(Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia)
Uma denúncia feita por taxistas curitibanos expôs uma situação curiosa: na capital paranaense, o uso de aplicativos que facilitam a chamada de táxis é desaconselhado pelas companhias donas das licenças e pela Urbs, o órgão público responsável pelo transporte na cidade.
Segundo o jornal Gazeta do Povo, até o momento a Urbs já teria punido seis pessoas que atenderam clientes por aplicativos para tablets e smartphones, como o Taxijá. Os motoristas caem em uma armadilha: os fiscais chamam um carro como se fossem passageiros e pegam os taxistas no flagra. O carro perde então o selo de autenticação da Urbs, o qual é recolocado só sob a assinatura de um termo que proíbe a utilização das ferramentas digitais. Quem voltar a desobedecer recebe um "ato administrativo", que pode significar a anulação da licença.
Quase todo mundo perde
Os apps de táxi são bastante favoráveis aos motoristas: organizados, eles podem receber mais chamadas de passageiros que estão próximos e conquistar mais corridas, além de ficarem com todo o percentual do valor cobrado. Quem usa essas ferramentas também é só elogios, já que os carros costumam chegar mais rápido e resultam em melhor tratamento ao cliente.
Um dos apps especializados para táxis. (Fonte da imagem: Reprodução/99taxis)
Para as cooperativas, esse é um ponto negativo, porque tira a exclusividade do motorista: alguns preferem esperar só as notificações dos aplicativos. Já a Urbs usa a segurança como principal argumento, pois taxistas não licenciados poderiam usar o serviço como motoristas.
Vem negociação por aí
Em uma nota oficial no Facebook, a Prefeitura de Curitiba afirmou que a Urbs fará contato com as desenvolvedoras desse aplicativo — e garantiu que nenhum motorista foi multado. Na melhor das hipóteses, essa conversa pode resultar em regularização e otimização dessas ferramentas. Na pior, elas podem ser limitadas ou proibidas.
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