Se você já considerou comprar um fone de ouvido intra-auricular, provavelmente, é porque quer isolar o som ao seu redor de alguma forma sem ter que carregar no bolso ou na mochila um headphone propriamente dito, aqueles que vão em volta de toda a orelha.
Os fones intra-auriculares são compactos e conseguem de fato isolar o barulho exterior, mas o som deles raramente é agradável para escutar alguma coisa por longos períodos de tempo. A ELG enviou ao TecMundo um par de fones desse tipo, os Stream PRC12, e nós ficamos curiosos para saber se eles eram mais do mesmo ou tinham algo de especial.
No que tange às especificações, os fones são mesmo interessantes. Eles se comparam muito bem a ofertas de grandes marcas, como a Philips e a JBL, já consolidadas nesse segmento no mercado brasileiro.
Em questão de design, os PRC12 da ELG também estão bem. O acabamento é bom, especialmente no que diz respeito aos detalhes em metal, e o cabo de TPE emborrachado parece bastante durável. Só me incomoda o fato de ele ser fino e enrolar com facilidade no bolso ou na mochila.
Gostei bastante da qualidade de construção e do design desse acessório
Na caixa, os fones da ELG chegam com três pares de borrachinhas para se encaixar perfeitamente ao seu ouvido, e todas elas proporcionaram um bom isolamento de ruído externo para mim. No geral, eu gostei bastante da qualidade de construção e do design desse acessório.
Só que, quando fui escutar música, percebi que o perfil de som estava estranho. Ele força bastante os graves, e os sons mais agudos acabam ficando pouco definidos, quase como se estivessem com estática.
Isso faz com que o fone consiga reproduzir músicas com muita batida, de forma bastante empolgante e bem distinta. Mas é só isso! Todo tipo de som agudo e até os intermediários acabam um pouco distorcidos. Em gêneros como rock, que abusam de guitarra e pratos da bateria, parece que você está ouvindo uma música de baixíssima taxa de bit por segundo. É um chiado metálico bastante irritante o tempo todo.
Essa característica fica mais pronunciada quando você conecta o PRC12 a um smartphone. Quando ligado a um computador, esse problema se torna bem menos perceptível. Só que a ELG anuncia esse par de fones como um bom companheiro para quem ouve música mobile, então eles deveriam ser mais adequados a esse tipo de dispositivo, não é?
Como é o caso com quase todo tipo de fone de ouvido, você até consegue compensar um pouco desse perfil de som do PRC12 com um equalizador, mas quem é que sabe mexer com esse tipo de coisa a ponto de consertar os problemas de todo fone que usa? É algo inviável.
Falando em mobilidade, o acessório inclusive tem um botão de ação multifuncional. Ele serve para trocar de música em apps como Spotify e qualquer outro player, além de permitir pausar e retomar a reprodução. É possível também atender e desligar chamadas telefônicas.
Preço vs. especificações
Em questão de especificações e preço, o PRC12 fica muito próximo dos SHE8105BL/00 e SHE5300 Rebu da Philips, todos na faixa dos R$ 100. Esse segundo inclusive possui essa característica de sons graves mais pronunciados também. Só que, na minha opinião, se você vai gastar R$ 100 em qualquer um desses três modelos intra-auriculares, você deveria juntar mais R$ 50 e comprar os fones Samsung AKG originais que a coreana entrega dentro da caixa dos Galaxy S8 e S9.
Esses fones da AKG possuem um perfil de som muito bem equilibrado para um aparelho intra-auricular, e a qualidade de construção deles é muito superior. Claro que, com o PRC12 da ELG, você ganha 1 ano de garantia, mas eu acredito que o modelo da Samsung é muito melhor em questão de som e vai durar ainda mais.
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