Quais são os games que mais causam medo na equipe do TCG?

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Apesar de não ser uma data tipicamente brasileira, o Halloween (ou Dia das Bruxas) é comemorado há anos em nosso país. Tradicionalmente, a festa que acontece no dia 31 de outubro é marcada por referências ao que há de mais macabro, assustador e bizarro entre as criações já boladas pela humanidade.

Embora a festividade seja baseada em rituais celtas, a palavra Halloween tem origem cristã e foi empregada pela primeira vez próximo ao ano de 1745. Etimologicamente, se acredita que o nome é uma contração do termo “All Hallows’ Eve”, usado para descrever a data que antecede o Dia de Todos os Santos.

Para os celtas, a data marcava festas que honravam o lugar dos mortos, onde não haveria fome nem dor — durante a data, acreditava-se que os espíritos daqueles que haviam partido retornavam para visitar seus familiares e os lares que haviam deixado para trás. Foi entre os séculos 14 e 15 que a data passou a ser marcada pelo uso de fantasias, costume complementado pela busca por doces durante o período de perseguição ao protestantismo na Inglaterra.

Atualmente, o Halloween é marcado pelas brincadeiras e por servir como uma bela desculpa para reunir os amigos para assistir a filmes assustadores ou para testar a coragem em games de terror — exatamente o assunto principal deste artigo. Para comemorar essa data macabra, reunimos alguns relatos que mostram quais títulos foram responsáveis por causar pesadelos na equipe do BJ.

Confira nossas histórias e, após a leitura, não se esqueça de contribuir com sua opinião sobre o assunto em nossa seção de comentários.

Felipe Gugelmin – Redator

Fallout 3

Apesar de ser o responsável por reunir esses relatos assustadores, confesso que nunca fui muito fã do gênero terror. Tanto é que meu envolvimento com games do tipo praticamente acabou após a era PlayStation, durante a qual cheguei a terminar títulos como o primeiro Silent Hill e Resident Evil 2.

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Ao menos nesta geração, minha experiência mais tensa se deu com Fallout 3 — jogo que normalmente não é associado ao estilo. A combinação entre cenários devastados, munição escassa e um sistema de combate que nem sempre refletia corretamente suas ações fazia com que eu ficasse preocupado toda vez que precisasse explorar um prédio em ruínas, especialmente aqueles que serviam de casa para os Super Mutantes.

Com isso, era difícil não tomar alguns sustos, especialmente quando as coisas saíam do controle. Até hoje me lembro de quase pular da cadeira por conta do ataque de um escorpião mutante que passou em branco tanto pelo meu olhar quanto pelo radar pouco preciso que o jogo fornece.

Allan Valin – Redator

Nightmare Creatures

Sabe quando você troca um jogo e outro vem “de brinde”? Pois nem sempre isso acaba sendo um bom negócio, pelo menos não quando você é criança. Eu, nos meus tenros anos da juventude, fui todo pimpão e faceiro jogar Nightmare Creatures, para me deparar com criaturas bizarras com movimentações certeiras e mortais, contra as quais meus reflexos, coordenação motora e estabilidade emocional infantis não eram páreo. Nunca durei cinco minutos vivo na primeira fase, ao menos não sem GameShark.

Fonte da imagem: Reprodução/GameFAQs

Com a invencibilidade oferecida pela ferramenta, a morte já não era um medo hediondo, possibilitando avançar no conteúdo. Porém, não saber inglês e a baixa intelectualidade da época me deixaram preso em determinada fase, na qual você ficava sobre o telhado de um prédio em chamas. Cansado de sofrer e de me assustar, fiz a melhor troca de minha vida: recebi Castlevania: Symphony of the Night em troca, um de meus preferidos até hoje.

Paulo Guilherme – Redator e pokemaníaco

Amnesia: The Dark Descent

Foi difícil decidir qual foi o game que mais me assustou em toda minha vida. Primeiro lembrei-me dos três primeiros Resident Evils, com cenas clássicas como a do cachorro saltando pela janela ou os momentos em que meu sangue congelava com o simples som da palavra “S.T.A.R.S”, proferida por Nemesis.

