Filme japonês escondido no streaming andou para que Round 6 pudesse correr
Um grupo de pessoas aparentemente normais é enviada a um lugar remoto e hostil, com a perspectiva de que somente uma delas vai sair viva. Com o passar do tempo, alianças feitas em um primeiro momento são rompidas e o desespero crescente da situação faz com que muitos revelem sua verdadeira identidade — descrição que se encaixaria bem em Round 6, da Netflix.
No entanto, ela também funciona muito bem em Battle Royale, filme lançado em dezembro de 2000, que é inspirado no livro de mesmo nome que estreou no ano anterior. Bastante controversa por sua temática e violência brutal, a obra dirigida por Kinji Fukasaku continua sendo bastante relevante e influente mais de 20 anos depois.
Battle Royale criou as raízes usadas em Round 6
Último filme da carreira de Fukasaku, que morreu de câncer durante a gravação da sequência, Battle Royale tem como cenário um mundo distópico no qual um governo autoritário tomou conta do Japão. Como uma forma de combater o aumento da delinquência juvenil, as autoridades decidiram tomar uma medida bastante drástica.
A cada ano, uma classe de adolescente é escolhida para ser levada a uma ilha remota no qual seus membros vão participar de uma batalha mortal. Durante um período de três dias, cada um dos 42 participantes tem que não somente encontrar os meios de sobreviver a um ambiente hostil, mas também aos ataques de seus colegas de classe.
Cada um deles recebe uma arma aleatória e a instrução de que somente uma pessoa pode sair viva do Battle Royale. Enquanto alguns estudantes se recusam a jogar, outros desfrutam da liberdade que obtiveram para iniciar uma matança bastante sangrenta, elemento que ajudou a tornar o filme bastante controverso.
Além de ter recebido uma classificação indicativa alta para o mercado japonês, o longa-metragem chegou a ser banido de diversos países antes mesmo de ser exibido neles. A própria Toei se recusou a vender a obra para qualquer distribuidora norte-americana até o ano de 2010, temendo que ele pudesse ser responsável pelo início de algum processo jurídico.
Isso não impediu a obra de se tornar extremamente influente, servindo como a base para ideias que foram desenvolvidas em franquias como a popular Jogos Vorazes. Seu nome inclusive virou a referência máxima para todo um gênero de videogames, representado por títulos de sucesso como PUBG e o fenômeno Fortnite.
No entanto, a grande maioria dos “sucessores” de Battle Royale não capturaram a essência da obra, que é um retrato sombrio de muitas realidades com as quais o Japão nunca soube lidar direito. Quem mais se aproximou disso foi justamente Round 6, ao mostrar uma série de jogos sanguinolentos que transformam o sofrimento humano em diversão para as elites.
Onde assistir Battle Royale no Brasil?
Apesar de ser extremamente influente e ser considerado um dos filmes favoritos do diretor Quentin Tarantino, Battle Royale está um tanto “escondido” no streaming no Brasil. Atualmente, a única forma de acessá-lo nacionalmente é através do Mubi, plataforma especializada em obras mais cult e alternativas.
O serviço oferece 7 dias de uso gratuito e, depois desse período, funciona através do pagamento de mensalidades que custam R$ 34,90. Já a sequência, que se passa três anos após a história inicial, não está disponível oficialmente no país, seja através de plataformas digitais ou em formato de mídias físicas nacionais.
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Em compensação, o livro original de Battle Royale foi publicado por aqui pela Editora Globo, enquanto o mangá conta com distribuição da Pipoca & Nanquim. A editora inclusive preparou uma versão Omnibus bastante caprichada dos quadrinhos, que atualmente conta com três volumes repletos de extras.
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