Depois de ser bem recebido no Festival Internacional de Cinema de Veneza, Coringa começa a receber seus primeiros comentários negativos. Alguns dos críticos estão questionando o impacto que a forma como a violência é trabalhada no filme pode afetar o público.
O que eles têm apontado é que o filme pode passar uma mensagem muito delicada para o atual momentos vivido nos Estados Unidos. A história apresenta um protagonista solitário, triste, com vários problemas pessoais, e que parece se libertar através da glorificação da violência. Esta poderia ser identificada como a mesma motivação para os frequentes massacres e tiroteios que vem ocorrendo nos Estados Unidos nos últimos meses.
Esta não é a primeira vez o que o vilão do Batman aparece envolvido em uma polêmica. Em 2012, quando o filme O Cavaleiro das Trevas Ressurge foi lançado, um homem entrou em uma sala de cinema na cidade de Aurora, no Colorado, e começou a atirar na platéia. Ele matou 12 pessoas e deixou outras 70 feridas. Mais tarde, quando a polícia conseguiu prendê-lo, o atirador afirmou que ele era o Coringa.
Debate antigo
A discussão sobre a influência de filmes ou jogos violentos na sociedade é bastante antigo. O professor de psicologia da Universidade Stetson, nos Estados Unidos, Christopher Ferguson, fez um estudo para verificar se havia alguma correlação entre a violência no entretenimento com a taxa de homicídios nos Estados Unidos. Em dois estudos paralelos ele listou os jogos e os filmes mais populares em determinados períodos, classificou-os de acordo com o teor da violência e tabelou os resultados com os índices de criminalidade.
O resultado mostrou que não há uma correlação direta entre a violência no cinema ou nos videogames, com a violência na sociedade. Ferguson chegou a observar que em alguns casos houve até mesmo uma situação inversamente proporcional.
Independente das críticas, Coringa chega aos cinemas no dia 3 de outubro.
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