Pensei então em Majora’s Mask – meu game favorito, mas que tive muitos problemas para terminar em minha infância. Momentos como os encontros com Like Likes e ReDeads, a missão de resgatar os ovos de Zoras de um ninho de Deep Pythons e toda a minha passagem por Ikana ainda me dão um frio na espinha até hoje...

Depois de pensar em vários outros títulos, algo me fez perceber que eles não mereciam tal posição: consegui chegar ao fim de praticamente todos eles. A única exceção à regra foi o primeiro Amnesia, cuja combinação de um ambiente obscuro, um personagem completamente indefeso e criaturas bizarras me fizeram desistir após pouquíssimo tempo de jogo – e acho que nunca terei coragem de ir além disso.

Vinicius Karasinski – Redator

Alone in The Dark

Joguei muitos jogos de terror em minha vida, mas um que certamente marcou foi o primeiro Alone in The Dark. O título inaugurou o gênero Survival Horror no mundo dos games em uma época em que jogos 2D com personagens coloridos e divertidos ainda reinavam absolutos.

A Infogrames conseguiu criar um ambiente com visuais incríveis para a época (1992), trazendo cenários tridimensionais e apresentando uma atmosfera sombria e envolvente. Quando eu vi o jogo pela primeira vez me impressionei pelos gráficos e pela liberdade de movimentação, mas foi o estilo cinematográfico e cheio de mistérios que fez eu me envolver cada vez mais com a aventura.

Os sustos constantes faziam a adrenalina subir às alturas o tempo todo, em um misto de agonia, medo e diversão, além da necessidade de continuar seguindo em frente mesmo em pânico; sensação que só voltei a sentir novamente quando joguei o primeiro Silent Hill, anos depois.

Eduardo Karasinki – Editor de vídeo

Pagan: Ultima VIII

Minha história parece meio boba, mas vamos lá: eu tinha mais ou menos seis anos de idade e estava jogando um RPG da época, o Ultima VIII, que era cheio de monstros, bruxarias e outras coisas capazes de assustar uma pobre criança.

Fonte da imagem: Reprodução/Moby Games

Porém, o que realmente me assustou foi uma das "fases", que contava com uma aranha absurdamente enorme. Quando me deparei com aquilo dei um pulo na cadeira e, desde então, tenho surtos psicóticos quando vejo uma aranha na minha frente. Se for no meu quarto então...

Ricardo Fadel – Coordenador de Conteúdo e estrelinha

Amnesia: The Dark Descent

Eu não sou muito fã de jogos e filmes de terror em geral, mas reconheço que há excelentes produções por aí. Um dos games arrepiantes que mais me impressionou foi o primeiro Amnesia. Me recordo perfeitamente dos momentos de sustos e tensão que passei durante minha análise aqui no BJ.

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Achei fantástica a combinação da jogabilidade simples com uma ambientação bastante intensa. O som, então, nem se fala. A trilha sinistra do game entra em uma sintonia assombrosa com os sons emitidos pelo personagem Daniel, cujo nível de sanidade afeta diretamente o ambiente à volta.

Gustavo Bonato – Diretor de Conteúdo

Silent Hill

Definitivamente a primeira versão do jogo foi a que mais me assombrou e a que mais me fez refletir sobre a história fora do jogo. Eu dormia mais tarde tentando digerir tudo aquilo que tinha sido mostrado na tela, lia em fóruns obscuros teorias macabras sobre a conclusão do jogo e não me esquecia das figuras dos chefes mesmo enquanto fazia natação.

Fonte da imagem: Reprodução/Giant Bomb

Tudo isso, é claro, sem deixar de mencionar a trilha sonora emblemática de Akira Yamaoka, que se consagrou neste primeiro título e foi imortalizado nas gerações de jogos seguintes. Mas qual o grande segredo desse jogo de terror para me assustar mais que tantos outros — além dos inimigos bizarros, é claro? Eu diria que é a abordagem de terror psicológico, com menos ação e mais situações nas quais você sua frio, fica absorto e ofegante.

