A atual geração de consoles está quase chegando ao fim. PlayStation e Xbox seguem a mesma linha do tempo, enquanto o Switch percorre seu próprio caminho no mercado. Por conta disso, fazer uma lista que contemple títulos das três plataformas chega a ser uma tarefa capciosa, uma vez que as gerações se intercambiam de maneiras diferentes. No entanto, é inevitável botar os três na balança.
PlayStation e Xbox caminham juntos desde a geração retrasada, em que o PS2 e o Xbox original disputavam a atenção dos consumidores na indústria. Daí nasceram o PS3 e o Xbox 360 e, atualmente, PS4 e Xbox One. A Nintendo “quebrou” essa linha do tempo sobrepondo o Switch no Wii U, que teoricamente seria o competidor na mesma linha temporal do PS4 e do Xbox One.
O tempo médio de uma geração de consoles, ao menos na leitura tradicional da coisa, é de 5 a 7 anos. A Sony e a Microsoft lançaram a atual família em 2013. Com tudo que se especula no mercado agora, a próxima geração não é apenas um “cheiro” que já sentimos; é um aperitivo que está quase na ponta da língua. O banquete completo deve vir em 2020 mesmo.
Até lá, dá tempo de você saborear algumas das melhores experiências dos consoles em vigência, entre AAA imperdíveis e indies que são diamantes. PS4, Xbox One e Switch têm pano pra manga – o híbrido da Nintendo é o recém-nascido dessa turma e ainda vai deslumbrar uma bela trajetória. Os 21 títulos que selecionamos desse trio de ferro não necessariamente estão listados em ordem de importância. Confira!
1. The Witcher 3: Wild Hunt (PS4, Xbox One e PC)
Desnecessário falar sobre a importância do bruxão na atual geração, né? The Witcher 3: Wild Hunt não é apenas considerado um dos melhores títulos dos consoles em vigor (por muitos, O melhor) por ser uma adaptação decente de uma série de livros: ele é também um dos RPGs ocidentais mais completos da história. Acessível a quem nunca jogou os dois anteriores e aos veteranos.
2. Red Dead Redemption 2 (PS4 e Xbox One)
Escolha óbvia da lista, Red Dead Redemption 2, o suprassumo da Rockstar, é a culminação de anos de trabalho aplicados numa experiência técnica, realista e profunda. Um dos títulos mais cotados da atual geração e o maior épico do faroeste contado em formato de jogo.
3. Monster Hunter World (PS4, Xbox One e PC)
Monster Hunter World é exatamente como a Capcom prometeu: o primeiro jogo “convidativo” da franquia, acessível a novatos na fórmula Monster Hunter e a veteranos. O componente online funciona de maneira brilhante aqui. A qualidade rendeu à aventura uma indicação a jogo do ano em 2018.
4. Cuphead (Xbox One e PC)
Animação dos anos 30 num side-scrolling frenético, difícil e inspirado em clássicos como Contra, Metal Slug e Gunstar Heroes: Cuphead aliou essa fórmula com um foco especial em chefões e alcançou o merecido estrelato, com direito à taça de melhor indie de 2017.
5. The Legend of Zelda: Breath of the Wild (Switch e Wii U)
Quando Eiji Aonuma disse que Breath of the Wild levaria a franquia Zelda a um novo patamar, não era blefe. Há quem diga que esse seja o melhor Zelda desde Ocarina of Time – e que a jornada tenha até superado o título de N64. Breath of the Wild estabeleceu novos paradigmas de mundo aberto, com uma filosofia que será adotada nos próximos games da série.
6. Persona 5 (PS3 e PS4)
Persona 5 foi classificado como um JRPG tão bom, tão viciante e tão autoral em sua fórmula que, mesmo num gameplay não exatamente inovador, conseguiu encantar os jogadores com um ótimo ritmo embutido numa intrínseca narrativa, cheia de humor, sátiras e referências. Foi indicado a jogo do ano em 2017 e levou a taça como melhor RPG.
7. Hollow Knight (PS4, Xbox One, Switch e PC)
De que forma seria possível imaginar a receita “souls-like” num metroidvania cuja temática é de...insetos? Hollow Knight responde com eficiência e muito charme – e um ar sombrio que dá o tom do vício dessa aventura. A qualidade rendeu uma indicação a melhor jogo independente na TGA de 2017.
8. NieR: Automata (PS4, Xbox One e PC)
Grata surpresa da Square Enix e da Platinum Games, NieR: Automata, assinado pela mente pitoresca de Yoko Taro, trouxe uma mistureba bem recebidapelos jogadores e um fator de inovação: os finais diferentes constroem narrativas distintas e fazem o bolo todo ficar mais saboroso.
9. Forza Horizon 3 (Xbox One e PC)
Não é porque Forza Horizon 4 é o Horizon “definitivo” que o 3 deve ser esquecido. Jamais, aliás: o cenário australiano dá um tempero de Mad Max que nenhum outro Horizon deu. Além disso, o jogo foi o pontapé inicial da franquia 100% da atual geração, com direito a um patch apetitoso no Xbox One X.
