Depois de afirmar que tinha aversão pelos veículos elétricos, o CEO da Fiat-Chrysler, Sergio Marchionne, disse que reviu sua posição depois dos crescentes problemas com motores a diesel.
O executivo justificou que seu desgosto com a eletrificação dos carros era, basicamente, em função dos altos custos envolvidos, principalmente quando comparados outras alternativas de propulsores, como os a diesel. No entanto, com os casos de trapaça com emissões surgindo cada vez mais frequentemente, Marchionne admitiu que motores elétricos não são tão ruins assim.
“O que os torna mandatórios agora é o destino dos motores a diesel”, explicou o CEO. O resultado, naturalmente, será uma guinada no portfólio da empresa para modelos que, de alguma forma, incorporam a eletricidade – seja de forma integral, com motores 100% elétricos, ou parcial, com os híbridos. O movimento já começou com a Maserati, uma das marcas do grupo.
Marchionne, no entanto, não definiu quando essa mudança vai acontecer, já que, apesar de ter mudado seu pensamento, ainda não deixou de achar que os custos de desenvolvimento e que envolvem componentes importantes, como a bateria, ainda são um ponto de preocupação.
“Se o custo das baterias não baixar, teremos um aumento enorme nos preços em 2022 e isso vai causar uma redução na demanda”, alertou. De qualquer forma, caso isso realmente aconteça, não será uma preocupação para o próprio Marchionne: o executivo irá sair de sua posição ao fim de 2018.
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