O fato de o primeiro jogo da franquia também deixar a história amplamente aberta a diversas interpretações no final foi algo que gerou muita repercussão e discussões online, mesmo em uma época em que a internet era restrita a poucas pessoas no Brasil.

Fábio Jordão - Redator

Silent Hill 2

É difícil definir um único jogo que seja merecedor de receber o título de “mais aterrorizador”, mas, durante minha longa experiência com games de terror, creio que o mais bem elaborado e assustador foi Silent Hill 2. Toda a atmosfera apresentada no primeiro título da série ficou ainda mais convincente graças às melhorias na engine.

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Não bastassem os gráficos superiores, o game apresentou personagens problemáticos, criaturas sinistras (inclusive Cabeça de Pirâmide, possivelmente o vilão mais tenebroso dos games) e, claro, uma trilha capaz de mexer com o inconsciente. Silent Hill 2 é realmente assustador, ainda mais se você resolver jogar sozinho, no escuro e com um home theater de alta qualidade.

Douglas Ciriaco - Redator

Resident Evil 2

Eu devia ter uns 12 anos quando um vizinho meu apareceu com um PlayStation e um jogo chamado Resident Evil 2. Vamos dizer que zumbis não são seres assustadores — pelo menos não tanto quanto entidades sobrenaturais conseguem ser —, então aquelas criaturas não eram o “pior” de RE2.

O que me botava medo mesmo era o clima de tensão, com a trilha sonora sempre disfarçando o surgimento de algo inesperado na tela. Aqueles braços saindo do meio de uma porta lacrada em um corredor subterrâneo ou aranhas gigantes caindo do teto em um esgoto me deixaram com o coração acelerado algumas vezes. Sem dúvida, o primeiro título de terror que joguei na vida foi o mais aterrorizante de todos.

Mateus Prochno - Moderador

F.E.A.R.

Acredito que F.E.A.R. entra para lista de um dos jogos mais sangrentos e assustadores que já joguei (exceto por Doom 3, eu acho). Portas caindo, lâmpadas e vidros quebrando, nuvens escuras se aproximando, ratos borrachudos e uma menininha com um vestido vermelho vindo em sua direção realmente faziam meu coração pular.

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Para "piorar", F.E.A.R. ainda tinha aquele estilo que nunca deixava você saber o que esperar: poderia ser uma penca de soldados, um rio de sangue com a querida Alma nos esperando ou até mesmo o Fettel com uma nova “presa”.

Andressa Xavier – Coordenadora de Conteúdo

Fatal Frame 2

Só de lembrar já sinto um frio na barriga — e eu nem era tão criança assim, na época em que joguei, para ter ficado com tanto medo. Não sei explicar, mas a cada hora que o controle vibrava, indicando que um espírito estava por perto, eu o largava e, sem mentira, tinha vontade de chorar.

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Jogar sozinha? Nem pensar! Se ninguém estivesse perto de mim, o game ficava no pause, porque eu não tinha coragem suficiente para dar continuidade. Não fechei o jogo por medo.

Hiniro No – Moderador

Rule of Rose

Mesmo tendo uma extrema dificuldade devido à minha coragem suprema, terror é um gênero que eu gosto de jogar. Louco ou não, faço o ritual de me deixar na pior situação possível: à noite e com a luz apagada. O fato de eu nunca ter conseguido zerar um horror sem a companhia de alguém não precisa ser mencionado. Da minha “imensa” lista pensei em falar de Clock Tower ou de Fatal Frame (dois jogos que me deram até insônia), mas eu preferi citar outro que considerei chocante (além de acreditar que não seja tão conhecido): Rule of Rose.

O jogo traz temas cruéis abordados de modo muito aberto. O gameplay não vai provocar tanto em si (como Fatal Frame e Clock Tower), mas a história me deixou de estômago embrulhado. Os inimigos são crianças deformadas – algumas grudadas umas nas outras – e as músicas são antigas e macabras. Aliás, já dá para ter uma ideia do game só pela cena inicial. Para quem é fã do gênero, vale a pena dar uma olhada. Ah! Se possível, joguem a versão japonesa, que é bem superior à americana.

