A empresa química alemã Bayer anunciou nesta quarta-feira (14) que vai comprar a norte-america Monsanto pelo incrível valor de US$ 57 bilhões (mais de R$ 190 bilhões). A negociação, que marca a maior aquisição já feita por uma empresa da Alemanha em toda a história, vai criar um conglomerado responsável por mais de 25% do mercado mundial de sementes e pesticidas.
Enquanto a Monsanto é conhecida (e criticada) por suas sementes geneticamente modificadas e por ser a maior vendedora mundial de sementes, a Bayer geralmente é associada a aspirinas. No entanto, a companhia também tem uma presença bastante forte no segmento de pesticidas e desempenha atividades nas áreas de biotecnologias, plásticos e saúde.
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o investimento total chega US$ 66 bilhões (R$ 220 bilhões)
As negociações que resultaram na compra foram iniciadas em maio deste ano, sendo que a oferta final acabou sendo US$ 4 bilhões superior ao valor original. A notícia marcou uma valorização da Bayer, cujas ações individuais chegam a US$ 128 (anteriormente eram US$ 122). Vale notar que os US$ 57 bilhões são relacionados somente ao dinheiro investido pela empresa — levando em consideração outros encargos, o investimento total chega US$ 66 bilhões (R$ 220 bilhões).
Enquanto a notícia é boa para a companhia, ela não é exatamente um bom sinal para fazendeiros. Segundo John Colley, da Warwick Business School, a aquisição pode resultar em um aumento de preços capaz de criar uma “história de terror” e ter diversas implicações políticas, principalmente entre os países membros da União Europeia.
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