Meta proíbe discussões sobre aborto entre os funcionários

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Em meio às discussões sobre a lei antiaborto nos Estados Unidos, a Meta teria proibido seus funcionários de debater o tema no Workplace, uma rede social utilizada exclusivamente pelos colaboradores da companhia. A informação foi divulgada pelo The Verge na sexta-feira (20).

Segundo a publicação, a ordem foi dada por uma executiva da dona do Facebook na quinta-feira (19). Durante uma reunião geral com os funcionários, a vice-presidente de Recursos Humanos da Meta, Janelle Gale, declarou que esse tipo de discussão pode levar a um “ambiente de trabalho hostil.

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“Mesmo que as pessoas sejam respeitadoras e tentem respeitar outras perspectivas sobre o aborto, as pessoas ainda podem sentir-se alvos de acordo com o gênero ou religião”, justificou Gale no encontro. O site apontou que a proibição estaria relacionada a algumas normas internas da big tech.

A possibilidade de proibição do aborto nos Estados Unidos tem gerado diversos protestos.A possibilidade de proibição do aborto nos Estados Unidos tem gerado diversos protestos.Fonte:  Unsplash 

Em 2019, a Meta acrescentou uma seção à sua “Política de Comunicação Respeitosa” que pode ser associada à ordem dada pela executiva. O documento menciona que os colaboradores são proibidos de discutir “opiniões ou debates sobre o aborto estar certo ou errado, disponibilidade ou direitos do aborto e visões políticas, religiosas e humanitárias sobre o assunto”.

Funcionários reclamam da proibição

A proibição da Meta em relação às discussões sobre o aborto não foi bem recebida pelos funcionários. Uma colaboradora que trabalha há 10 anos na companhia usou a rede social interna para expressar seu descontentamento e questionar a regra que, segundo ela, desaprova discussões sobre alguns temas e libera debates sobre outros.

“A mesma política explicitamente nos permite discutir questões e movimentos igualmente sensíveis, incluindo imigração, direitos trans, mudança climática, Black Lives Matter, direitos de armas/controle de armas e vacinação”, escreveu a mulher. Na sequência, ela disse que o argumento da empresa parece “frágil e pouco convincente”.

A dona do Instagram e do WhatsApp não se pronunciou sobre o assunto.

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