Já podemos decretar o fim de 2014? Porque games quentes neste ano... Podem ser contados com os dedos (e olhe lá). Outro ano chega, mais um ano se vai. A safra desta temporada está longe, muito longe de apresentar um patamar “muito bom” ou “ótimo” – não passando do “mediano”, “razoável” ou “morno”. Ainda assim, seria ingrato olhar para trás e dizer que a indústria estacionou. Longe disso. Muito pelo contrário.
Sem querer ou por querer, o ano de 2014 pavimentou o caminho para 2015, e o terreno, meus irmãos e minhas irmãs, é muito fértil. Afinal de contas, não é preciso parar para refletir e constatar que este ano foi fraquíssimo aos jogadores. Mas, conforme mencionado, também é importante observar o outro lado da moeda: a indústria só cresceu – principalmente no Brasil –, e esse longo período de entressafra é natural numa transição de gerações.
A tendência é que, em 2015, e dali para frente, a coisa seja tão boa, mas tão boa que muitos já cravam o retorno da “Golden Age” dos games, isto é, a “Era Dourada”, época mágica em que todos jogam para curtir, sem brigar por questões bestas relacionadas a resolução, taxa de quadros por segundo ou coisa do tipo. É quando todo mundo simplesmente se diverte com tudo que há. E o que haverá em 2015 no lado de Sony, Microsoft e Nintendo?
Há opções para todos os gostos e bolsos. E não tem essa de “Wii U fora da disputa” não: a Big N registrou lucro nos últimos meses e finalmente enxergou um panorama positivo para o Wii U, que está em crescimento exponencial com uma batelada de exclusivos de peso. Da mesma forma, PS4 e Xbox One competem numa arena envolta por gráficos ultrarrealistas, resolução, taxa de quadros por segundo e fortaleza online, sem falar nas parcerias firmadas em cada lado da disputa.
Quem ganha com essa “guerra” somos nós, jogadores, que assistimos a tudo de camarote e ficamos com um leque incrível de opções à disposição. Um é pouco, dois é bom, três é melhor ainda!
Realidade virtual: vai ou racha? PS4 tem o Morpheus, e Xbox One deve entrar na brincadeira
Esse é um assunto que certamente divide opiniões ainda. Antes de entrarmos a fundo na questão da disputa entre as marcas em torno da realidade virtual, há que se refletir sobre um aspecto que passa batido a muita gente: será que todos ainda se empolgam tanto com a realidade virtual?
Considerando o histórico da tecnologia ao tentar tirar o joystick tradicional da mão dos jogadores, o cenário é um tanto esburacado. Convenhamos: ninguém jamais quer abrir mão dos controles tradicionais. O uso de movimentos, a exemplo do Kinect e do PS Move, que beberam da fonte do Wii, óculos 3D, que nasceram de um conceito antigo e posteriormente aprimorado, ou de qualquer outro acessório não necessariamente significa que essas experiências diferentes ganhem os holofotes.
O 3D é um exemplo recente. Quem aqui usa óculos 3D para jogar ou se importa muito com isso? Numa diversão descompromissada entre amigos, até vá lá, mas a tecnologia perdeu fôlego rapidamente, e nem no cinema os usuários fazem questão dela.
Se a realidade virtual caminha nos mesmos passos ou não, difícil dizer, mas o fato é que todo acessório dito “revolucionário” em termos de experiência enjoa rapidamente, tem um encanto muito temporário. É como dissemos anteriormente: ninguém vai abrir mão do joystick tradicional, da forma tradicional de se jogar. Portanto, a realidade virtual é um fator que as empresas ainda observam com cuidado para ver se investem ou não. Vejam o próprio Oculus Rift, que está aí no chove não molha, com kits de desenvolvimento que não saem da mesma estaca...
Enfim, a Sony tem na manga o Project Morpheus, e a Microsoft já disse, em mais de uma ocasião, que deve trazer algo similar para complementar a experiência com o Kinect. Como este ano não trouxe nenhuma novidade relacionada, o palco está montado para 2015 – e o Wii U não está nem aí para esse negócio de realidade virtual.
A “magia” da Nintendo: eterna pedra no sapato da concorrência
Yoshi’s Woolly World, Star Fox, The Legend of Zelda... Muitos se perguntam: o que há de tão especial aqui? A resposta é simples: magia. E como ela é abstrata, é difícil explicar em palavras. Só quem joga tenta definir.
O BJ já havia enaltecido essa tese em outro especial aqui. Ao longo da história, títulos não faltam para comprovar a tese de uma tal fórmula mágica que só a empresa tem. É que nem a receita da Coca-Cola: muitos tentam imitar, mas nunca fica igual. O mesmo se aplica aqui.
E o horizonte é promissor não apenas para Wii U, mas também ao 3DS. A biblioteca do portátil é invejável e esbanja aquele toque de magia que só a Nintendo tem. Títulos como Majora’s Mask 3D, Yoshi’s Woolly World, Star Fox, The Legend of Zelda, Monster Hunter 4 Ultimate e tantos outros, sem mencionar os produtos lançados exclusivamente na plataforma digital da empresa, são apenas alguns de 2015 que farão a concorrência ficar com uma interrogação estampada na testa. E vão arrancar sorrisos de orelha a orelha dos jogadores.
Os exclusivos de cada um: PS4!
Por mais que apresentemos argumentos que envolvam acessórios, complementos de hardware e outras traquitanas, não adianta: os exclusivos são a menina dos olhos. São eles que fomentam o mercado a justificam a aquisição de um console.
