Um processo de clientes contra a GAS Consultoria, empresa de Glaidson Acácio dos Santos, o “faraó dos bitcoins”, pede um bloqueio de R$ 132 mil das contas da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd).
A ação foi movida por um militar e uma professora aposentada, residentes em Cabo Frio, que aplicaram R$ 69 mil na GAS. Os advogados também pedem indenizações por dano moral e honorários advocatícios.
Os investidores argumentam que, ao receber mais de R$ 72 milhões de doações do suposto esquema fraudulento, a instituição religiosa “foi beneficiária dos recursos provenientes de possíveis ilícitos”, por isso deve ser transformada em ré no processo.
Relação da Iurd om o “faraó dos bitcoins”
Glaidson já foi pastor da Igreja Universal. (Fonte: TV Globo/Reprodução)Fonte: TV Globo/Reprodução
Para comprovar a relação da igreja com a GAS, a petição anexa uma série de reportagens que tratam das doações feitas pelo “faraó” e também uma nota da entidade religiosa na qual há a afirmação de que "foi aberto um processo judicial cível solicitando que Glaidson confirme à Igreja que os dízimos e as doações que ofereceu como frequentador têm origem lícita".
O advogado Luciano Regis da Costa, que assina a peça jurídica, esclarece que a medida é uma forma de proteção à própria Universal, “uma vez que, no mínimo, ela não teve a cautela necessária ao receber volumes tão significativos a título de doação".
A Iurd emitiu nota afirmando que não foi notificada da ação. A entidade argumenta, ainda, que "não há legitimidade jurídica no pedido de arresto enquanto não for esclarecida a origem do dinheiro doado".
Segundo a Iurd, a igreja “ingressou com um processo para que o próprio doador confirme à Justiça se os valores doados à Igreja têm origem lícita”. A entidade ainda argumenta que os investidores “não têm legitimidade jurídica para fazer esse pedido enquanto não for esclarecida a origem do dinheiro doado”.
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