A montadora Tesla recebeu a orientação para realizar um recall de 158 mil veículos da marca nos Estados Unidos. A requisição veio da National Highway Traffic Safety Administration, que nesta quarta-feira (13) informou a empresa oficialmente do resultado de investigações realizadas pelo órgão.
O motivo do recall é uma falha nas telas sensíveis ao toque que ficam nos paineis de infotenimento dos automóveis da Tesla — o chamado Media Control Unit. O erro é causado por um defeito na unidade de memória flash eMMC NAND de 8 GB presente no sistema, que possui um número limitado de processos de reescrita de memória. Quando o ciclo é finalizado, o display simplesmente deixa de funcionar em diversos veículos, o que pode levar alguns anos após a compra do modelo. O ano de 2022 é previsto como o pico de surgimento desse tipo de problema.
Segundo a autoridade governamental, o defeito na tela vai muito além de impedir que você acesse a internet no carro: informações importantes sobre tráfego e até recursos de segurança podem ficar inacessíveis ao motorista sem qualquer aviso prévio, o que poderia gerar até acidentes. Foram registradas mais de 530 reclamações antes que as investigações iniciassem, com a conclusão sendo a de que o recall é obrigatório, pois os chips de memória indicados de fato possuem uma validade.
E agora?
Os carros afetados são os Model S construídos entre 2012 e 2018, além dos Model X fabricados entre 2016 e 2018. Modelos mais recentes utilizam um chip mais moderno de 64 GB que, aparentemente, não reproduz o mesmo erro.
Por enquanto, a montadora não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Como a decisão partiu de uma entidade do governo dos Estados Unidos, o país deve ser o único a obrigar de fato a realização do recall ou da tomada de outras providências.
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