Estamos apenas iniciando o segundo ano do ciclo de vida do PS4 e do Xbox One. Naturalmente, há um período de transição que requer paciência da comunidade. O Wii U caminha ao terceiro ano do seu ciclo de vida e, hoje, conta com um acervo que convence qualquer puritano.
A E3, a Gamescom e a Tokyo Game Show foram providenciais para que a Sony trouxesse a público o seu pelotão, que em 2015 chega fortíssimo. Vejamos o que vem por aí:
- Let it Die
- No Man’s Sky
- Uncharted 4: A Thief’s End
- Bloodborne
- The Order: 1886
- Until Dawn
- Deep Dawn
- Reboot de Ratchet and Clank (já confirmado)
- Tearaway Unfolded
- Street Fighter 5
- Volume
- Everybody’s Gone to the Rapture
- The Tomorrow Children
- Hellblade
- Rime
- Abzu
Cenário indie
É importante observar o cenário indie em qualquer plataforma, mas há que se reconhecer que, nesse quesito, a Sony está em lua de mel com jogadores e desenvolvedores. A arquitetura do PS4 é absolutamente acessível e não há muita burocracia para publicar sua produção ali – gastos, marketing, diretrizes, coisas básicas. A empresa realmente abriu a porteira para esse mercado.
O Xbox One ainda não vingou nesse quesito, mas, para 2015, a Microsoft tem na manga o ID@Xbox, um programa indie que visa trazer incentivos e oferecer dev kits a talentos que se interessem tanto por Xbox One quanto ainda para Xbox 360.
O Wii U até possui uma certa biblioteca de indies exclusivos, mas segue a maré sem tantas preocupações e dedica mais esforços aos seus títulos first-party.
Os exclusivos de cada um: Xbox One!
O console da Microsoft responde à concorrência com bala na agulha. Em sua bem-vinda parceria com a Remedy, a empresa de Bill Gates trará Quantum Break, um dos games mais aguardados da temporada, e diversos outros jogos.
A seleção inclui Halo 5, Phantom Dust, Crackdown, Ori and the Blind Forest e muito mais. Confira só:
- Space Engineers
- Fortified
- Quantum Break
- Phantom Dust
- Scalebound
- Halo 5: Guardians
- Gears of War (não custa sonhar já em 2015)
- Massive Chalice
- Superhot
- Crackdown
- ScreamRide
- Rise of the Tomb Raider
- Ori and the Blind Forest
- Fable Legends
- Cuphead
- Inside
- Below
Os exclusivos de cada um: Wii U!
Em seu terceiro ano de vida, o console da Nintendo demorou para emplacar, mas, hoje, alcançou um status de conforto. Desacreditado por muitos e preterido por outros, o aparelho traz consigo uma enxurrada de exclusivos de peso: Donkey Kong Country: Tropical Freeze, Mario Kart 8, Wonderful 101, Pikmin 3, Super Mario 3D World, Bayonetta 2, entre muitos, muitos outros.
2015 será ainda melhor para a empresa e o console. Se você já estava com aquela coceirinha entre comprar ou não o video game, razões não vão faltar:
- Star Fox
- The Legend of Zelda
- Kirby and the Rainbow Curse
- Yoshi’s Woolly World
- Mario Maker
- Splatoon
- Mario Party 10
- Xenoblade Chronicles X
- Shin Megami Tensei X Fire Emblem
Sem falar em eventuais anúncios-surpresa de games em HD. Todo mundo amou The Legend of Zelda: Wind Waker HD...
Bundles e jogos multiplataforma: a lista é absurda!
Além dos títulos exclusivos de cada plataforma, não podemos deixar de citar os third-parties, que terão uma presença massiva em 2015. Os bundles são outro coringa no baralho de cada marca: a Microsoft, por exemplo, soube utilizar a técnica muito bem e até fez com que o Xbox One ultrapassasse o PS4 na Black Friday. Bundles com Sunset Overdrive, Call of Duty: Advanced Warfare e Assassin’s Creed Unity, entre outros, seduziram os que estavam em dúvida.
O que vem por aí vai deixar você mais em dúvida ainda. Eu digo, pra onde canalizar a grana?
- Resident Evil HD Remaster
- Saints Row: Gat out of Hell
- Citizens of Earth
- Dying Light
- Grim Fandango: Remastered
- Way of the Samurai 4
- Evolve
- Dragon Ball Xenoverse
- Resident Evil: Revelations 2
- Bladestorm: Nightmare
- Battlefield Hardline
- Final Fantasy Type-0 HD
- Project Cars
- Dark Souls 2: Scholar of the First Sin
- Mortal Kombat X
- Mighty No. 9
- The Witcher 3: Wild Hunt
- Chaos Reborn
- Batman: Arkham Knight
- Just Cause 3
- Metal Gear Solid V: The Phantom Pain
- Overwatch
- Assassin’s Creed Victory
- Drawn to Death
- What Remains of Edith Finch
- Beyond Good & Evil 2
- Cyberpunk 2077
- Mirror’s Edge 2
- Outlast 2
- StarCraft 2: Legacy of the Void
- Star Citizen
- Doom
- The Banner Saga 2
- Hazelight
- Mad Max
- The Division
Conte-nos para onde vai sua grana
Quais plataformas? Quais jogos? Não deixe de contar abaixo onde você vai gastar aquelas moedinhas do seu porquinho neste inesquecível 2015. E o seu porquinho precisa ser gorduchinho.
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