10. Dark Souls 3 (PS4, Xbox One e PC)
O masoquismo da saga Souls deu uma beliscada em Bloodborne no Dark Souls 3, mas isso jamais ofuscou a fórmula que consolidou a From Software na indústria. Dark Souls é praticamente um gênero. O terceiro e último título da franquia fecha a trilogia de maneira brilhante – o Rei Sem Nome (ou Nameless King) nunca vai sair de sua memória, meu caro.
11. God of War (PS4)
Grande campeão de 2018, God of War merecidamente levou a taça de GotY, e méritos não faltam. Foi Cory Barlog, o diretor, quem trouxe, à mesa, a ideia de toda uma reformulação da franquia, que se distanciou do hack’n’slash tradicional para dar espaço a uma câmera mais “íntima” de Kratos, num gameplay sólido, modernizado e enriquecido por uma narrativa inesquecível ao lado de Atreus.
12. Celeste (PS4, Xbox One, Switch e PC)
Outro candidato a jogo do ano em 2018, Celeste dividiu o pódio de indicados com gigantes como Assassin’s Creed Odyssey, Monster Hunter World, Red Dead Redemption 2, Spider-Man e o campeão God of War. Além de ser um charme de metroidvania, Celeste consegue cativar o jogador nos detalhes, nas sacadas dos diálogos bem escritos e no ritmo da narrativa. É um sucesso do minimalismo – faz muito com pouco.
13. Forza Horizon 4 (Xbox One e PC)
A única coisa capaz de bater de frente com o festival australiano de Forza Horizon 3 seria o território britânico de Forza Horizon 4. Os jogadores traziam o seguinte questionamento: como ser melhor que isso? Com estações que se alteram dinamicamente, um visual estupefato e aquele gameplay delicioso que subiu o nível de exigência dos fãs de corrida. Arcade, simulador, tanto faz. Forza Horizon 4 vai te abraçar e sorrir de qualquer forma.
14. Hellblade: Senua’s Sacrifice (PS4, Xbox One e PC)
Com orçamento limitado, Hellblade mostrou um semblante de AAA numa proposta que fez muitas pessoas refletirem sobre os limites da mente humana. O pano de fundo nórdico/celta e o ótimo gameplay só servem de pretexto para que o jogo consiga entregar uma mensagem muito maior.
15. Bloodborne (PS4)
From Software em grande forma e com inspirações lovecraftianas: Bloodborne é um sonho. Não somente do caçador, mas também aos jogadores, em forma real e concreta. A ambientação gótico-vitoriana se mescla a um gameplay mais rápido que os Souls, a uns 80 km/h, em contraste aos 60 km/h habituais de Dark Souls. Enquanto a sonhada sequência não aparece, deguste esse terror com vinho e coração aquecido.
16. DOOM (PS4, Xbox One, Switch e PC)
Lançado em 2016, o reboot de um dos shooters mais icônicos da história dos games foi autêntico o suficiente para render uma sequência, DOOM Eternal, especulado para 2019. Em DOOM, nada de cura automática ou mecânicas moderninhas dos shooters atuais; você tem tudo que precisa com uma escopeta e o restante do arsenal para enfrentar uma horda de demônios loucos para empalar sua cabeça no portão do inferno.
17. What Remains of Edith Finch (PS4, Xbox One e PC)
What Remains of Edith Finch poderia ser só mais um “walking simulator”, mas vai muito além de caminhadas contemplativas: ele traz minigames cheios de boas sacadas e uma dose surpreendente de desafio aliados a uma história bem adulta. Uma daquelas obras que aparecem raramente. Aproveite.
18. Super Mario Odyssey (Switch)
Super Mario Odyssey abraçou os fãs do bigodudo do mesmo jeito que Mario 64 conseguiu: trata-se de uma aventura mais “terrestre” que, com muita simplicidade, entrega uma experiência recheada de conteúdo – você só tem, basicamente, três comandos: pular, agachar e lançar o chapéu. A genialidade está na combinação deles em fases que exploram vários temas.
19. Spider-Man (PS4)
Faltava um jogo para o Amigão da Vizinhança chamar de seu. DC, a outra extremidade da Marvel, conseguiu esse feito com a bem-sucedida saga Batman Arkham. Mas a Insomniac foi escalada pela Sony justamente por sua experiência no mercado – e fez um grande trabalho. Os que curtiam o Spider-Man de PS1 vão se sentir presenteados com a roupagem que a nova aventura do Aranha ganhou no PS4.
20. Undertale (PS4, PS Vita, Switch e PC)
Um indie com cara de Zeldinha e uma beliscada em The Binding of Isaac com diálogos inteligentíssimos? Undertale é a melhor pedida que você vai ver em anos – e nem precisa doar sua alma para isso.
