Muitas empresas ao redor do mundo vêm anunciando cortes significativos de pessoal para otimizar custos, mas não é preciso ir muito longe para ver como a crise vem afetando forte todos os segmentos.
Segundo as informações divulgadas nesta sexta-feira (6), no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho, o setor de eletroeletrônica do Brasil ainda mostra sinais preocupantes nas reduções de postos de trabalhos.
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De acordo com os dados publicados, no mês de março de 2016, a área registrou o 23º mês consecutivo de demissões. Só nesses três primeiros meses, a indústria eletroeletrônica fechou com 5,4 mil cortes. Desse total, 2,8 mil vagas foram fechadas no mês de março, 1,8 mil em fevereiro e 748 em janeiro.
Precisamos superar esta fase interminável de turbulência que paralisou o governo e o país
Além de ser um número por si só elevado, as estatísticas do primeiro semestre comprovam que houve um aumento nas demissões se comparado com o mesmo período do ano passado, quando foi registrado o fechamento de 1,03 mil cargos. Humberto Barbato, presidente da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) diz que não há como ter uma previsão do que vai acontecer.
"Vai depender muito da confiança que se instale nos diferentes agentes econômicos com as mudanças que vierem a acontecer e em função do retorno da capacidade de agir do governo. Precisamos superar esta fase interminável de turbulência que paralisou o governo e o país", relatou Barbato.
Levando em conta o período de março de 2015 até março de 2016, o setor contabilizou 50 mil cortes. Atualmente, a indústria eletroeletrônica do Brasil conta com 242,6 mil empregados, número que fica bem perto do que era registrado lá em 2006.
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