Astronauta fala sobre as complicações de usar o banheiro no espaço

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Ir ao banheiro para urinar ou fazer cocô é algo simples e corriqueiro na vida de quase todo mundo (“quase” porque, afinal de contas, muita gente ainda vive sem saneamento básico em pleno século 21). Entretanto, quando se é um astronauta e se tem o privilégio de passar um tempo flutuando sobre o planeta Terra na Estação Espacial Internacional (EEI), isso se torna quase um martírio.

Como você já deve saber, a força gravitacional lá é diferente daquela experimentada em nosso planeta, portanto, as coisas tendem a flutuar em vez de simplesmente serem atraídas “para baixo”. Diante dessa breve contextualização, é possível supor porque se torna mais complicado usar o banheiro nesse ambiente. Em entrevista ao Business Insider, a astronauta na NASA Peggy Whitson falou sobre o tema.

“Urinar é relativamente fácil”, comentou Whitson . “O número dois é mais desafiador porque você deve acercar um alvo bem menor”, complementou a profissional da NASA. Depois que a merda é expelida do corpo, ela é sugada pela peça que apenas lembra uma privada convencional.

Banheiro espacialO banheiro espacial não é tão convidativo.

Esse equipamento também sela o “material” a vácuo e tudo repousa por ali até ser removido (leia abaixo sobre o tratamento dado ao conteúdo pela EEI). O problema é que a fraca força gravitacional pode causar situações bem complicadas, como um monte de cocô flutuando livremente pela sala em caso de acidente ou manuseio equivocado.

“Depois que começa a ficar cheio, você precisa colocar uma luva de borracha e embalar tudo”, comenta Whitson. E é nesse momento que as coisas podem sair do controle e o ambiente ser dominado por indesejáveis pequenos bolos fecais que precisarão ser resgatados e embalados.

Lidando com dejetos

Quando tudo é coletado e embalado, o lixo produzido no espaço é enviado de volta à Terra em uma missão suicida: tudo é pensado para que ele seja incinerado quando reentrar na atmosfera terrestre. Já cerca de 85% da urina produzida na Estação Espacial Internacional é reciclada para se tornar água potável — pois é.

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