Durval Ramos - Redator

ZombiU

Um bom jogo de terror não é feito com tentativas de susto ao arremessar coisas na tela. O medo é fruto da tensão, da sensação de impotência e de que, a qualquer momento, tudo estará perdido. E é por isso que eu desisti de jogar ZombiU.

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A Ubisoft mandou muito bem na ambientação do game, sobretudo ao substituir os “Continues” por um novo personagem. Assim, se o protagonista da vez morre, todos os itens que ele coletou até o momento são perdidos, o que torna a luta por sobrevivência muito mais desesperadora.

E essa pressão é tão absurda que eu não consegui mais avançar. Meu personagem está prestes a ser cercado por uma horda de mortos-vivos e estou completamente sem munição — embora a mochila esteja repleta de outros itens úteis. Por conta da facilidade que é morrer em ZombiU, optei viver para sempre ignorando a agonia daquele mundo.

Danilo Amoroso – Redator e sex symbol

Resident Evil

As primeiras lembranças que tenho de jogos de terror é o primeiríssimo Alone in the Dark. Eu era bem novo, então não avancei muito no jogo, mas me lembro que a trilha musical me deixava um tanto apreensivo.

Sustos mesmo tomei jogando o primeiro Resident Evil (a versão para PC). Aliás, eu e meu irmão jogávamos juntos, e quando um se assustava, acabava assustando o outro também. Meu irmão comprou nossa primeira placa de vídeo justamente para podermos jogar este título, e aqueles malditos cachorros pulando das janelas viviam nos assustando. Muitas vezes jogamos de madrugada, e no dia seguinte tomávamos bronca da nossa mãe pelos gritos. Bons tempos.

Carlos Eduardo - Redator

Silent Hill 2

Tenho que confessar que joguei muito pouco o primeiro Silent Hill na época em que o jogo foi lançado. Andava ainda às voltas com Resident Evil na época, e acabei encontrando a franquia apenas em sua segunda geração. Mas foi um encontro, de fato, inesquecível.

Quando resolvi tentar a sorte sobre os sapatos de James Sunderland, a minha ideia de “jogo de terror” ou mesmo de “survival horror” ainda residia em teorias da conspiração baseadas em vírus e absurdos genéticos — o tipo de ameaça muito mais física do que psicológica.

Não há nada disso ali. Fui surpreendido, em vez disso, por um mistério praticamente insondável, em que mesmo os motivos sobrenaturais para a singular desventura de Sunderland permaneciam sem qualquer explicação consistente. Lembro perfeitamente não apenas dos sustos — algo que Resident Evil já me trazia — mas também de uma sensação de solidão e abandono. Encontrar aquele sujeito vomitando na privada foi um alívio. Era alguém.

Cássio Barbosa - Redator

Medroso demais para jogar qualquer coisa

Quando o assunto é terror, eu devo confessar que sou um fraco e sempre evito ao máximo jogos do gênero.  Quando eu era mais novo, por exemplo, me frustrei vezes várias vezes com o primeiro grupo de zumbis de Resident Evil 3 e com isso me poupei de ter pesadelos com o Menezes.

Fonte da imagem: Reprodução/Karma Decay

Mais tarde, em Resident Evil 4, eu pelo menos consegui sair do início e avançar um pouco — no entanto, uma vez que eu alcancei os esgotos, eu acabei abandonando a aventura depois de quase sofrer um ataque cardíaco pela décima vez com os inimigos invisíveis. Foi mal, Sherry .

Para não dizer que eu não arriscaria nenhum jogo do gênero, devo confessar que quando eu ouvi dizer que em Silent Hill: Shattered Memories o protagonista não utiliza arma alguma e só pode fugir dos monstros que o atacam, eu fiquei bastante intrigado — quer dizer, provavelmente isso é o que eu faria se acabasse na mesma situação que ele. No entanto, até hoje nunca fui atrás do título. Quem sabe eu não arrisco em breve?

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