Enquanto empresas como a Nintendo e a Microsoft liberaram a jogatina de Fortnite: Battle Royale com outras plataformas, a Sony continua a “erguer paredes” que isolam a comunidade do jogo no PlayStation 4. Segundo John Smedley, que trabalhou na Sony Online Entertainment (antiga Daybreak Game Company), o motivo para isso é simples: dinheiro.
if we keep the pressure up this problem goes away. https://t.co/jUjB2Qv2hj
— John Smedley (@j_smedley) 18 de junho de 2018
“Quando eu estava na Sony, o motivo dado para isso internamente é dinheiro. Eles não queriam que alguém comprasse algo no Xbox e que isso fosse usado no PlayStation. Simples desse jeito. É uma razão burra, mas aí está”, afirmou Smedley em sua conta no Twitter. No caso de Fortnite, a parte da monetização não está ligada ao jogo em si, mas às microtransações contidas nele.
Quando uma pessoa usa dinheiro real para comprar V-Bucks, por exemplo, uma fatia do dinheiro investido vai para a empresa que detém direitos sobre a plataforma — a Sony, no caso do PlayStation 4. Ao permitir o crossplay, teoricamente a empresa abre a possibilidade de que os jogadores continuem investindo em microtransações, mas que o dinheiro acumulado com elas vá para o bolso da Microsoft ou da Nintendo — a Epic só recebe 100% do valor na versão PC do jogo.
Políticas restritivas
Criticada sobre a situação de Fortnite: Battle Royale, a empresa japonesa fez declarações vagas em que afirma “estar aberta a críticas” e lembra que oferece o crossplay com Mac, PC, iOS e Android. No entanto, ela não esclareceu por que chegou ao ponto de “bloquear” de outras plataformas contas da Epic que foram associadas à PSN em algum momento — problema que dominou as manchetes quando o game chegou ao Switch.
Segundo o próprio Smedley, a única forma de a Sony rever suas políticas restritivas é se os consumidores continuarem pressionando para que ela libere o crossplay. No entanto, como lembra Ben Kuchera, do site Polygon, a empresa é quem tem “mais a perder” ao ativar o recurso, ao menos do ponto de vista financeiro mais imediato — no entanto, os acontecimentos recentes mostram que ela já está saindo como a perdedora do ponto de vista da percepção pública dos consumidores.
