Cratera Gale em Marte (Fonte da imagem: Reprodução/NASA)
Um grupo de cientistas da Universidade de Edimburgo, na Escócia, apresentou um novo estudo no qual sugerem que as crateras produzidas pelo impacto de asteroides podem ser os melhores locais para procurar vida em outros planetas. De acordo com a notícia publicada pela universidade, o grupo de pesquisadores encontrou microrganismos em uma cratera em Chesapeake, na Califórnia, formada pelo choque de um asteroide há 35 milhões de anos.
O estudo sugere que tais crateras, muito semelhantes às encontradas em Marte, oferecem as condições necessárias para o desenvolvimento de pequenas formas de vida, servindo de refúgio contra mudanças climáticas e eventos como eras glaciais ou aquecimento global.
Fraturas na rocha
A cratera de Chesapeake é uma das maiores do mundo. Depois de perfurar 2 km em seu interior, os pesquisadores encontraram micróbios distribuídos através de toda a rocha, sugerindo que esse ambiente continua se estabilizando, mesmo depois de 35 milhões de anos do impacto.
Embora o calor provocado pelo impacto provavelmente tenha matado todas as formas de vida que se encontravam na superfície, fraturas nas rochas provocadas pelo choque podem ter servido de canais para a infiltração de água e nutrientes, mantendo esses outros organismos vivos por todo esse tempo. Além disso, de acordo com o estudo, algumas dessas formas de vida podem absorver o ferro presente nas rochas para sobreviver.
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