(Fonte da imagem: Reprodução/PBS)
Embora boa parte do mundo esteja abandonando cada vez mais os discos óticos em troca do armazenamento de cópias digitais na hora de assistir a filmes, um grupo de cientistas da Espanha encontrou uma utilidade extra para os aparelhos de Blu-ray. Por meio de um procedimento simples, os químicos conseguiram transformar o player em um dispositivo médico capaz de detectar patógenos presentes em soluções aquosas.
Os cientistas trocaram a placa de dados do aparelho por uma que é feita sob medida para ler a refletividade da mídia em vez dos espaços microscópicos nos quais ele armazenaria os dados dos filmes. Eles então modificaram discos comuns de Blu-ray, prendendo pedaços de proteína a ele, e o cobriram com uma solução contendo os pequenos seres causadores de doenças.
Quando a solução foi lavada, os patógenos ficaram presos nas proteínas e o laser do aparelho foi capaz de detectá-los. Embora esse método de teste não seja tão preciso quanto o realizado com equipamento médico de verdade, ele já se provou funcional em teste com salmonela e com um tipo de parasita encontrado na água.
(Fonte da imagem: Reprodução/Optics)
Bom para todo mundo
Ainda que cientistas já tenham usado players de CD para métodos similares anteriormente, a tecnologia de Blu-ray possui algumas peculiaridades interessantes para esse tipo de trabalho. Por serem extremamente hidrofóbicos (ou seja, fazerem a água se agrupar mais em sua superfície), os discos de Blu-ray conseguem prender mais amostras.
Além disso, os lasers usados nos aparelhos são capazes de se concentrarem em áreas muito menores do que as das tecnologias anteriores. Juntando-se a esses benefícios, esse tipo de dispositivo é bem mais barato do que equipamentos médicos avançados — logo, a nova técnica se torna uma boa alternativa para que várias comunidades mais pobres do mundo todo tenham mais opções em seus sistemas de saúde.
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