Hackeando organismos vivos: palestra debate Biologia Sintética

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(Fonte da imagem: Divulgação/Campus Party)

Hackear computadores, sites, sistemas e até mesmo bancos de dados é algo, digamos, “fácil”. Não é incomum achar quem possua habilidades de informática o suficiente para conseguir manipular dados virtuais de acordo com sua vontade e objetivo. Mas se você busca desafios de nível um pouco mais alto, que tal experimentar manipular células e até mesmo alguns seres viventes?

Foi exatamente este o tema da palestra "Biologia Sintética – Hackeando organismos vivos", que teve a participação de Carlos Hotta (cientista e professor da Universidade de São Paulo) e Mateus Schreiner Garcez Lopes (biólogo e PhD em Biotecnologia). A apresentação foi em um dos sete palcos do Campus Party 2013, evento que ocorre até dia 03/02 em São Paulo Capital.

Palco Galileu abriga palestras sobre biotecnologia e robótica (Fonte da imagem: Divulgação/Campus Party)

O que é Biologia Sintética e como ela pode ajudar você

Biologia Sintética é a ciência que basicamente tenta estudar formas de manipulação e alteração genética em células e organismos vivos, a fim de controlar seu comportamento e sintetizar diferentes tipos de substâncias.

Na palestra, Carlos e Mateus comentaram sobre como essas manipulações podem ajudar a humanidade a enfrentar obstáculos naturais e que se tornarão graves problemas nos próximos anos, como falta de água, poluição e até mesmo possíveis epidemias de novas doenças.

Exemplificando, os palestrantes comentaram sobre como grupos científicos estrangeiros já conseguiram alcançar grandes feitos, como criar remédios de baixo custo contra a malária ou modificar a cana-de-açúcar para que esta produza substâncias que eles desejam em vez de utilizá-la como matéria-prima para processos demorados.

Manipulações genéticas podem ajudar humanidade a enfrentar obstáculos no futuro (Fonte da imagem: Reprodução/StopOGM)

Biologia e informática: uma união mais do que importante

“A informática e a computação têm um grande papel nisso tudo”, comenta Mateus. “Elas permitirão uma grande automatização de todo o processo de pesquisa e desenvolvimento de soluções acerca da Biologia Sintética”. Desta forma, o único trabalho do homem, na verdade, seria o de pensar na ideia abstrata e deixar a máquina decidir a melhor forma de aplicá-la.

“Ainda estamos muito longe do futuro que sonhamos, e a manipulação sintética ainda está distante de oferecer todo o seu potencial”, afirma o cientista. Contudo, Carlos e Mateus se mostram otimistas em relação às novidades tecnológicas que vêm surgindo nos últimos tempos, e acreditam que um cenário educacional mais amplo é de extrema importância para avanços mais significativos da área.

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