Após países como a Bélgica decidiram banir as caixas de loot dos games que chegam a seus cidadãos, a indústria que se baseia nelas como forma de monetização pode sofrer um golpe ainda mais duro. A Federal Trade Commission (FTC) dos Estados Unidos anunciou esta semana que vai abrir uma investigação sobre essa mecânica e como ela pode estar expondo crianças a jogos de azar.
A senadora Maggie Hassan, de New Hampshire, encorajou o presidente da FTC, Joe Simons, a abrir a investigação, a qual ele se comprometeu publicamente durante uma audiência. “Dado a seriedade da situação, eu acredito que é a hora da FTC investigar esses mecanismos para garantir que as crianças estão sendo protegidas adequadamente, e para educar os pais sobre o vício potencial e outros impactos negativos desses games”, afirmou Hassan.
Mercado bilionário
Ainda não há uma data para a FTC iniciar suas investigações, mas a promessa já pode ser considerada uma vitória para Hassan. Anteriormente, a senador havia mandado uma carta para a ESRB (órgão que classifica games nos EUA) com questionamentos sobre as caixas de loot, o que resultou na criação de um novo selo que indica a presença de mecanismos do tipo em jogos.
Hassan afirma que a indústria das caixas de loot deve movimentar cerca de US$ 50 bilhões até 2020, e que é preciso lidar com elas o quanto antes, visto sua presença “endêmica” na indústria de games. Além da Bélgica, países como a Holanda também criaram restrições severas ao mecanismo, que muitos veem como formas de trazer sistemas de jogos de azar para o universo dos games.