Google Drive é um dos sites mais usados no mundo para espalhar pirataria

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Se você é mais antigo na internet, deve se lembrar bem da época em que recorríamos a serviços como Rapidshare e MegaUpload para baixar séries, filmes e álbuns inteiros. Em um dado momento, esses sites começaram a ser perseguidos pela Justiça graças ao lobby de grandes gravadores e estúdios de cinema e TV, o que resultou em suas remoções da web.

Isso alavancou de vez os serviços de torrent, como MiniNova e The Pirate Bay. O primeiro já foi para o limbo, assim como a maioria de seus pares, enquanto o segundo resiste como pode às investidas da Lei no combate à pirataria. Com a perseguição implacável, novamente os servidores online “tradicionais” vêm sendo uma alternativa para quem compartilha e baixa conteúdos de forma ilegal.

Isso é o que mostra a maioria dos pedidos de remoção baseados na DMCA, a lei antipirataria dos Estados Unidos. De acordo com o Gadget360, o Google Driveestá entre os mais utilizados por quem disponibiliza filmes e episódios de séries para download de maneira não autorizada — foram aproximadamente 5 mil pedidos de remoção feitos por estúdios de Hollywood e outros detentores de direitos autorais.

Distribuição de conteúdo pirata via Google Drive é bastante organizada.

Estratégias

A estratégia utilizada pelos piratas varia. Ela vai desde enviar filmes e episódios inteiros para o Drive a fim de que outras pessoas possam fazer o download até arquivos vazios com vídeos embutidos do YouTube com transmissões ao vivo de filmes e seriados (isso é feito para não chamar a atenção dos algoritmos da Google que identificam o armazenamento de conteúdo protegido por direitos autorais).

Aqui, há ainda outro detalhe usado para burlar as defesas do YouTube: para dificultar que um vídeo pirata seja encontrada, muitas vezes ele é postado de forma não listada. Com isso, basta embutir o player em outro serviço, como o próprio Drive, e divulgar o link para que outras pessoas possam ver. Caso o material seja removido, é só repetir a ação.

A distribuição desses links se dá das maneiras mais variadas. A coisa vai do mais tradicional, como fóruns e grupos do Facebook, para o mais inusitado, como o serviço My Maps, da Google. A plataforma deixa você criar uma rota personalizada no mapa para compartilhar com outras pessoas e você ainda pode adicionar título e descrição. Assim, esses espaços também são usados para divulgar links para conteúdos ilegais.

My Maps é uma forma bem inusitada de compartilhar links para conteúdos piratas.

Por que o Google Drive?

Além de ser fácil de criar uma conta no serviço de armazenamento da Google, o espaço oferecido gratuitamente por ele é outro fator que influencia bastante nessa questão. São 15 GB em uma plataforma conhecida da maioria das pessoas que utilizam a internet, o que também a torna mais acessível a todo mundo que busca por conteúdos de mídia distribuídos ilegalmente.

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