Por alta no preço e pandemia, mercado de PCs cai 12,6% no Brasil

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Após registrar um surpreendente crescimento de 16% nos primeiros meses de 2020, o setor de computadores no Brasil voltou a registrar quedas. A informação é do estudo IDC Brasil PCs Tracker, que analisou a venda desses aparelhos no país no segundo semestre deste ano.

Segundo o relatório, a comercialização de PCs no Brasil caiu 12,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Os motivos são vários, mas todos acabam girando em mudanças de rotina provocadas pela pandemia do novo coronavírus.

Para começar, quem precisava de equipamentos melhores para aulas e trabalho online já adquiriu um computador há algum tempo e não vai repetir a ação tão cedo.

O preço subiu

Outro fator que contribui bastante para a redução é o aumento de preços — tanto pela flutuação do dólar quanto mudanças nas cobranças de taxas como IPI e ICMS.

Como comparação, entre abril, maio e junho do ano passado, um desktop custava em média R$ 2.150, enquanto um notebook saia por R$2.670. Um ano depois, os preços médios foram para R$3.607,08 e R$4.342,45, respectivamente — altas de mais de 62% em ambos os setores. Esse caso é específico do mercado brasileiro, já que o setor global cresceu no mesmo período.

Ao todo, 1,265 milhão de máquinas foram vendidas entre abril e junho de 2020 — e 205 mil a menos do que entre janeiro e março. O mercado corporativo registrou a maior queda, já que muitas empresas estão com as finanças delicadas e também decidiram não investir no setor.

Boas notícias

Entretanto, o estudo não trouxe só más notícias para o cenário nacional. Por já estarem abertas com a flexibilização das medidas de segurança, lojas físicas voltaram a ser um ponto de interesse para aquisição desses aparelhos. O brasileiro também buscou máquinas de alto desempenho — modelos dedicados para gamers, editores de arte, fotógrafos ou arquitetos, por exemplo.

Para os próximos meses, a previsão da IDC Brasil para o mercado de computadores é de crescimento, porém com valores reduzidos: alta de 1,2% no terceiro trimestre e 3,5% no quarto e último trimestre de 2020.

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Fontes

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