Intel XeSS: conheça a tecnologia que compete com o DLSS

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Imagem: Intel/reprodução

Tecnologias para aumentar o desempenho dos PCs em games já são uma realidade para os jogadores desde que a NVIDIA lançou o Deep Learning Super Sampling. Depois, foi a vez da AMD dar seus primeiros passos com o FidelityFX Super Resolution. Agora, a Intel entra de cabeça na competição do mundo das placas de vídeo e traz sua própria tecnologia, o Intel XeSS.

Neste artigo, iremos destrinchar o funcionamento do XeSS, mostrando como o recurso se sai frente aos competidores de forma teórica e prático, com alguns benchmarks em games populares.

O que é o Intel XeSS?

Antes de mais nada, o Intel XeSS (Xe- Super Sampling) é uma tecnologia de redimensionamento de imagem, o famoso upscaling de resolução. De modo simples, essa tecnologia pega uma imagem em dada resolução, como o 4K, e baixa para uma resolução menor, como o Full HD. Após, isso, diversos filtros e, principalmente, uma Inteligência Artificial, somada a processos de aprendizado de máquina, reconstroem essa imagem de volta ao 4K, dando mais frames ao título.

a  Intel/reprodução 

Via de regra, como o nome já indica, o recurso é basicamente o mesmo que o DLSS 2.0 e o AMD FSR fazem: uma grande reconstrução de imagem via IA. Porém, o XeSS tem características próprias que diferem essa técnica da concorrência.

Como funciona?

De forma mais aprofundada, o XeSS pega uma imagem em resolução nativa, e, ao invés de mostrar essa imagem ao jogador, começa a baixar essa resolução até certo ponto. Nesse momento, uma IA treinada começa a reconstruir e aumentar os pixels a partir da coleta de informações de subpixels vizinhos, e pixels anteriores.

As informações extraídas dos pixels são relacionadas à profundidade, cor, movimento e iluminação do game; e após essa coleta, todos os dados são armazenados numa espécie de memória interna. O processo seguinte repete todas as etapas anteriores, criando um ciclo infinito de redução de resolução, coleta de dados, ativação da IA, armazenamento, e assim sucessivamente.

a  Intel/reprodução 

A similaridade com o NVIDIA DLSS não para por aqui, uma vez que o XeSS conta com estruturas similares aos Núcleos Tensores nas RTX. O Deep Learning Super Sampling é um recurso exclusivo das placas do lado verde justamente por conta dessas estruturas, que só são encontradas nas placas de linha RTX.

XeSS não é exclusivo para placas Intel

Com a Intel, temos as Xe Matrix Extension (XMX). Essas matrizes são estruturas parecidas aos Núcleos Tensores para ajudar no processo de upscaling. Todavia, O Intel XeSS pode funcionar em placas que não contém esses componentes, como modelos da AMD e da própria NVIDIA. Assim, o recurso não é exclusivo para as placas de vídeo Intel Arc Alchemist e pode beneficiar mais jogadores com hardwares diferentes.

Testes em games

Agora que já temos um aporte teórico mais aprofundado, é hora de ver como a tecnologia de upscaling da Intel se sai em teste práticos. No momento, o recurso é compatível com apenas alguns games, mas a ideia é que a lista seja expandida com o passar do tempo. Por enquanto, títulos como Hitman 3, Shadow of the Tomb Raider, Ghostwire: Tokyo, Gotham Knights e Death Stranding: Director's Cut são alguns dos projetos compatíveis.

O site Digital Trends teve acesso a uma unidade da GPU Intel Arc A750, e pode realizar benchmarks da tecnologia. Um Hitman 3, rodando em qualidade máxima e 4K, o game alcança 48 quadros quando em resolução nativa. Nas configurações Ultra Qualidade e Qualidade do XeSS, o salto é de 12 a 22%, enquanto o cenário mais atrativo parece ser o modo Balanceado.

a  Digital Trends/reprodução 

Em outro teste, Shadow of the Tomb Raider, rodando nas mesmas condições, consegue uma média de 40 frames, e mantém o número no modo Ultra Qualidade. Já as configurações, Qualidade e balanceado sobem cerca de 20% de desempenho.

https://tm.ibxk.com.br/2022/10/23/23212410406018.jpg  Digital Trends/reprodução 

Por fim, o site ainda realizou uma comparação entre o DLSS e o XeSS com uma RTX 3060. O resultado mostra uma clara vantagem para o recurso da NVIDIA, que, mesmo em modo Qualidade, tem ganhos de 36% versus os 24% do XeSS. Em definição Balanceada, o cenário ainda é favorável ao lado verde, somando 63% contra 36% da Intel.

Vale a pena?

Assim como a primeira versão do DLSS e do FSR, o Intel XeSS é uma tecnologia recente que precisa de muito amadurecimento. Mesmo com saltos de performance mais baixos, é bom ver que mais uma empresa está mirando nesse tipo de tecnologia, e acirrando a disputa contra AMD e NVIDIA.

Se a Intel continuar sua investida no mundo das GPUs pelos próximos anos, é possível que o Xe-Super Sampling seja uma boa alternativa, e, que sabe, escolha principal de muitos jogadores de PC para ganhar mais frames durante a jogatina.


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