Há apenas alguns dias, a Ford mandou avisar que a Europa é o seu próximo “parque de diversões” quando o assunto é testar seus veículos autônomos. Como a montadora tem o objetivo de colocar no mercado seu serviço de compartilhamento de carros autodirigíveis até 2021, faz todo sentido que a empresa queira ampliar seus campos de atuação para acelerar o projeto e, ao mesmo tempo, preparar o terreno para atender um público ainda maior.
A ideia, segundo Thomas Lukaszewicz, gerente do setor de condução autônoma da filial europeia da Ford, é que essa expansão para testes na estrada seja feita em algum ponto de 2017. Para o executivo, essa chegada ao Velho Continente é essencial na adaptação desses futuros produtos às necessidades e regras de cada localidade. “As leis variam de país para país aqui, os sinais de trânsito e a construção das rodovias também são diferentes e os condutores são mais propensos a compartilhar as vias congestionadas com ciclistas”, explicou.
Esse está rodando na Califórnia, mas em 2017 seus irmãos vão estar em outro continente
Os automóveis devem passear pelo Reino Unido e pela Alemanha
Inicialmente, os automóveis capazes de circular por conta própria devem passear pelos centros da montadora no Reino Unido e na Alemanha, sendo que essa área poderá ser expandida futuramente. Com isso, eles devem se juntar a uma frota de dezenas de modelos no outro lado do Oceano Atlântico, na tarefa de refinar ao máximo a tecnologia para que os veículos alcancem o nível 4 na escala de equipamentos autônomos – indicando que os possantes podem lidar com boa parte das situações de trânsito dentro das determinadas condições.
Pensando no futuro
Hoje, a Ford trabalha com cerca de dez veículos da categoria, que rodam periodicamente nas estradas da Califórnia, do Arizona e do Michigan. A notícia dos projetos da montadora e a adição da Europa aos planos do serviço de carona autônoma parecem agradar aos moradores da região. Em um estudo encomendado pela empresa, os cidadãos se mostraram empolgados com a novidade.
Não é um Ford, mas a ideia de ficar só na maciota é a mesma
Muitos deles, por exemplo, já pensam no que vão fazer quando não precisarem mais ficar atentos ao trânsito e com as mãos no volante. Das 5 mil pessoas entrevistadas na pesquisa de múltipla escolha, 80% esperam conseguir relaxar e aproveitar a vista, 72% gostariam de utilizar o tempo extra para falar ao telefone e 64% querem mesmo é trocar a condução por uma bela refeição – ou pelo menos um lanchinho – dentro do automóvel.
As pessoas já pensam no que vão fazer quando não precisarem mais ficar com as mãos no volante
“As pessoas estão começando a pensar sobre o que exatamente os veículos autônomos podem significar no seu dia a dia. [...] Os carros autodirigíveis vão revolucionar o modo como vivemos, assim como a forma com que viajamos”, analisou Lukaszewicz. E você, o que gostaria de fazer com o tempo livre dentro do carro, hein?