Mesmo após fechar uma parceria com a Corellium, a Apple resolveu recorrer de uma decisão em processo judicial de reivindicação de direitos autorais que favoreceu a startup de segurança. A Big Tech acusa a empresa de comercializar uma versão virtual do iOS, utilizada em pesquisas para testar a segurança de iPhones e iPads, sem autorização.
No final do ano passado, as alegações da Apple foram rejeitadas por um juiz federal da Flórida, que considerou o software emulador “justo” porque era “transformador” e ajudava os desenvolvedores a encontrar falhas de segurança.
A decisão também rejeitou o argumento da Apple de que a Corellium teria agido de má-fé ao vender seu produto indiscriminadamente, incluindo para potenciais hackers, e ao não exigir que os usuários relatassem bugs à empresa de Cupertino.
Os especialistas em segurança estão entre os principais clientes da startup. As falhas descobertas têm sido relatadas à Apple por recompensas em dinheiro e usadas em outros lugares. Além disso, o software ajudou o FBI a invadir o telefone de um atirador em massa que matou várias pessoas em San Bernardino, Califórnia.
Acordo judicial
Emulador vendido pela Corellium permite encontrar falhas de segurança no iPhone. (Fonte: Corellium/Reprodução)Fonte: Corellium/Reprodução
A atitude da empresa gerou surpresa, pois a Apple tinha acabado de evitar um julgamento que seria realizado na última segunda-feira (16), após realizar um acordo com a Corellium para resolver outras reivindicações relacionadas ao Digital Milennium Copyright Act.
Especialistas também ficaram surpresos com a reativação da Apple por causa do trabalho próximo da empresa com a companhia. A fabricante de iPhones afirmou recentemente que os pesquisadores de falhas de segurança poderão certificar a segurança de seu polêmico plano de escanear fotos do iCloud, e uma das empresas que fará isso é a Corellium.