EA e Activision são duas das maiores publishers de games do mundo — até aí, sem segredo para ninguém. Enquanto uma tem Battlefield, a outra tem Call of Duty, mas as coisas poderiam ser muito diferentes e, em um universo paralelo, a Electronic Arts quase foi dona de um verdadeiro monopólio dos jogos de guerra.
Em recente entrevista ao podcast Grit, Bobby Kotick, ex-CEO da Activision que deixou a empresa em 2023 logo após a Microsoft concluir a aquisição de US$ 69 bilhões, revelou que a Electronic Arts deixou passar a oportunidade de adquirir a publisher e ser detentora de franquias como Call of Duty e Guitar Hero.
Durante a conversa com Bing Gordon, ex-diretor criativo da EA, Kotick mencionou que a empresa tentou comprar a Activision e a Blizzard em diversas ocasiões, mas não obteve sucesso nas empreitadas.
“Eles tentaram nos comprar várias vezes, tivemos conversas de fusão várias vezes”, disse Kotick. Em seguida, Gordon completou: “Enquanto você estava fazendo a Blizzard, a EA desistiu, e você estava fazendo a King, a EA fez a PopCap — coisas simplesmente estúpidas”.

Além da revelação de a EA quase ter adquirido a Activision Blizzard, a conversa descontraída entre os dois executivos também abordou desafios enfrentados em outras fusões e aquisições — incluindo um caso específico envolvendo a Bizarre Creations, estúdio britânico adquirido por US$ 80 milhões pela Activision e descontinuado apenas dois anos depois.
Kotick chamou ex-chefe da EA de “o pior CEO dos videogames"
Quando questionado sobre a amizade com Gordon, Kotick disse que sempre teve medo de que o colega assumisse o lugar de John Riccitiello, que foi CEO da EA entre 2007 e 2013, porque sentia que o executivo estava fazendo um trabalho muito ruim — e gostava de ver a empresa rival com dificuldades.
“Nós nos conhecemos desde 1983”, disse Kotick sobre Gordon. “Ele é o melhor cara. Nosso medo — e não estou dizendo isso porque ele está sentado aqui — nosso medo sempre foi que ele comandasse a EA. Teríamos pago para Riccitiello ficar como CEO para sempre. Achávamos que ele era o pior CEO dos videogames”. Gordon então acrescentou: “Ele apressou minha partida”.

Riccitiello foi presidente e COO da EA entre 1997 e 2004, mas deixou a publisher para trabalhar em uma empresa de capital privado. Ele retornou em 2007 para atuar como CEO, antes de renunciar seis anos depois devido ao fraco desempenho financeiro da companhia.
Como seria se a EA fosse dona de Battlefield e Call of Duty? Já imaginou os sistemas monetários de ambos os títulos? Comente sua opinião nas redes sociais do Voxel!
Fontes
Categorias