Tetris Effect é, ao mesmo tempo, um espetáculo e uma incógnita em VR

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Brasil Game Show 2018 teve um grande estande da Sony, que entre suas novidades colocou uma seção dedicada ao PSVR com jogos mais antigos (ideal para quem nunca testou experimentar um pouco) e game inéditos, como Blood and Truth, Astro Bot e Tetris Effect.

Nós jogamos 20 minutos do novo título de Tetris, que foi colocado desde o começo como uma experiência que teria um destaque na realidade virtual. Mas tem mesmo? Abaixo, contamos um pouco das primeiras impressões do game.

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O Tetris clássico com tom musical

Antes de mais nada, vale relembrar que Tetris Effect não é um jogo exclusivo de PSVR. Apesar de ter sido anunciado com esse foco durante a E3 2018, a desenvolvedora reforçou posteriormente que o game chegará para o PlayStation 4 comum, sem a necessidade de jogar a experiência em realidade virtual.

Mas o que é Tetris Effect no final das contas? Bom, pelo menos nos 20 minutos de jogatina, Tetris Effect é o mesmo Tetris de sempre, sem nenhuma grande mecânica avançada (pelo menos na sessão que tive acesso). A diferença é que a experiência arcade tem dois novos elementos: música e progressão contínua.

Tetris Effect é um game que está em produção pelo criador de Lumines e que trouxe consigo grande parte da equipe original do game. Portanto, a musicalidade, ritmo e apresentação têm um papel mais proeminente aqui. Mas não mecanicamente: eles são adornos para enriquecer a experiência, não uma mistura entre Tetris e Lumines.

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O outro elemento em destaque é a progressão. O game começa tímido, com poucos elementos visuais. Mas ao atingir determinada pontuação, você vai “continuando” a jogatina em novos mundos, passando de nível sem resetar os elementos na tela ou zerar a pontuação. E isso é bem legal, mesmo. Mas nada revolucionário.

Uma representação artística ou perfumaria?

E é aí que entra o grande dilema: toda essa representação artística tem um propósito ou é apenas efeitos visuais bons para impressionar? Segundo a desenvolvedora, esses adornos gráficos servem para reforçar um termo que se tornou científico: o efeito Tetris.

Pode parecer brincadeira, mas isso é realmente um tema de estudo e é documentado e aceito pela comunidade científica. O efeito Tetris é a experiência em que pessoas passam depois de jogar Tetris e começam a ver o padrão dos blocos em objetos e elementos rotineiros, como em uma organização de mesa, objetos espalhados pela casa e por aí vai.

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Então, na teoria, Tetris Effect utiliza essa ambientação artística para aumentar a magia do efeito Tetris nas pessoas, criando espetáculos visuais que impactem as pessoas. Essa é a proposta da equipe. E acontece mesmo?

Bom, no meu curto período de testes, achei bem fraco o começo, mas a experiência foi escalando até o fim da demo. Sim, é realmente bem bonito e o tom artístico é evidente desde os primeiros minutos. Mas no fim do dia, ainda foi Tetris. Em outras palavras, Tetris Effect não reinventou a maneira de jogar o game, mas sem dúvidas tive uma jogatina bem relaxante.

E o modo VR?

Como Tetris Effect teve uma grande divulgação sobre seu suporte ao PSVR, vale ressaltar que temos a parte em VR. Confesso que estava curioso para saber qual era a grande sacada de colocar um jogo de Tetris em realidade virtual: afinal, o que pode nos deixar imerso dentro de Tetris? E o resultado foi mediano.

Basicamente, o PSVR expande os efeitos tradicionais para outras dimensões. Você pode ver as partículas e espetáculos visuais de todos os lados, e não somente no display 16:9 comum. Certamente, se você tiver um dispositivo de VR, essa é a maneira de jogar, é a forma de aproveitar ao máximo a proposta.

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Mas também não é nada imperdível. Não é impressionante por si só nem traz uma jogatina em VR inesquecível. É apenas mais profundidade na intenção da desenvolvedora. Por enquanto, com pouco tempo de jogo, não é possível determinar o quanto isso será sensacional na versão final.

Tetris Effect chegará ao PlayStation 4 (com suporte ao PSV) no dia 9 de novembro de 2018.

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