21. Resident Evil 7 (PS4, Xbox One e PC)
Depois do fiasco de Resident Evil 6, que pegou rebarba num já cansado Resident Evil 5, a franquia de terror da Capcom viu um iminente desgaste. A reformulação que a Capcom enxergou nesse processo foi colocar a série na câmera em primeira pessoa, com um ar moderno, à la Alien: Isolation, no pique do esconde-esconde e uma atmosfera tenebrosa, permeada por novidades no gameplay. A franquia voltou aos eixos, mas sob um preço: divisão de opiniões. Como fã de terror, vá sem medo. Como fã raiz de Resident Evil, vá com a mente aberta.
Menções honrosas
Algumas das menções honrosas vão para a trilogia Tomb Raider – Rise of the Tomb Raider – Shadow of the Tomb Raider; Horizon Zero Dawn; Sunset Overdrive; Wolfenstein 2: The New Colossus; Middle-Earth: Shadow of Mordor e Shadow of War; Uncharted 4; Metal Gear Solid V: The Phantom Pain; Gears of War 4; Dying Light; Inside.
Indicações pessoais do Voxel
Adiante, separamos as opiniões de alguns membros do Voxel com uma recomendação mais “pessoal” de um título imperdível da atual geração. Confira!
Vinícius Munhoz, redator
Astro Bot: Rescue Mission é um jogo que pode passar despercebido. Afinal, ele é exclusivo para PSVR. Apesar de ser de difícil acesso e não ter uma apresentação tão boa em primeiro olhar, não julgue o livro pela capa: o game é tão bom quanto um Super Mario Odyssey e explora absolutamente todas as funcionalidades do PSVR e do próprio PS4. Astro Bot é uma genialidade em forma de plataforma e traz desafios extremamente divertidos, criativos e lindos de se ver.
Yago Ballarini, editor de vídeo
Começar a jogar a série Yakuza parece complexo demais pros mais incautos. Com 7 títulos da série principal, diversos spin-offs e jogos que passam por 3 gerações, um novato pode se sentir sobrecarregado de informações, lore e falta de conexão com os personagens, mas a Sega arrumou um jeito perfeito pra quem sempre teve curiosidade de andar pelas ruas de Kamurocho: um prequel. Com a ambientação nos extravagantes anos 80, o jogo traz duas storylines simultâneas que garantem um número de opções de combate, atividades paralelas e sidequests que a série não tinha tido até então.
A história é envolvente e sintetiza o tom de Yakuza, alternando um melodrama digno de novela das oito com cenas de ação exageradas e peculiaridades hilárias. Se você quer sentar a mão em capangas de terno roxo enquanto ouve citypop japonês e, ao enjoar, competir em minigames de karaokê e dança de salão, esse é o jogo pra você.
Bruno Micali, redator
NiOh tem um significado especial para mim: foi o jogo que me abriu as portas para a fórmula Souls. Como um adepto da era samuraica e órfão de Onimusha e Tenchu, me senti abraçado de maneira muito sincera. Foi uma doutrinação saudável à receita masoquista – não uma lavagem cerebral. Graças a NiOh, fui pro Bloodborne e pro Dark Souls 3 e amei. Para mim, NiOh será sempre um xodó.
Kika, apresentadora
Shadow Tactics: Blades of the Shogun tem um estilo muito próprio e sai do que encontramos no mainstream. O jogo da Mimimi Productions (eu juro que não estou zoando) se inspira em Desperados e traz uma excelente experiencia de estratégia na era do Japão feudal.
No jogo você precisa combinar o kit de habilidade dos diferentes personagens para sair das mais diversas situações – como fugir da prisão, envenenar um inimigo, escapar de uma emboscada e até mesmo ajudar a vencer a guerra. É um jogo muito desafiador, que exige paciência e tática por parte do jogador. Apesar do gameplay ser a grande estrela, ele também tem uma história bem encaixada e convincente. Se você gosta de jogos de estratégia, não pode deixar Shadow Tactics: Blades of The Shogun passar.
Confira as melhores ofertas de cada um
Ficou interessado em alguns títulos da lista? Confira nossa seleção com os melhores preços de cada um. Basta clicar na plataforma de escolha e ser feliz:
• Red Dead Redemption 2
XOne
PS4
• Monster Hunter World
XOne
PS4
PC
• God of War
PS4
• Forza Horizon 3
XOne
• Forza Horizon 4
XOne
• Spider-Man
PS4
• Super Mario Odyssey
Switch
• Bloodborne
PS4
• Persona 5
PS4
• The Legend of Zelda: Breath of the Wild
Switch
• Hellblade: Senua’s Sacrifice
XOne
PS4
PC
• What Remains of Edith Finch
XOne
PS4
PC
• Hollow Knight
Switch
XOne
PS4
PC
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O que mais você recomenda?
Essa é uma seleção que condensa alguns dos melhores títulos da atual geração. Sempre há mais! O que você recomenda que não foi listado aqui? Escreva logo abaixo, na seção destinada aos comentários, e participe!