Até a alma: Lamborghini quer produzir bielas em fibra de carbono

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Ah, os italianos e suas maluquices. Mais especificamente, os italianos da Lamborghini e sua paixão desenfreada pela fibra de carbono. Não bastasse o uso quase abusivo do material em alguns de seus carros, agora eles também querem colocá-lo dentro do motor – mais especificamente nas bielas de seus potentes propulsores.

É claro que o uso da fibra de carbono não é exclusivo dos modelos de Bolonha e está presente em 99,9% de todo e qualquer esportivo, superesportivo, hiperesportivo e até os "nem-tão-esportivos" que foram lançados nas últimas duas décadas. Mas uma marca que faz um carro chamado Sesto Elemento está um passo à frente. Caso você não tenha se ligado, o nome é uma referência ao sexto elemento da tabela periódica, o qual, para a surpresa de ninguém, é o carbono.

Sesto Elemento: bancos, painel, volante e até a alma em fibra de carbono

A fibra de carbono é bastante utilizada por ser extremamente leve e igualmente resistente – além de ter um acabamento belíssimo. Por isso, ela é frequentemente empregada em partes estruturais e carroceria para unir leveza, rigidez e "prazer visual".

De qualquer forma, Maurizio Reggiani, chefe da divisão de Pesquisa e Desenvolvimento da Lamborghini, quer colocar a fibra de carbono em um lugar que ninguém vai ver: dentro dos motores. Mais especificamente, a marca pretende ter bielas feitas com o material até 2020 ou 2021 para o próximo motor que virá no modelo sucessor da atual Aventador.

A biela é a peça que une o pistão ao virabrequim do motor e, via de regra, precisa ser especialmente resistente, pois trabalha em uma velocidade altíssima e em temperaturas elevadas também. O benefício da fibra de carbono tem justamente a ver com o fato de trazer rigidez enquanto mantém o componente leve, o que permite que o motor trabalhe de forma mais rápida.

Isso são bielas

O desenvolvimento da peça está acontecendo no "Laboratório de Estruturas em Compósitos Avançados" da Lamborghini, em Seattle, nos Estados Unidos, e deve ser acontecer por meio de um processo não convencional de produção, usando calor e pressão para transformar resina e fibra de carbono em uma coisa só.

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